tag:blogger.com,1999:blog-84584243312725170992024-03-18T23:49:15.645-03:00Circa CreationisRenata P. Espíndola http://www.blogger.com/profile/13012306340296220264noreply@blogger.comBlogger131125tag:blogger.com,1999:blog-8458424331272517099.post-45216573033426390992022-09-05T11:58:00.005-03:002022-09-05T12:06:49.114-03:00Mais uma vez as postagens ficarão suspensas... <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: left;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";">Amo muito este blog, mesmo que seja construído num ritmo mais lento, sem o compromisso de buscar seguidores, mas apenas de colecionar e compartilhar informações que julgo relevantes para a minha vivência da espiritualidade católica e que, de certa forma, acaba ajudando a terceiros.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";"><br /></span></div><span style="font-family: Open Sans;"><div style="text-align: justify;">Entretanto, a vida não é mole, apesar da beleza que Deus a dotou... </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5XdjcrkjJtTK3g9dO9HoGVYl-akgtIXtuhic2wNfSu8HKEXhgIeX69DkW9pA0EVsvTZfcDpv-fPkPOvOaXB2KZwGYD_PLJeicwEfWvs2M4UC9LOYrtPevsIwyOYTKh97yhvwjY0pZjnBraPyFIHE1Od9Tnau5Rh-3rD4Y0RzArHKzS-b_ONMDqVM0/s1159/Screenshot_20220901-063548~2.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1159" data-original-width="720" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5XdjcrkjJtTK3g9dO9HoGVYl-akgtIXtuhic2wNfSu8HKEXhgIeX69DkW9pA0EVsvTZfcDpv-fPkPOvOaXB2KZwGYD_PLJeicwEfWvs2M4UC9LOYrtPevsIwyOYTKh97yhvwjY0pZjnBraPyFIHE1Od9Tnau5Rh-3rD4Y0RzArHKzS-b_ONMDqVM0/s320/Screenshot_20220901-063548~2.png" width="199" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-size: xx-small;">Fonte: Instagram.</span></div><div style="text-align: center;"><br /></div></span></div>Renata P. Espíndola http://www.blogger.com/profile/13012306340296220264noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8458424331272517099.post-85790578560043249022022-08-21T20:08:00.011-03:002022-08-21T20:14:48.410-03:00Mensagem do Papa Francisco por ocasião do "XLIII Encontro de Amizade entre os Povos" em Rimini, via Secretaria de Estado.<div style="text-align: left;"><span style="color: #45818e; font-family: Open Sans; font-size: x-small;"><i>Tradução do blog</i></span></div><div style="text-align: left;"><span style="color: #45818e; font-family: Open Sans; font-size: x-small;"><i>por Vatican News</i></span></div><div style="text-align: justify;"><div><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">À Sua Excelência Reverendíssima</span></div><div><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">Monsenhor Francesco Lambiasi</span></div><div><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">Bispo de Rimini</span></div><div><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"> </span></div><div><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">Excelência Reverendíssima,</span></div><div><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">O Santo Padre saúda-vos de coração e confia-vos, através de mim, esta mensagem para o próximo "<i>Encontro de Amizade entre os Povos</i>", intitulado "<i>A paixão pelo homem</i>". No centenário do nascimento do Servo de Deus Dom Luigi Giussani, os organizadores pretendem fazer uma grata memória de seu zelo apostólico, que o levou a encontrar tantas pessoas e levar a Boa Nova de Jesus Cristo a cada um. De fato, ele disse em seu discurso no Encontro de 1985: "<i><b>O cristianismo não nasceu para fundar uma religião, nasceu como uma paixão pelo homem. [...] Amor pelo homem, veneração pelo homem, ternura pelo homem, paixão pelo homem, estima absoluta pelo homem</b></i>".</span></div><div><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;">Às vezes, parece que a história deu as costas a este olhar de Cristo sobre o homem. O Papa Francisco enfatizou isso em muitas ocasiões: </span><b><span style="background-color: #fcff01; color: red;">"<i>A fragilidade dos tempos em que vivemos é também esta: acreditar que não há possibilidade de redenção, uma mão que te levanta, um abraço que te salva, te perdoa, te levanta para cima, inunda você com um amor infinito, paciente e indulgente; coloca você de volta aos trilhos</i>"</span></b><span style="color: #444444;"> ("<i>O nome de Deus é Misericórdia: Uma conversa com Andrea Tornielli</i>", Cidade do Vaticano-Milão 2016, p. 31).</span></span></div><div><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">Este é o aspecto mais doloroso da experiência de muitos que viveram a solidão durante a pandemia ou que tiveram que abandonar tudo para escapar da violência da guerra. Eis então que a parábola do bom samaritano é hoje mais do que nunca uma palavra-chave, porque é evidente como "<i><b>os homens em seus corações esperam que o samaritano venha em seu socorro, que ele se incline sobre eles, derrame óleo sobre suas feridas, cuide delas e leve-as para um abrigo. Em última análise, eles sabem que precisam da misericórdia de Deus e de sua delicadeza [...], um amor salvador que se dá gratuitamente</b></i>" (Entrevista com S.H. Papa Emérito Bento XVI, em "<i>Por meio da fé</i>", editado por Daniele Libanori, Cinisello Balsamo 2016, p.129).</span></div><div><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">O Evangelho aponta o Bom Samaritano como modelo de paixão incondicional por cada irmão e irmã que se encontra no caminho e, por isso, tem uma profunda sintonia com o tema do Encontro: "<i><b>Cuidemos da fragilidade de cada homem, de cada mulher, de cada criança e de cada idoso, com aquela atitude solidária e atenta, a atitude de proximidade com bom samaritano</b></i>" (Enc. Fratelli tutti, 79).</span></div><div><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">Não é apenas uma questão de generosidade, que uns têm mais e outros menos. Aqui Jesus quer nos colocar diante da raiz profunda do gesto do bom samaritano. O Papa Francisco assim o descreve: "<i>Reconhecer o próprio Cristo em cada irmão abandonado ou excluído (cf. Mt 25,40.45). <b>Na realidade, a fé enche o reconhecimento do outro de motivações sem precedentes, porque quem crê pode vir a reconhecer que Deus ama cada ser humano com amor infinito e, assim, lhe confere uma dignidade infinita. A isto acrescentamos que cremos que Cristo derramou o seu sangue por todos e por todos e, portanto, ninguém fica fora do seu amor universal</b></i>” (ibid., 85).</span></div><div><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;">Este mistério nunca deixa de nos surpreender, como o próprio Dom Giussani testemunhou na presença de São João Paulo II em 30 de maio de 1998: "</span><i style="color: #444444;">O que é o homem que você se lembra dele, o filho do homem que você cuida dele</i><span style="color: #444444;">?". Nenhuma pergunta me atingiu, na vida, tão bem quanto esta. Havia apenas um homem no mundo que poderia me responder, fazendo uma nova pergunta: "</span><b><i><span style="background-color: #fcff01; color: red;">Que vantagem terá o homem se ganhar o mundo inteiro e depois se perder? Ou o que o homem poderá dar em troca de si mesmo?”. […] Só Cristo leva a sério toda a minha humanidade</span></i></b><span style="color: #444444;">” ("<i>Gerando traços na história do mundo</i>", Milão 2019, p. 78).</span></span></div><div><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;">É esta paixão de Cristo pelo destino de cada criatura que deve animar o olhar do crente para todos: </span><b style="color: #444444;">um amor gratuito, sem medida e sem cálculos</b><span style="color: #444444;">. Mas - nos perguntamos - tudo isso não poderia parecer uma intenção piedosa, em comparação com o que vemos acontecer no mundo de hoje? </span><b><span style="background-color: #fcff01; color: red;">No embate de todos contra todos, onde o egoísmo e os interesses partidários parecem ditar a agenda na vida dos indivíduos e das nações, como é possível olhar para os que nos rodeiam como um bem a ser respeitado, salvaguardado e cuidado? Como é possível preencher a lacuna que separa um do outro?</span></b><span style="color: #444444;"> A pandemia e a guerra parecem ter alargado o fosso, retrocedendo o caminho para uma humanidade mais unida e solidária.</span></span></div><div><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;"><br /></span></span></div><div><span style="font-family: Open Sans;"><div><span style="color: #444444;">Mas sabemos que o caminho da fraternidade não se desenha nas nuvens: atravessa os muitos desertos espirituais presentes em nossas sociedades. "</span><i><b><span style="background-color: #fcff01; color: red;">No deserto </span><span style="color: #444444;">- disse o Papa Bento XVI - </span><span style="background-color: #fcff01; color: red;">redescobre-se o valor do essencial para viver</span><span style="color: #444444;">; assim, no mundo contemporâneo há inúmeros sinais, muitas vezes expressos de forma implícita ou negativa, da sede de Deus, do sentido último da vida. E no deserto há necessidade sobretudo de pessoas de fé que, com a própria vida, mostrem o caminho para a Terra Prometida e assim mantenham desperta a esperança</span></b></i><span style="color: #444444;">” (</span><a href="https://www.vatican.va/content/benedict-xvi/pt/homilies/2012/documents/hf_ben-xvi_hom_20121011_anno-fede.html" target="_blank"><span style="color: #b45f06;">Homilia na Santa Missa de abertura do Ano da Fé</span></a><span style="color: #444444;">, 11 outubro de 2012). </span></div><div style="color: #444444;"><br /></div><div><span style="color: #444444;">O Papa Francisco não se cansa de indicar o caminho que atravessa o deserto trazendo vida: "</span><i><b><span style="background-color: #fcff01; color: red;">O nosso compromisso não consiste exclusivamente em ações ou programas de promoção e assistência; <u>o que o Espírito põe em movimento não é um excesso de ativismo</u>, mas antes de tudo uma atenção ao outro, considerando-o como uma única coisa consigo mesmo. Esta atenção de amor é o início de uma verdadeira solicitude pela sua pessoa e a partir dele quero procurar eficazmente o seu bem</span></b></i><span style="color: #444444;">" (</span><a href="https://www.vatican.va/content/francesco/pt/apost_exhortations/documents/papa-francesco_esortazione-ap_20131124_evangelii-gaudium.html" target="_blank"><span style="color: #b45f06;">Exortação Apostólica Evangelii gaudium</span></a><span style="color: #444444;">, 199).</span></div><div style="color: #444444;"><br /></div><div style="color: #444444;">Recuperar essa consciência é crucial. <b>Uma pessoa não pode trilhar o caminho da autodescoberta sozinha, o encontro com o outro é essencial</b>. Nesse sentido, o Bom Samaritano nos mostra que nossa existência está intimamente ligada à dos outros e que a relação com o outro é condição para nos tornarmos plenamente nós mesmos e dar frutos. </div><div style="color: #444444;"><br /></div><div><span style="color: #444444;">Ao dar-nos a vida, Deus deu-nos de alguma forma porque nós, por nossa vez, nos doamos aos outros: "</span><i style="color: #444444;">O ser humano é feito de tal maneira que não se realiza, não se desenvolve e não pode encontrar a sua plenitude se não por um dom sincero de si</i><span style="color: #444444;">” (</span><a href="https://www.vatican.va/content/francesco/pt/encyclicals/documents/papa-francesco_20201003_enciclica-fratelli-tutti.html" target="_blank"><span style="color: #b45f06;">Encíclica <i>Fratelli tutti</i></span></a><span style="color: #444444;">, 87). Dom Giussani acrescentou que a caridade é um dom de si mesmo "</span><i style="color: #444444;">comovido</i><span style="color: #444444;">". De fato, </span><b><span style="background-color: #fcff01; color: red;">é comovente pensar que Deus, o Todo-Poderoso, curvado sobre o nosso nada, se compadeceu de nós e nos amou um a um com um amor eterno</span></b><span style="color: #444444;">.</span></div></span></div><div><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;"><br /></span></span></div><div><span style="font-family: Open Sans;"><div><span style="color: #444444;">Qual é o fruto de quem, imitando Jesus, se doa? "</span><i style="color: #444444;"><b>A amizade social que não exclui ninguém e a fraternidade aberta a todos</b></i><span style="color: #444444;">" (ibid., 94). </span><b><span style="background-color: #fcff01; color: red;">Um abraço que derruba muros e vai ao encontro do outro na consciência do quanto vale cada pessoa, seja qual for a situação em que se encontre. Um amor pelo outro pelo que ele é: criatura de Deus, feita à sua imagem e semelhança, portanto dotada de uma dignidade intangível, da qual ninguém pode dispor ou, pior ainda, abusar.</span></b></div><div style="color: #444444;"><br /></div><div><span style="color: #444444;">É esta amizade social que, como crentes, somos convidados a nutrir com o nosso testemunho: "</span><i style="color: #444444;"><b>A comunidade evangelizadora coloca-se na vida quotidiana dos outros através de obras e gestos, encurta distâncias, rebaixa-se até à humilhação, se necessário, e assume a vida humana, tocando a carne sofredora de Cristo no povo</b></i><span style="color: #444444;">" (</span><a href="https://www.vatican.va/content/francesco/pt/apost_exhortations/documents/papa-francesco_esortazione-ap_20131124_evangelii-gaudium.html" target="_blank"><i><span style="color: #b45f06;">Evangelii gaudium</span></i></a><span style="color: #444444;">, 24). </span><b><span style="background-color: #fcff01; color: red;">Quanta necessidade têm os homens e as mulheres do nosso tempo de conhecer pessoas que não dão lições da varanda, mas saem às ruas para partilhar a labuta quotidiana da vida, sustentados por uma esperança confiável!</span></b></div><div><span style="background-color: #fcff01; color: #444444;"><br /></span></div><div><span style="background-color: #fcff01;"><div><span style="color: #444444;">O Papa Francisco insiste em chamar os cristãos a esta tarefa histórica, para o bem de todos, na certeza de que a fonte da dignidade de cada ser humano e a possibilidade da fraternidade universal é o Evangelho de Jesus encarnado na vida da comunidade cristã: “</span><b style="color: #444444;"><i>Se a música do Evangelho parar de vibrar em nossas entranhas, teremos perdido a alegria que brota da compaixão, a ternura que vem da confiança, a capacidade de reconciliação que encontra sua fonte em saber que somos sempre perdoados. Se a música do Evangelho parar de tocar em nossas casas, em nossas praças, no trabalho, na política e na economia, teremos desligado a melodia que nos levou a lutar pela dignidade de todo homem e mulher</i></b><span style="color: #444444;">” (</span><a href="https://www.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2018/september/documents/papa-francesco_20180924_incontroecumenico-riga-lettonia.html" target="_blank"><span style="color: #b45f06;">Discurso na reunião ecumênica</span></a><span style="color: #444444;">, Riga - Letônia, 24 de setembro de 2018).</span></div><div style="color: #444444;"><br /></div><div style="color: #444444;">O Santo Padre espera que os organizadores e participantes do Encontro de 2022 acolham este apelo com coração feliz e disponível, continuando a colaborar com a Igreja universal no caminho da amizade entre os povos, expandindo a paixão pela humanidade em todo o mundo. E enquanto confia esta intenção à intercessão de Maria Santíssima, envia de coração a Bênção Apostólica.</div><div style="color: #444444;"><br /></div><div style="color: #444444;">Ao formular os meus desejos pessoais de um Encontro que corresponda plenamente às expectativas, confirmo-me com um sentido de distinto respeito</div><div style="color: #444444;"><br /></div><div style="color: #444444; text-align: center;">de Vossa Excelência Reverendíssima</div><div style="color: #444444; text-align: center;">dev.mo</div><div style="color: #444444; text-align: center;">Pietro Card. Parolin</div><div style="color: #444444; text-align: center;"><i>Secretário de Estado</i></div><div style="color: #444444; text-align: center;"><i><br /></i></div><div style="color: #444444; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://www.meetingrimini.org/eventi-totale/una-passione-per-luomo/" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;" target="_blank"><img border="0" data-original-height="422" data-original-width="750" height="246" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEimqnXy5WemzjCvfjJ5-lgx2X5PEuYZomUjPTJP6mx9k_uC1EATXpvV36RlPKd3HYV301oMd3Wzhr5Xg1m9cVO8jS0BpuLs4amMdX1wMhIVp4HihhjLJ2EOuHuzEbVKrKLrYm5qP_bhA_NuEUQvtB_lzIujcbUMVlph0AiCVMBbrRVyLo8BJQuDJjzv/w437-h246/cq5dam.thumbnail.cropped.750.422.jpeg" width="437" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="327" src="https://www.youtube.com/embed/B9DOcZpj_K0" width="394" youtube-src-id="B9DOcZpj_K0"></iframe></div></div><div style="color: #444444; text-align: center;"><i><br /></i></div><div style="color: #444444; text-align: center;"><i><br /></i></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-size: xx-small;">Fonte: </span><span style="background-color: transparent;"><span style="color: #b45f06; font-size: xx-small;"><a href="https://www.vatican.va/content/francesco/it/messages/pont-messages/2022/documents/20220721-messaggio-meeting-rimini.html">https://www.vatican.va/content/francesco/it/messages/pont-messages/2022/documents/20220721-messaggio-meeting-rimini.html</a></span></span></div></span></div><div style="color: #444444;"><br /></div></span></div></div>Renata P. Espíndola http://www.blogger.com/profile/13012306340296220264noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8458424331272517099.post-25032134131775930462022-08-02T11:59:00.034-03:002022-08-21T19:38:12.243-03:00Resgatando uma instrução a propósito da sepultura dos defuntos e da conservação das cinzas da cremação, uma vez que têm surgido alternativas duvidosas de enterros "ecológicos" ou a dispersão de cinzas pela natureza.<div style="text-align: justify;"><span style="color: #45818e; font-family: Open Sans; font-size: xx-small;"><i>[Nota da Autora: Sim, também somos átomos reciclados, mas nem por isto após a morte os corpos podem ser afastados do sentido do sagrado para serem vistos "como adubo" ou "integrados com a natureza". Esta já fornece todo o material necessário para o cumprimento dos serviços ecossistêmicos e você não vai virar um jardim lindinho, para o descanso da vista, ou uma árvore frondosa, onde outros irão se alimentar e abrigar... Aliás, você já é este jardim ou esta árvore para as demais pessoas em vida?!?]</i></span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #444444;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #444444;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #444444;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #444444;"><b> <span style="font-family: Open Sans;">CONGREGAÇÃO PARA A DOUTRINA DA FÉ</span></b></span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><b>Instrução <i>Ad resurgendum cum Christo</i></b></span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><b>a propósito da sepultura dos defuntos</b></span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><b>e da conservação das cinzas da cremação</b></span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"> </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><b>1.</b> Para ressuscitar com Cristo, é necessário morrer com Cristo, isto é, “<i>exilarmo-nos do corpo para irmos habitar junto do Senhor</i>” (2 Cor 5, 8). Com a Instrução <i>Piam et constantem</i>, de 5 de Julho de 1963, o então chamado Santo Ofício, estabeleceu que “<i>seja fielmente conservado o costume de enterrar os cadáveres dos fiéis</i>”, acrescentando, ainda, que a cremação não é “<i>em si mesma contrária à religião cristã</i>”. Mais ainda, afirmava que não devem ser negados os sacramentos e as exéquias àqueles que pediram para ser cremados, na condição de que tal escolha não seja querida “<i>como a negação dos dogmas cristãos, ou num espírito sectário, ou ainda, por ódio contra a religião católica e à Igreja</i>”. </span><span style="color: #b45f06; font-family: Open Sans;">[1]</span><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"> Esta mudança da disciplina eclesiástica foi consignada no Código de Direito Canônico (1983) e no Código dos Cânones da Igreja Oriental (1990).</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">Entretanto, a prática da cremação difundiu-se bastante em muitas nações e, ao mesmo tempo, difundem-se, também, novas ideias contrastantes com a fé da Igreja. Depois de a seu tempo se ter ouvido a Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos, o Pontifício Conselho para os Textos Legislativos e numerosas Conferências Episcopais e Sinodais dos bispos das Igrejas Orientais, a Congregação para a Doutrina da Fé considerou oportuno publicar uma nova Instrução, a fim de repôr as razões doutrinais e pastorais da preferência a dar à sepultura dos corpos e, ao mesmo tempo, dar normas sobre o que diz respeito à conservação das cinzas no caso da cremação.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><b>2.</b> A ressurreição de Jesus é a verdade culminante da fé cristã, anunciada come parte fundamental do Mistério pascal desde as origens do cristianismo: “<i>Transmiti-vos em primeiro lugar o que eu mesmo recebi: Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras; foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras, e apareceu a Pedro e depois aos Doze</i>” (1 Cor 15, 3-5).</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">Pela sua morte e ressurreição, Cristo libertou-nos do pecado e deu-nos uma vida nova: “<i>como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, também nós vivemos uma vida nova</i>” (Rom 6, 4). Por outro lado, Cristo ressuscitado é princípio e fonte da nossa ressurreição futura: “<i>Cristo ressuscitou dos mortos, como primícias dos que morreram….; do mesmo modo que em Adão todos morreram, assim também em Cristo todos serão restituídos à vida</i>” (1 Cor 15, 20-22).</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">Se é verdade que Cristo nos ressuscitará “<i>no último dia</i>”, é também verdade que, de certa forma já ressuscitamos com Cristo. De fato, pelo Batismo, estamos imersos na morte e ressurreição de Cristo e sacramentalmente assimilados a Ele: “<i>Sepultados com Ele no batismo, também com Ele fostes ressuscitados pela fé que tivestes no poder de Deus, que O ressuscitou dos mortos</i>” (Col 2, 12). Unidos a Cristo pelo Batismo, participamos já, realmente, na vida de Cristo ressuscitado (cf. Ef 2, 6).</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">Graças a Cristo, a morte cristã tem um significado positivo. A liturgia da Igreja reza: “<i>Para os que crêem em vós, Senhor, a vida não acaba, apenas se transforma; e, desfeita a morada deste exílio terrestre, adquirimos no céu uma habitação eterna</i>”. </span><span style="color: #b45f06; font-family: Open Sans;">[2]</span><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"> Na morte, o espírito separa-se do corpo, mas na ressurreição Deus torna a dar vida incorruptível ao nosso corpo transformado, reunindo-o, de novo, ao nosso espírito. Também nos nossos dias a Igreja é chamada a anunciar a fé na ressurreição: “<i>A ressurreição dos mortos é a fé dos cristãos: acreditando nisso somos o que professamos</i>”. </span><span style="color: #b45f06; font-family: Open Sans;">[3]</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><b>3.</b> Seguindo a antiga tradição cristã, a Igreja recomenda insistentemente que os corpos dos defuntos sejam sepultados no cemitério ou num lugar sagrado. </span><span style="color: #b45f06; font-family: Open Sans;">[4]</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">Ao lembrar a morte, sepultura e ressurreição do Senhor, mistério à luz do qual se manifesta o sentido cristão da morte, </span><span style="color: #b45f06; font-family: Open Sans;">[5]</span><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"> a inumação é, antes de mais, a forma mais idônea para exprimir a fé e a esperança na ressurreição corporal. </span><span style="color: #b45f06; font-family: Open Sans;">[6]</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">A Igreja, que como Mãe acompanhou o cristão durante a sua peregrinação terrena, oferece ao Pai, em Cristo, o filho da sua graça e entrega à terra os restos mortais na esperança de que ressuscitará para a glória. </span><span style="color: #b45f06; font-family: Open Sans;">[7]</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">Enterrando os corpos dos fiéis defuntos, a Igreja confirma a fé na ressurreição da carne,</span><span style="color: #b45f06; font-family: Open Sans;">[8]</span><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"> e deseja colocar em relevo a grande dignidade do corpo humano como parte integrante da pessoa da qual o corpo compartilha a história. </span><span style="color: #b45f06; font-family: Open Sans;">[9]</span><span style="font-family: Open Sans;"> <b><span style="background-color: #fcff01; color: red;">Não pode, por isso, permitir comportamentos e ritos que envolvam concepções errôneas sobre a morte: seja o aniquilamento definitivo da pessoa; seja o momento da sua fusão com a Mãe natureza ou com o universo; seja como uma etapa no processo da reencarnação; seja ainda, como a libertação definitiva da “<i>prisão</i>” do corpo.</span></b></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">Por outro lado, a sepultura nos cemitérios ou noutros lugares sagrados responde adequadamente à piedade e ao respeito devido aos corpos dos fiéis defuntos, que, mediante o Batismo, se tornaram templo do Espírito Santo e dos quais, “<i>como instrumentos e vasos, se serviu santamente o Espírito Santo para realizar tantas boas obras</i>”. </span><span style="color: #b45f06; font-family: Open Sans;">[10]</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">O justo Tobias é elogiado pelos méritos alcançados junto de Deus por ter enterrado os mortos, </span><span style="color: #b45f06; font-family: Open Sans;">[11]</span><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"> e a Igreja considera a sepultura dos mortos como uma obra de misericórdia corporal. </span><span style="color: #b45f06; font-family: Open Sans;">[12]</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">Ainda mais, a sepultura dos corpos dos fiéis defuntos nos cemitérios ou noutros lugares sagrados favorece a memória e a oração pelos defuntos da parte dos seus familiares e de toda a comunidade cristã, assim como a veneração dos mártires e dos santos.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">Mediante a sepultura dos corpos nos cemitérios, nas igrejas ou em lugares específicos para tal, a tradição cristã conservou a comunhão entre os vivos e os mortos e opõe-se à tendência a esconder ou privatizar o acontecimento da morte e o significado que ela tem para os cristãos.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><b>4.</b> Onde por razões de tipo higiênico, econômico ou social se escolhe a cremação; escolha que não deve ser contrária à vontade explícita ou razoavelmente presumível do fiel defunto, a Igreja não vê razões doutrinais para impedir tal práxis; uma vez que a cremação do cadáver não toca o espírito e não impede à onipotência divina de ressuscitar o corpo. Por isso, tal fato, não implica uma razão objetiva que negue a doutrina cristã sobre a imortalidade da alma e da ressurreição dos corpos. </span><span style="color: #b45f06; font-family: Open Sans;">[13]</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">A Igreja continua a preferir a sepultura dos corpos uma vez que assim se evidencia uma estima maior pelos defuntos; todavia, a cremação não é proibida, “<i>a não ser que tenha sido preferida por razões contrárias à doutrina cristã</i>”. </span><span style="color: #b45f06; font-family: Open Sans;">[14]</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">Na ausência de motivações contrárias à doutrina cristã, a Igreja, depois da celebração das exéquias, acompanha a escolha da cremação seguindo as respectivas indicações litúrgicas e pastorais, evitando qualquer tipo de escândalo ou de indiferentismo religioso.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><b>5.</b> <u>Quaisquer que sejam as motivações legítimas que levaram à escolha da cremação do cadáver, as cinzas do defunto devem ser conservadas, por norma, num lugar sagrado, isto é, no cemitério ou, se for o caso, numa igreja ou num lugar especialmente dedicado a esse fim determinado pela autoridade eclesiástica</u>.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">Desde o início os cristãos desejaram que os seus defuntos fossem objeto de orações e de memória por parte da comunidade cristã. Os seus túmulos tornaram-se lugares de oração, de memória e de reflexão. Os fiéis defuntos fazem parte da Igreja, que crê na comunhão “<i>dos que peregrinam na terra, dos defuntos que estão levando a cabo a sua purificação e dos bem-aventurados do céu: formam todos uma só Igreja</i>”. </span><span style="color: #b45f06; font-family: Open Sans;">[15]</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">A conservação das cinzas num lugar sagrado pode contribuir para que não se corra o risco de afastar os defuntos da oração e da recordação dos parentes e da comunidade cristã. Por outro lado, deste modo, se evita a possibilidade de esquecimento ou falta de respeito que podem acontecer, sobretudo depois de passar a primeira geração, ou então cair em práticas inconvenientes ou supersticiosas.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><b style="color: #444444;">6.</b><span style="color: #444444;"> Pelos motivos mencionados, </span><b><span style="color: #b45f06;">a conservação das cinzas em casa não é consentida</span></b><span style="color: #444444;">. Em casos de circunstâncias gravosas e excepcionais, dependendo das condições culturais de caráter local, o Ordinário, de acordo com a Conferência Episcopal ou o Sínodo dos Bispos das Igrejas Orientais, poderá autorizar a conservação das cinzas em casa. </span><u style="color: #444444;">As cinzas, no entanto, não podem ser divididas entre os vários núcleos familiares</u><span style="color: #444444;"> e </span><u style="color: #444444;">deve ser sempre assegurado o respeito e as adequadas condições de conservação das mesmas</u></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><b>7.</b> </span><span style="background-color: #fcff01; color: red; font-family: Open Sans;"><b>Para evitar qualquer tipo de equívoco panteísta, naturalista ou niilista, não seja permitida a dispersão das cinzas no ar, na terra ou na água ou, ainda, em qualquer outro lugar.</b></span><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"> <u>Exclui-se, ainda a conservação das cinzas cremadas sob a forma de recordação comemorativa em peças de joalharia ou em outros objetos</u>, tendo presente que para tal modo de proceder não podem ser adotadas razões de ordem higiênica, social ou econômica a motivar a escolha da cremação.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><b style="color: #444444;">8.</b> <b><span style="background-color: #fcff01; color: red;">No caso do defunto ter claramente manifestado o desejo da cremação e a dispersão das mesmas na natureza por razões contrárias à fé cristã, devem ser negadas as exéquias, segundo o direito</span></b><span style="color: #444444;">. </span></span><span style="color: #b45f06; font-family: Open Sans;">[16]</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">O Sumo Pontífice Francisco, na Audiência concedida ao abaixo-assinado, Cardeal Prefeito, em 18 de Março de 2016, aprovou a presente Instrução, decidida na Sessão Ordinária desta Congregação em 2 de Março de 2016, e ordenou a sua publicação.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans; font-size: x-small;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans; font-size: x-small;">Roma, Congregação para a Doutrina da Fé, 15 de Agosto de 2016, </span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: Open Sans; font-size: x-small;"><a href="https://www.vatican.va/content/francesco/pt/angelus/2016/documents/papa-francesco_angelus_20160815.html" target="_blank"><span style="color: #b45f06;"><i>Solenidade da Assunção da Virgem Santa Maria</i></span></a><span style="color: #444444;">.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><i><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"> </span><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">Gerhard Card. Müller</span></i></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans; font-size: x-small;">Prefeito</span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans; font-size: x-small;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://open.spotify.com/track/4HF0YF3OVpQlmcuXqyJJUQ?si=8331568aac114a16" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;" target="_blank"><img border="0" data-original-height="3042" data-original-width="1033" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgw87p1iwE2cSIuD3M_7I6NniZJXJrElE_55DzMKIvm5PmIwJ9M0SY08AkI98b0OTHe8vNUIsJoOh_E2N9g9SDtRkxvg20V4bJBAAS-bBtX-m5i6jXfxN9dncosUnaexuweU1khqu_HqgLd41FkdvcepfRNxW0z7pG1lYPrZikMEIvEdCVtrtWjybHJ/w68-h200/pngegg%20(3).png" title="Já lembrou de orar a Deus pelos teus mortos hoje?" width="68" /></a></div></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans; font-size: x-small;"><div><span style="color: #b45f06;">[1]</span> <a href="https://www.vatican.va/archive/aas/documents/AAS-56-1964-ocr.pdf" target="_blank"><i><span style="color: #b45f06;">AAS 56 (1964)</span></i></a><span style="color: #444444;">, 822-823.</span></div><div style="color: #444444;"><br /></div><div><span style="color: #b45f06;">[2]</span><span style="color: #444444;"> Missal Romano, </span><a href="https://www.liturgiacatolica.com/prefacio-dos-fieis-defuntos-i.html" target="_blank"><i><span style="color: #b45f06;">Prefácio dos Defuntos I</span></i></a><span style="color: #444444;">.</span></div><div style="color: #444444;"><br /></div><div><span style="color: #b45f06;">[3]</span><span style="color: #444444;"> Tertuliano, </span><a href="https://www.vatican.va/spirit/documents/spirit_20000908_tertulliano_en.html" target="_blank"><span style="color: #b45f06;"><i>De resurrectione carnis</i>,</span></a><span style="color: #444444;"> 1,1: CCL 2, 921.</span></div><div style="color: #444444;"><br /></div><div><span style="color: #b45f06;">[4]</span><span style="color: #444444;"> Cf. </span><a href="https://www.vatican.va/archive/cod-iuris-canonici/portuguese/codex-iuris-canonici_po.pdf" target="_blank"><i><span style="color: #b45f06;">CDC</span></i></a><span style="color: #444444;">, can. 1176, § 3; can. 1205; CCIO, can. 876, § 3; can. 868.</span></div><div style="color: #444444;"><br /></div><div><span style="color: #b45f06;">[5]</span><span style="color: #444444;"> Cf. </span><a href="https://www.vatican.va/archive/cathechism_po/index_new/p2s2cap4_1667-1690_po.html" target="_blank"><i><span style="color: #b45f06;">Catecismo da Igreja Católica</span></i></a><span style="color: #444444;">, n. 1681.</span></div><div style="color: #444444;"><br /></div><div><span style="color: #b45f06;">[6]</span><span style="color: #444444;"> Cf. </span><a href="https://www.vatican.va/archive/cod-iuris-canonici/portuguese/codex-iuris-canonici_po.pdf" target="_blank"><i><span style="color: #b45f06;">CDC</span></i></a><span style="color: #444444;">, can. 1176, § 3; can. 1205; CCIO, can. 876, § 3; can. 868.</span></div><div style="color: #444444;"><br /></div><div><span style="color: #b45f06;">[7]</span><span style="color: #444444;"> Cf. 1 Cor 15,42-44; </span><a href="https://www.vatican.va/archive/cathechism_po/index_new/p2s2cap4_1667-1690_po.html" target="_blank"><i><span style="color: #b45f06;">Catecismo da Igreja Católica,</span></i></a><span style="color: #444444;"> n. 1683.</span></div><div style="color: #444444;"><br /></div><div><span style="color: #b45f06;">[8]</span><span style="color: #444444;"> Cf. Santo Agostinho, </span><a href="https://www.augustinus.it/spagnolo/cura_morti/index2.htm" target="_blank"><span style="color: #b45f06;"><i>De cura pro mortuis gerenda</i></span></a><span style="color: #444444;">, 3, 5: CSEL 41, 628.</span></div><div style="color: #444444;"><br /></div><div><span style="color: #b45f06;">[9]</span><span style="color: #444444;"> Cf. Conc. Ecum. Vat. II, Constituição pastoral </span><i><a href="https://www.vatican.va/archive/hist_councils/ii_vatican_council/documents/vat-ii_const_19651207_gaudium-et-spes_po.html" target="_blank"><span style="color: #b45f06;">Gaudium et spes</span></a></i><span style="color: #444444;">, n. 14.</span></div><div style="color: #444444;"><br /></div><div><span style="color: #b45f06;">[10]</span><span style="color: #444444;"> Cf. Santo Agostinho, </span><a href="https://www.augustinus.it/spagnolo/cura_morti/index2.htm" target="_blank"><i><span style="color: #b45f06;">De cura pro mortuis gerenda</span></i></a><span style="color: #444444;">, 3, 5: CSEL 41, 627.</span></div><div style="color: #444444;"><br /></div><div><span style="color: #b45f06;">[11]</span><span style="color: #444444;"> Cf. Tb 2, 9; 12, 12.</span></div><div style="color: #444444;"><br /></div><div><span style="color: #b45f06;">[12]</span><span style="color: #444444;"> Cf. </span><a href="https://www.vatican.va/archive/cathechism_po/index_new/p3s2cap2_2196-2557_po.html" target="_blank"><i><span style="color: #b45f06;">Catecismo da Igreja Católica</span></i></a><span style="color: #444444;">, n. 2300.</span></div><div style="color: #444444;"><br /></div><div><span style="color: #b45f06;">[13]</span><span style="color: #444444;"> Cf. Suprema e Sagrada Congregação do Santo Ofício, Instrução </span><a href="https://www.sjmaronite.org/files/death/Piam%20et%20constantem.pdf" target="_blank"><i><span style="color: #b45f06;">Piam et constantem</span></i></a><span style="color: #444444;">, de 5 de Julho de 1963: AAS 56 (1964), 822.</span></div><div style="color: #444444;"><br /></div><div><span style="color: #b45f06;">[14]</span><span style="color: #444444;"> </span><a href="https://www.vatican.va/archive/cod-iuris-canonici/portuguese/codex-iuris-canonici_po.pdf" target="_blank"><i><span style="color: #b45f06;">CDC</span></i></a><span style="color: #444444;">, can. 1176, §3; cf. CCIO, can. 876, §3.</span></div><div style="color: #444444;"><br /></div><div><span style="color: #b45f06;">[15]</span><span style="color: #444444;"> </span><a href="https://www.vatican.va/archive/cathechism_po/index_new/p1s2cap3_683-1065_po.html" target="_blank"><i><span style="color: #b45f06;">Catecismo da Igreja Católica</span></i></a><span style="color: #444444;">, n. 962.</span></div><div style="color: #444444;"><br /></div><div><span style="color: #b45f06;">[16]</span><span style="color: #444444;"> </span><i><a href="https://www.vatican.va/archive/cod-iuris-canonici/portuguese/codex-iuris-canonici_po.pdf" target="_blank"><span style="color: #b45f06;">CDC</span></a></i><span style="color: #444444;">, can. 1184; CCIO, can. 876, § 3.</span></div></span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: xx-small;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">Fonte: </span><span style="text-align: left;"><span style="color: #b45f06; font-family: Open Sans;"><i><a href="https://www.vatican.va/roman_curia/congregations/cfaith/documents/rc_con_cfaith_doc_20160815_ad-resurgendum-cum-christo_po.html">https://www.vatican.va/roman_curia/congregations/cfaith/documents/rc_con_cfaith_doc_20160815_ad-resurgendum-cum-christo_po.html</a></i></span></span></span></div>Renata P. Espíndola http://www.blogger.com/profile/13012306340296220264noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8458424331272517099.post-17489649692680954522022-07-29T13:14:00.008-03:002022-08-21T19:34:51.147-03:00Mensagem de Sua Santidade Papa Francisco para a celebração do Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação em 01 de setembro de 2022.<p style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"> </span></p><div style="text-align: left;"><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">Queridos irmãos e irmãs!</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">«<i>Escuta a voz da criação</i>» é o tema e o convite do «<i>Tempo da Criação</i>» deste ano. O período ecumênico começa no dia 1 de setembro com o <b>Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação</b> e termina a 4 de outubro com a festa de São Francisco. É um momento especial para todos os cristãos, a fim de orarmos e cuidarmos, juntos, da nossa casa comum. Inspiração originária do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla, este «<i>Tempo</i>» é uma oportunidade para aperfeiçoarmos a nossa «<i>conversão ecológica</i>», uma conversão encorajada por São João Paulo II como resposta à «<i>catástrofe ecológica</i>» pressagiada por São Paulo VI já em 1970. </span><span style="color: #b45f06; font-family: Open Sans;">[1]</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: red; font-family: Open Sans;"><b style="background-color: #fcff01;">Se se aprende a escutá-la, notamos uma espécie de dissonância na voz da criação. Por um lado, é um canto doce que louva o nosso amado Criador; por outro, é um grito amargo que se lamenta dos nossos maus-tratos humanos.</b></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;">O canto doce da criação convida-nos a praticar uma «</span><i style="color: #444444;">espiritualidade ecológica</i><span style="color: #444444;">» (Francisco, Carta enc. </span><i><a href="https://www.vatican.va/content/francesco/pt/encyclicals/documents/papa-francesco_20150524_enciclica-laudato-si.html" target="_blank"><span style="color: #b45f06;">Laudato si'</span></a></i><span style="color: #444444;"><a href="https://www.vatican.va/content/francesco/pt/encyclicals/documents/papa-francesco_20150524_enciclica-laudato-si.html" target="_blank">,</a> 216), atenta à presença de Deus no mundo natural. É um convite a fundar a nossa espiritualidade na «</span><b><i><span style="color: #b45f06;">consciência amorosa de não estar separado das outras criaturas, mas de formar com os outros seres do universo uma estupenda comunhão universal</span></i></b><span style="color: #444444;">» (<i>ibid</i>., 220). Particularmente para os discípulos de Cristo, <u>esta experiência luminosa reforça a consciência</u> de que «</span><i><b><span style="color: #b45f06;">por Ele é que tudo começou a existir; e sem Ele nada veio à existência</span></b></i><span style="color: #444444;">» (Jo 1, 3). </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;">Neste «<i>Tempo da Criação</i>», retomemos a oração na grande catedral da criação, gozando do «<i>grandioso coro cósmico</i>» </span><span style="color: #b45f06;">[2]</span><span style="color: #444444;"> de inúmeras criaturas que cantam louvores a Deus. Unamo-nos a São Francisco de Assis cantando «</span><i style="color: #444444;">Louvado sejas, meu Senhor, com todas as tuas criaturas</i><span style="color: #444444;">» (cf. </span><i style="color: #444444;">Cântico do Irmão Sol</i><span style="color: #444444;">). Unamo-nos ao Salmista cantando «</span><i><b><span style="color: #b45f06;">Todo o ser vivo louve o Senhor</span></b></i><span style="color: #444444;">» ( Sl 150, 6).</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">Esta canção doce, infelizmente, é acompanhada por um grito amargo. Ou melhor, por um coro de gritos amargos. Primeiro, é a irmã Madre Terra que grita. À mercê dos nossos excessos consumistas, geme implorando para pararmos com os nossos abusos e a sua destruição. Depois gritam as diversas criaturas. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;">À mercê de um «</span><i style="color: #444444;">antropocentrismo despótico</i><span style="color: #444444;">» (</span><a href="https://www.vatican.va/content/francesco/pt/encyclicals/documents/papa-francesco_20150524_enciclica-laudato-si.html" target="_blank"><i><span style="color: #b45f06;">Laudato si'</span></i></a><span style="color: #444444;">, 68), nos antípodas da centralidade de Cristo na obra da criação, estão a extinguir-se inúmeras espécies, cessando para sempre os seus hinos de louvor a Deus. Mas gritam também os mais pobres entre nós. Expostos à crise climática, sofrem mais severamente o impacto de secas, inundações, furacões e vagas de calor que se vão tornando cada vez mais intensas e frequentes. E gritam ainda os nossos irmãos e irmãs de povos indígenas. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;">Por causa de predatórios interesses econômicos, os seus territórios ancestrais são invadidos e devastados por todo o lado, lançando «</span><i style="color: #444444;">um clamor que brada ao céu</i><span style="color: #444444;">» (Francisco, Exortação Apóstólica Pós-sinodal </span><a href="https://www.vatican.va/content/francesco/pt/apost_exhortations/documents/papa-francesco_esortazione-ap_20200202_querida-amazonia.html" target="_blank"><i><span style="color: #b45f06;">Querida Amazonia</span></i></a><span style="color: #444444;">, 9). Enfim gritam os nossos filhos. Ameaçados por um egoísmo míope, os adolescentes pedem-nos ansiosamente, a nós adultos, que façamos todo o possível para prevenir ou pelo menos limitar o colapso dos ecossistemas do nosso planeta.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;">Escutando estes gritos amargos, devemo-nos arrepender e mudar os estilos de vida e os sistemas danosos. O apelo evangélico inicial – «</span><i><b><span style="color: #b45f06;">Convertei-vos, porque está próximo o Reino do Céu</span></b></i><span style="color: #444444;">» (Mt 3, 2) –, ao convidar a uma nova relação com Deus, pede também uma relação diferente com os outros e com a criação. O estado de degrado da nossa casa comum merece a mesma atenção que outros desafios globais, como as graves crises sanitárias e os conflitos bélicos. «</span><b><i><span style="background-color: #fcff01; color: red;">Viver a vocação de guardiões da obra de Deus não é algo de opcional nem um aspeto secundário da experiência cristã, mas parte essencial duma existência virtuosa</span></i></b><span style="color: #444444;">» (</span><a href="https://www.vatican.va/content/francesco/pt/encyclicals/documents/papa-francesco_20150524_enciclica-laudato-si.html"><i><span style="color: #b45f06;">Laudato si'</span></i></a><span style="color: #444444;">, 217).</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;">Como pessoas de fé, sentimo-nos ainda mais responsáveis por adotar comportamentos diários em consonância com a referida exigência de conversão. Mas esta não é apenas individual: «</span><b><i><span style="background-color: #fcff01; color: red;">a conversão ecológica, que se requer para criar um dinamismo de mudança duradoura, é também uma conversão comunitária</span></i></b><span style="color: #444444;">» (<i>ibid</i>., 219). Nesta perspetiva, a própria comunidade das nações é chamada a empenhar-se, com espírito de máxima cooperação, especialmente nos encontros das Nações Unidas dedicados à questão ambiental.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">A cimeira COP 27 sobre o clima, que se vai realizar no Egito em novembro de 2022, constitui a próxima oportunidade para promover, todos juntos, uma eficaz implementação do Acordo de Paris. Também por este motivo dispus recentemente que a Santa Sé, em nome e por conta do Estado da Cidade do Vaticano, adira à Convenção-Quadro da ONU sobre as Mudanças Climáticas e ao Acordo de Paris, com a esperança de que a humanidade do século XXI «<i>possa ser lembrada por ter assumido com generosidade as suas graves responsabilidades</i>» (<i>ibid</i>., 165). </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;">Alcançar o objetivo de Paris de limitar o aumento da temperatura a 1,5°C é bastante árduo e requer uma colaboração responsável entre todas as nações para apresentar planos climáticos ou Contribuições Determinadas a nível nacional mais ambiciosos, para reduzir a zero, com a maior urgência possível, as emissões globais dos gases de efeito estufa. </span><b><i><span style="background-color: #fcff01; color: red;">Trata-se de «converter» os modelos de consumo e produção, bem como os estilos de vida, numa direção mais respeitadora da criação e do progresso humano integral de todos os povos presentes e futuros, um progresso fundado na responsabilidade, na prudência/precaução, na solidariedade e atenção aos pobres e às gerações futuras. </span></i></b></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><b><span style="background-color: #fcff01; color: red;">Na base de tudo, deve estar a aliança entre o ser humano e o meio ambiente que, para nós crentes, é «<i>espelho do amor criador de Deus, de Quem provimos e para Quem estamos a caminho</i>»</span></b><span style="color: #444444;">. </span><span style="color: #b45f06;">[3]</span><span style="color: #444444;"> <u>A transição realizada por esta conversão não pode negligenciar as exigências da justiça</u>, especialmente para com os trabalhadores mais afetados pelo impacto das mudanças climáticas.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;">Por sua vez, a cimeira COP 15 sobre a biodiversidade, que terá lugar no Canadá em dezembro, proporcionará à boa vontade dos Governos uma oportunidade importante para adotarem um novo acordo multilateral para deter a destruição dos ecossistemas e a extinção das espécies. Segundo a antiga sabedoria dos Jubileus, temos necessidade de «</span><i><b><span style="color: #b45f06;">recordar, regressar, repousar e restaurar</span></b></i><span style="color: #444444;">». </span><span style="color: #b45f06;">[4] </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">Para impedir um colapso ainda mais grave da «<i>rede da vida</i>» – Biodiversidade – que Deus nos concedeu, rezemos e convidemos as nações a porem-se de acordo sobre quatro princípios-chave: </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div></div><blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px; text-align: left;"><div style="text-align: left;"><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><b>1º. ⇒</b> <i>Construir uma base ética clara para a transformação que precisamos a fim de salvar a biodiversidade</i>; </span></div></div><div style="text-align: left;"><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div></div><div style="text-align: left;"><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><b>2º. ⇒</b> <i>Lutar contra a perda de biodiversidade, apoiar a sua conservação e recuperação e satisfazer de forma sustentável as necessidades das pessoas</i>; </span></div></div><div style="text-align: left;"><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div></div><div style="text-align: left;"><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><b>3º. ⇒</b> <i>Promover a solidariedade global, tendo em vista que a biodiversidade é um bem comum global que requer um empenho compartilhado</i>; </span></div></div><div style="text-align: left;"><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div></div><div style="text-align: left;"><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><b>4º. ⇒</b> <i>Colocar no centro as pessoas em situações de vulnerabilidade, incluindo as mais afetadas pela perda de biodiversidade, como as populações indígenas, os idosos e os jovens</i>.</span></div></div></blockquote><div style="text-align: left;"><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;">Repito: «</span><i><b><span style="background-color: #fcff01; color: red;">Quero pedir, em nome de Deus, às grandes empresas extrativas – mineiras, petrolíferas, florestais, imobiliárias, agro-alimentares – que deixem de destruir florestas, zonas úmidas e montanhas, que deixem de poluir rios e mares, que deixem de intoxicar as pessoas e os alimentos</span></b></i><span style="color: #444444;">».</span></span><span style="color: #b45f06; font-family: Open Sans;"> [5]</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="background-color: #fcff01; color: red;"><b><u>É impossível não reconhecer a existência duma «<i>dívida ecológica</i></u></b><b><u>»</u> </b></span><span style="color: #444444;">(</span><i><a href="https://www.vatican.va/content/francesco/pt/encyclicals/documents/papa-francesco_20150524_enciclica-laudato-si.html" target="_blank"><span style="color: #b45f06;">Laudato si'</span></a></i><span style="color: #444444;">, 51) </span><b><span style="background-color: #fcff01; color: red;"><u>das</u> <u>nações economicamente mais ricas, que poluíram mais nos últimos dois séculos</u>; isso exige que elas realizem passos mais ambiciosos tanto na COP 27 como na COP 15. Além duma decidida ação dentro das suas fronteiras, inclui cumprir as suas promessas de apoio financeiro e técnico às nações economicamente mais pobres, que já sofrem o peso maior da crise climática. </span></b></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;">Além disso, seria oportuno pensar urgentemente também num maior apoio financeiro para a conservação da biodiversidade. </span><b><span style="background-color: #fcff01; color: red;">Significativas, embora «<i>diversificadas</i>» (cf. <i>ibid</i>., 52), são também as <u>responsabilidades dos países economicamente menos ricos</u>; os atrasos dos outros não podem jamais justificar a inação de quem quer que seja. É necessário agirem todos, com decisão</span></b><span style="color: #444444;">. Estamos a chegar a «<i>um ponto de ruptura</i>» (cf. <i>ibid</i>., 61).</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;">Durante este «</span><i style="color: #444444;">Tempo da Criação</i><span style="color: #444444;">», rezemos para que as cimeiras COP 27 e COP 15 possam unir a família humana (cf. </span><i style="color: #444444;">ibid</i><span style="color: #444444;">., 13) para enfrentar decididamente a dupla crise do clima e da redução da biodiversidade. Recordando a exortação de São Paulo para </span><b><i><span style="background-color: #fcff01; color: red;">nos alegrar com os que se alegram e chorar com os que choram</span></i></b><span style="color: #444444;"> (cf. Rm 12, 15), </span><b><i><span style="background-color: #fcff01; color: red;">choremos com o grito amargo da criação, escutemo-lo e respondamos com os fatos para que nós e as gerações futuras possamos ainda alegrar-nos com o canto doce de vida e de esperança das criaturas</span></i></b><span style="color: #444444;">.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans; font-size: x-small;">Roma, São João de Latrão, na Memória de Nossa Senhora do Carmo, dia 16 de julho de 2022.</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">FRANCISCO</span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://open.spotify.com/track/42sARbgjGrQRAndydNAHcN?si=08a0d6480bf045e3" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;" target="_blank"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiH_KVdl5w_9oWnpnbNZY57D5PCJq1CLcQRu6JLDSsqDQuCTXirMsxwtzQciQJ5Nb05frMODMeSvIyAYgkxxW62KlX6aq0yExb2eUcvHElX-dLE8_s1D0om49mxXEPRSiBSTSaYsHdGuvujn3j7zW3mS5TPL-ATKl_lhEnA0h-wq9nXF4owCJROueXS/w320-h320/Isa%C3%ADas%2030,%2015%20(2).png" title=""Zelo zelatus sum pro Domino Deo Exercituum"" width="320" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #b45f06; font-family: Open Sans;">[1]</span><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;"> Cf. </span><a href="https://www.vatican.va/content/paul-vi/pt/speeches/1970/documents/hf_p-vi_spe_19701116_xxv-istituzione-fao.html" target="_blank"><i><span style="color: #b45f06;">Discurso à FAO</span></i></a><span style="color: #444444;">, 16 de novembro de 1970.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #b45f06; font-family: Open Sans;">[2]</span><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;"> São João Paulo II, </span><a href="https://www.vatican.va/content/john-paul-ii/pt/audiences/2002/documents/hf_jp-ii_aud_20020710.html" target="_blank"><span style="color: #b45f06;"><i>Audiência Geral</i></span></a><span style="color: #444444;">, 10 de julho de 2002.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #b45f06; font-family: Open Sans;">[3]</span><span style="font-family: Open Sans;"> <a href="https://www.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2021/october/documents/20211004-religione-scienza-cop26.html" target="_blank"><i><span style="color: #b45f06;">Discurso no Encontro «Fé e Ciência, rumo à COP 26»</span></i></a><span style="color: #444444;">, 04 de outubro de 2021.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #b45f06; font-family: Open Sans;">[4]</span><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;"> Francisco, </span><a href="https://www.vatican.va/content/francesco/pt/messages/pont-messages/2020/documents/papa-francesco_20200901_messaggio-giornata-cura-creato.html" target="_blank"><i><span style="color: #b45f06;">Mensagem para o Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação</span></i></a><span style="color: #444444;">, 01 de setembro de 2020.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #b45f06; font-family: Open Sans;">[5]</span><span style="font-family: Open Sans;"> <a href="https://www.vatican.va/content/francesco/pt/messages/pont-messages/2021/documents/20211016-videomessaggio-movimentipopolari.html" target="_blank"><i><span style="color: #b45f06;">Vídeo-mensagem aos Movimentos Populares</span></i></a><span style="color: #444444;">, 16 de outubro de 2021.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: xx-small;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;">Fonte: </span></span><span style="text-align: left;"><span style="color: #b45f06; font-family: Open Sans;"><a href="https://www.vatican.va/content/francesco/pt/messages/pont-messages/2022/documents/20220716-messaggio-giornata-curacreato.html"><i>https://www.vatican.va/content/francesco/pt/messages/pont-messages/2022/documents/20220716-messaggio-giornata-curacreato.html</i></a></span></span></span></div></div>Renata P. Espíndola http://www.blogger.com/profile/13012306340296220264noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8458424331272517099.post-62393608018898976512022-07-15T10:34:00.015-03:002022-07-15T11:02:46.138-03:00Mensagem do Santo Padre aos participantes na conferência "Resiliência de Pessoas e Ecossistemas sob Estresse Climático" - Casina Pio IV, 13-14 jul. 2022.<div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><div><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;">Saúdo cordialmente os organizadores e participantes da "</span><i><a href="https://www.pas.va/en/events/2022/resilience.html" target="_blank"><span style="color: #b45f06;">Conferência sobre Resiliência de Pessoas e Ecossistemas sob Estresse Climático</span></a></i><span style="color: #444444;">", promovida pela Pontifícia Academia de Ciências. Agradeço a Sua Eminência o Cardeal Peter Turkson, Chanceler da Academia, Sua Excelência Dom Marcelo Sánchez Sorondo e a todos os responsáveis por tornar possível este encontro.</span></span></div><div><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">O fenômeno das mudanças climáticas tornou-se uma emergência que não permanece mais à margem da sociedade. Em vez disso, assumiu um lugar central, remodelando não apenas os sistemas industriais e agrícolas, mas também afetando negativamente a família humana global, especialmente os pobres e aqueles que vivem nas periferias econômicas do nosso mundo. Atualmente, enfrentamos dois desafios: diminuir os riscos climáticos através da redução das emissões e ajudar e capacitar as pessoas a se adaptarem às mudanças climáticas que se agravam progressivamente. Esses desafios nos chamam a pensar em uma abordagem multidimensional para proteger os indivíduos e o nosso planeta.</span></div><div><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">A fé cristã oferece uma contribuição particular neste sentido. O livro do Gênesis diz-nos que o Senhor viu que tudo o que tinha feito era muito bom (cf. Gn 1,31) e confiou aos homens a responsabilidade de serem administradores do seu dom da criação (cf. Gn 2,15). No Evangelho de Mateus, Jesus reforça a bondade do mundo natural, lembrando-nos do cuidado de Deus por todas as suas criaturas (cf. Mt 6:26.28-29). À luz desses ensinamentos bíblicos, então, cuidar da nossa casa comum, mesmo sem considerar os efeitos das mudanças climáticas, não é simplesmente um esforço utilitário, mas uma obrigação moral para todos os homens e mulheres como filhos de Deus. Com isso em mente, cada um de nós deve se perguntar: “<i>Que tipo de mundo queremos para nós mesmos e para aqueles que virão depois de nós</i>”?</span></div><div><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;">Para ajudar a responder a essa pergunta, falei de uma “</span><i style="color: #444444;">conversão ecológica</i><span style="color: #444444;">” (cf. </span><i><a href="https://www.vatican.va/content/francesco/pt/encyclicals/documents/papa-francesco_20150524_enciclica-laudato-si.html" target="_blank"><span style="color: #b45f06;">Laudato Si’</span></a></i><span style="color: #444444;">, 216-221) que exige uma mudança de mentalidade e um compromisso de trabalhar pela resiliência das pessoas e dos ecossistemas em que vivem. </span><b><span style="color: #b45f06;">Esta conversão tem três elementos espirituais importantes que eu gostaria de oferecer para sua consideração. A primeira implica gratidão pelo dom amoroso e generoso da criação de Deus. A segunda exige reconhecer que estamos unidos em uma comunhão universal uns com os outros e com o resto das criaturas do mundo. A terceira envolve abordar os problemas ambientais não como indivíduos isolados, mas em solidariedade como uma comunidade.</span></b></span></div><div><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">Com base nesses elementos, são necessários esforços corajosos, cooperativos e visionários entre os líderes religiosos, políticos, sociais e culturais em nível local, nacional e internacional para encontrar soluções concretas para os graves e crescentes problemas que enfrentamos. Estou pensando, por exemplo, no papel que as nações mais favorecidas economicamente podem desempenhar na redução de suas próprias emissões e na prestação de assistência financeira e tecnológica para que as áreas menos prósperas do mundo sigam seu exemplo. Também é crucial o acesso a energia limpa e água potável, o apoio dado aos agricultores de todo o mundo para a mudança para uma agricultura resiliente ao clima, o compromisso com caminhos sustentáveis de desenvolvimento e estilos de vida sóbrios destinados a preservar os recursos naturais do mundo e o fornecimento de educação e saúde aos mais pobres e vulneráveis da população global.</span></div><div><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;">Aqui, gostaria de mencionar também duas preocupações adicionais: a perda de biodiversidade (cf. </span><i><a href="https://www.vatican.va/content/francesco/pt/encyclicals/documents/papa-francesco_20150524_enciclica-laudato-si.html" target="_blank"><span style="color: #b45f06;">Laudato Si'</span></a></i><span style="color: #444444;">, 32-33) e as muitas guerras travadas em várias regiões do mundo que, juntas, trazem consigo consequências prejudiciais para a sobrevivência e o bem-estar humanos, incluindo problemas de segurança alimentar e poluição crescente. Essas crises, juntamente com a do clima da Terra, mostram que “</span><i style="color: #444444;">tudo está conectado</i><span style="color: #444444;">” (</span><a href="https://www.vatican.va/content/francesco/pt/encyclicals/documents/papa-francesco_20201003_enciclica-fratelli-tutti.html" target="_blank"><i><span style="color: #b45f06;">Fratelli Tutti</span></i></a><span style="color: #444444;">, 34) e que promover o bem comum de longo prazo de nosso planeta é essencial para uma genuína conversão ecológica.</span></span></div><div><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;">Pelas razões acima mencionadas, </span><b style="color: #b45f06;">aprovo recentemente que a Santa Sé, em nome e em nome do Estado da Cidade do Vaticano, adere à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima e ao Acordo de Paris, com a esperança de que “</b><i style="color: #b45f06; font-weight: bold;">embora a pós-industrial pode muito bem ser lembrado como um dos mais irresponsáveis da história, mas há motivos para esperar que a humanidade no alvorecer do século XXI seja lembrada por ter assumido generosamente suas graves responsabilidades</i><b style="color: #b45f06;">”</b><span style="color: #444444;"> (</span><a href="https://www.vatican.va/content/francesco/pt/encyclicals/documents/papa-francesco_20150524_enciclica-laudato-si.html" target="_blank"><i><span style="color: #b45f06;">Laudato Si'</span></i></a><span style="color: #444444;">, 165).</span></span></div><div><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">Queridos irmãos e irmãs, apraz-me que seu trabalho nestes dias se dedique a examinar o impacto das mudanças em nosso clima e buscar soluções práticas que possam ser implementadas prontamente para aumentar a resiliência das pessoas e dos ecossistemas. Trabalhando juntos, homens e mulheres de boa vontade podem abordar a escala e a complexidade das questões que estão diante de nós, proteger a família humana e o dom da criação de Deus dos extremos climáticos e promover os bens da justiça e da paz.</span></div><div><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">Com a certeza das minhas orações para que a vossa Conferência dê bons frutos, invoco sobre todos vós as abundantes bênçãos de Deus Todo-Poderoso.</span></div><div><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div><br /></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans; font-size: x-small;">Vaticano, 13 de julho de 2022.</span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">Papa Francisco</span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://www.pas.va/content/dam/casinapioiv/pas/pdf-booklet/booklet_resilience.pdf" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;" target="_blank"><img border="0" data-original-height="1282" data-original-width="899" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzqMrg-lj9K1DKyTikiY1gSHaZvbmJeTJO-E-COupPiQmQB9r7TaAFdBdgsDL9EQDpg6e0UBeUQCqC_ntSpaOj6a5aSfJXWkI80g975ZqtGHESq5iITNJDrY1vot2B_YYyHyJhSbwKBE5iC35RJj_ExP3rh-thOCnhwxjcKsNJ75yH3mHfHKLrSeFC/w280-h400/casina.png" title="Clique na imagem para conhecer quais os temas foram abordados na conferência e quais foram os participantes. Abaixo está o link do canal da Casina Pio IV no You Tube e talvez disponibilizem futuramente as gravações do evento." width="280" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div></div><div style="text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">Canal da Casina Pio IV no You Tube: </span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #b45f06; font-family: Open Sans;"><a href="https://www.youtube.com/c/CasinaPioIV/featured"><i>https://www.youtube.com/c/CasinaPioIV/featured</i></a></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans; font-size: xx-small;"><span style="color: #444444;">Fonte:</span><a href="https://www.vatican.va/content/francesco/en/messages/pont-messages/2022/documents/20220713-messaggio-resilienza.html" target="_blank"><i><span style="color: #b45f06;"> https://www.vatican.va/content/francesco/en/messages/pont-messages/2022/documents/20220713-messaggio-resilienza.html</span></i></a></span></div><br /><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div></div>Renata P. Espíndola http://www.blogger.com/profile/13012306340296220264noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8458424331272517099.post-26712396304307969192022-07-01T13:28:00.010-03:002022-07-01T13:51:45.002-03:00Mensagem do Papa Francisco por ocasião da 1ª. Reunião dos Estados-parte no Tratado sobre a Proibição das Armas Nucleares<div style="text-align: center;"><span style="color: #b45f06; font-family: Open Sans; font-size: x-small;"><i><br /></i></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #45818e; font-family: Open Sans; font-size: x-small;"><i>Carta apresentada por Dom Paul R. Gallagher</i></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #45818e;"><span style="font-family: Open Sans; font-size: x-small;"><i>Secretário para as Relações com os Estados e as Organizações Internacionais da Missão da Santa Sé na ONU</i></span><span style="font-family: "Open Sans";"> </span></span></div><div style="text-align: left;"><div style="text-align: justify;"><span style="color: #45818e;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #45818e; font-family: Open Sans; font-size: x-small;"><i>À Sua Excelência, o Embaixador</i></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #45818e; font-family: Open Sans; font-size: x-small;"><i>Alexander Kmentt</i></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #45818e; font-family: Open Sans; font-size: x-small;"><i>Presidente da Primeira Reunião dos Estados-Partes</i></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #45818e; font-family: Open Sans; font-size: x-small;"><i>no Tratado sobre a proibição das armas nucleares</i></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans; font-size: x-small;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">Estou feliz por saudar Vossa Excelência e os distintos participantes por ocasião desta primeira Reunião dos Estados-Partes no Tratado sobre a proibição das armas nucleares.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;">Na minha mensagem à conferência diplomática convocada há cinco anos para negociar este Tratado, perguntei: «</span><b><span style="color: #b45f06;"><i>Por que estabelecer este exigente e clarividente objetivo no atual cenário internacional caraterizado por um clima instável de conflitualidade, que é ao mesmo tempo causa e indicação das dificuldades que se encontram ao promover e fortalecer o processo de desarmamento e de não proliferação nucleares?</i></span></b><span style="color: #444444;">» (</span><a href="https://www.vatican.va/content/francesco/pt/messages/pont-messages/2017/documents/papa-francesco_20170323_messaggio-onu.html" target="_blank"><span style="color: #b45f06;">Mensagem para a Conferência das Nações Unidas finalizada a negociar um instrumento juridicamente vinculante para proibir as armas nucleares, que leve à sua total eliminação, 23 de março de 2017</span></a><span style="color: #444444;">).</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;">Neste momento particular da história, em que o mundo parece estar numa encruzilhada, a visão corajosa deste instrumento jurídico, fortemente inspirado por argumentações éticas e morais, parece ainda mais oportuna. Com efeito, esta reunião tem lugar num momento que, inevitavelmente, exige mais reflexão sobre a segurança e a paz. No contexto atual, falar de desarmamento ou apoiá-lo pode parecer paradoxal para muitos. No entanto, </span><b style="color: #444444;">devemos permanecer conscientes dos perigos de abordagens míopes da segurança nacional e internacional e dos riscos de proliferação. Como todos sabemos, se não o fizermos, o preço será inevitavelmente pago por um número de vidas inocentes tiradas, e medido em termos de carnificina e destruição.</b><span style="color: #444444;"> Por conseguinte, renovo enfaticamente o meu apelo a fazer silenciar todas as armas e a eliminar as causas dos conflitos através do recurso incansável à negociação: «</span><b><span style="background-color: #fcff01; color: red;">Quem faz a guerra esquece a humanidade</span></b><span style="color: #444444;">» (</span><a href="https://www.vatican.va/content/francesco/pt/angelus/2022/documents/20220227-angelus.html" target="_blank"><span style="color: #b45f06;">Pós-Angelus , 27 de fevereiro de 2022</span></a><span style="color: #444444;">).</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><b><span style="background-color: #fcff01; color: red;">A paz é indivisível, e para ser verdadeiramente justa e duradoura, deve ser universal. É um modo de raciocinar enganador e contraproducente pensar que a segurança e a paz de uns estão separadas da segurança coletiva e da paz de outros. </span></b><span style="color: #444444;">É também uma das lições que a pandemia da Covid-19 demonstrou tragicamente. «</span><b><span style="color: #b45f06;"><i>A segurança do nosso próprio futuro depende da garantia da segurança pacífica dos outros, pois se a paz, a segurança e a estabilidade não forem fundadas no plano global, jamais serão gozadas. Somos responsáveis individual e coletivamente pelo bem-estar, quer presente quer futuro, dos nossos irmãos e irmãs</i></span></b><span style="color: #444444;">» (</span><a href="https://www.vatican.va/content/francesco/pt/messages/pont-messages/2014/documents/papa-francesco_20141207_messaggio-conferenza-vienna-nucleare.html" target="_blank"><span style="color: #b45f06;">Mensagem por ocasião da Conferência sobre o impacto humanitário das armas nucleares , 07 de dezembro de 2014</span></a><span style="color: #444444;">).</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;">A Santa Sé está certa de que um mundo livre de armas nucleares é necessário e ao mesmo tempo possível. Num sistema de segurança coletiva, não há lugar para armas nucleares e outras armas de destruição de massa. Com efeito, «</span><b><i><span style="background-color: #fcff01; color: red;">se tomarmos em consideração as principais ameaças contra a paz e a segurança, com as suas múltiplas dimensões neste mundo multipolar do século XXI , como por exemplo o terrorismo, os conflitos assimétricos, a segurança informática, as problemáticas ambientais, a pobreza, muitas dúvidas emergem acerca da insuficiência da dissuasão nuclear para responder de modo eficaz a tais desafios. Estas preocupações assumem ainda mais consistência quando consideramos as catastróficas consequências humanitárias e ambientais que derivam de qualquer utilização das armas nucleares com efeitos devastadores indiscriminados e incontroláveis no tempo e no espaço</span></i></b><span style="color: #444444;">» (</span><a href="https://www.vatican.va/content/francesco/pt/messages/pont-messages/2017/documents/papa-francesco_20170323_messaggio-onu.html" target="_blank"><span style="color: #b45f06;">Mensagem para a Conferência das Nações Unidas finalizada a negociar um instrumento juridicamente vinculante para proibir as armas nucleares, que leve à sua total eliminação, 23 de março de 2017</span></a><span style="color: #444444;">). </span><b><span style="color: #b45f06;">Também não podemos ignorar a precariedade que deriva da simples manutenção destas armas: o risco de acidentes, involuntários ou não, que poderiam conduzir a cenários verdadeiramente preocupantes.</span></b></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;">As armas nucleares são uma responsabilidade pesada e perigosa. Representam um “</span><i style="color: #444444;">multiplicador de risco</i><span style="color: #444444;">” que proporciona apenas a ilusão de uma “</span><i style="color: #444444;">espécie de paz</i><span style="color: #444444;">”.</span><b><span style="background-color: #fcff01; color: red;"> Desejo reafirmar aqui que a utilização de armas nucleares, bem como a sua mera posse, é imoral. Procurar defender e garantir a estabilidade e a paz através de uma falsa sensação de segurança e de um “equilíbrio do terror”, sustentado por uma mentalidade de medo e desconfiança, conduz inevitavelmente a relações envenenadas entre os povos e dificulta qualquer forma possível de verdadeiro diálogo. A sua posse leva facilmente a ameaças da sua utilização, tornando-se uma espécie de “chantagem” que deveria ser abominável para as consciências da humanidade.</span></b></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;">A este respeito, «</span><i><span style="background-color: #fcff01; color: red;"><b>todos devem estar convencidos de que nem a renúncia à competição militar, nem a redução dos armamentos, nem a sua completa eliminação, que seria o principal, de modo algum se pode levar a efeito, se não se proceder a um desarmamento integral, que atinja o próprio espírito, isto é, se não trabalharem todos em concórdia e sinceridade, para afastar o medo e a psicose de uma possível guerra</b></span></i><span style="color: #444444;">» (Papa João XXIII , </span><i><a href="https://www.vatican.va/content/john-xxiii/pt/encyclicals/documents/hf_j-xxiii_enc_11041963_pacem.html" target="_blank"><span style="color: #b45f06;">Pacem in terris</span></a></i><span style="color: #444444;"> ).</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;">Por estas razões, é importante reconhecer a necessidade global e premente da responsabilidade a diferentes níveis. Tal responsabilidade é partilhada por todos e abrange dois níveis: em primeiro lugar, um nível público, como Estados-membros da mesma família de nações. Em segundo lugar, um nível pessoal, como indivíduos e membros da mesma família humana e como pessoas de boa vontade. </span><b><span style="background-color: #fcff01; color: red;">Qualquer que seja o nosso papel ou status, a cada um de nós correspondem vários níveis de responsabilidade: como podemos eventualmente imaginar de apertar o botão para lançar uma bomba nuclear?</span></b><span style="color: #444444;"> Como podemos, em boa consciência, empenhar-nos em modernizar os arsenais nucleares? É oportuno que este Tratado reconheça também que a educação para a paz pode desempenhar um papel importante, ajudando os jovens a tomar consciência dos riscos e consequências das armas nucleares para as gerações presentes e futuras.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><b><span style="color: #b45f06;">Os tratados de desarmamento existentes são muito mais do que meras obrigações jurídicas. São também compromissos morais baseados na confiança entre Estados e entre os seus representantes, enraizados na confiança que os cidadãos depositam nos seus governos, com consequências éticas para as gerações presentes e futuras da humanidade. </span><span style="background-color: #fcff01; color: red;">A adesão e o respeito pelos acordos internacionais de desarmamento e pelo direito internacional não são uma forma de fraqueza.</span><span style="color: #b45f06;"> Pelo contrário, constituem uma fonte de força e de responsabilidade, uma vez que aumentam a confiança e a estabilidade.</span></b><span style="color: #444444;"> Além disso, como no caso deste Tratado, oferecem cooperação e assistência internacional às vítimas e também ao meio ambiente: aqui o meu pensamento dirige-se aos Hibakusha, os sobreviventes dos bombardeamentos de Hiroshima e Nagasaki, e a todas as vítimas dos testes de armas nucleares.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;">Concluindo, ao lançar as bases para a implementação deste Tratado, desejo encorajar-vos, representantes dos Estados, organizações internacionais e sociedade civil, a prosseguir no caminho que escolhestes para promover uma cultura de vida e paz baseada na dignidade da pessoa humana e na consciência de que somos todos irmãos e irmãs. Por sua vez, </span><b><span style="background-color: #fcff01; color: red;">a Igreja católica permanece irrevogavelmente empenhada em promover a paz entre povos e nações e em incentivar a educação para a paz através das suas instituições. Este é um dever ao qual a Igreja se sente vinculada perante Deus e todos os homens e mulheres do nosso mundo</span><span style="color: #b45f06;">.</span></b><span style="color: #444444;"> Possa o Senhor abençoar cada um de vós e os vossos esforços ao serviço da justiça e da paz.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans"; text-align: justify;">Francisco</span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans"; text-align: justify;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans"; text-align: justify;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"><span style="font-size: xx-small;">Fonte: </span></span><span style="text-align: left;"><span style="color: #b45f06; font-family: Open Sans; font-size: xx-small;"><a href="https://www.vatican.va/content/francesco/pt/messages/pont-messages/2022/documents/20220621-messaggio-armi-nucleari.html"><i>https://www.vatican.va/content/francesco/pt/messages/pont-messages/2022/documents/20220621-messaggio-armi-nucleari.html</i></a></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="text-align: left;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="text-align: left;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #45818e; font-family: Open Sans; text-align: left;">Nota do blog extraídas da <i>Pacem in Terris</i>:</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #45818e; font-family: Open Sans; text-align: left;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans; text-align: left;"><i><span style="color: #45818e;">"É-nos igualmente doloroso constatar como em estados economicamente mais desenvolvidos se fabricaram e ainda se fabricam gigantescos armamentos. </span><b><span style="color: #45818e;">Gastam-se nisso somas enormes de recursos materiais e </span><span style="background-color: #fcff01; color: red;">energias espirituais</span><span style="color: #45818e;">.</span></b><span style="color: #45818e;"> Impõem-se sacrifícios nada leves aos cidadãos dos respectivos países, enquanto outras nações carecem da ajuda indispensável ao próprio desenvolvimento econômico e social".</span></i></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #45818e; font-family: Open Sans; text-align: left;"><i><br /></i></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #45818e; font-family: Open Sans; text-align: left;"><i>"</i></span><span style="text-align: left;"><span style="font-family: Open Sans;"><i><span style="color: #45818e;">A todo custo se deverá evitar que pela terceira vez desabe sobre a humanidade a desgraça de uma guerra mundial, </span><b><span style="color: #45818e;">com suas imensas catástrofes econômicas e sociais e com </span><span style="background-color: #fcff01; color: red;">as suas muitas depravações e perturbações morais</span><span style="color: #45818e;">".</span></b></i></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="text-align: left;"><span style="font-family: Open Sans;"><i><b><span style="color: #45818e;"><br /></span></b></i></span></span></div><div style="text-align: center;"><span style="text-align: left;"><span style="font-family: Open Sans;"><i><b><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgV_L4RfXfZ7YyYwClRVLN5WpO3rodhazscmkjegJBSefjdKXwk3eIR0DkOJCVx9DxgWaxTvtL5GGsTHc0YMgWgsSFv9fLebEthDnAqhFiR-Kby4SYuQd54m0bXYwGaZQLY7ofN_Q78LDL8xp185F0cWKf-I-oR7dsGozmOeL3mEqYKyuxDuAIzzbr3/s1080/Isa%C3%ADas%2030,%2015%20(4).gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="449" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgV_L4RfXfZ7YyYwClRVLN5WpO3rodhazscmkjegJBSefjdKXwk3eIR0DkOJCVx9DxgWaxTvtL5GGsTHc0YMgWgsSFv9fLebEthDnAqhFiR-Kby4SYuQd54m0bXYwGaZQLY7ofN_Q78LDL8xp185F0cWKf-I-oR7dsGozmOeL3mEqYKyuxDuAIzzbr3/w449-h449/Isa%C3%ADas%2030,%2015%20(4).gif" title="Baseada na música "A Rosa de Hiroshima" de Vinícius de Moraes e Gérson Conrad: "Pensem nas crianças / Mudas telepáticas / Pensem nas meninas / Cegas inexatas / Pensem nas mulheres / Rotas alteradas / Pensem nas feridas / Como rosas cálidas / Mas, oh, não se esqueçam / Da rosa da rosa / Da rosa de Hiroxima / A rosa hereditária / A rosa radioativa / Estúpida e inválida / A rosa com cirrose / A antirrosa atômica / Sem cor sem perfume / Sem rosa sem nada."" width="449" /></a></div><br /><span style="color: #45818e;"><br /></span></b></i></span></span></div></div>Renata P. Espíndola http://www.blogger.com/profile/13012306340296220264noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8458424331272517099.post-28136631023246832562022-06-27T14:46:00.014-03:002022-06-27T14:56:05.662-03:00Na Suíça, jovens encenam a Laudato Si' com música<div style="text-align: justify;"><i><span style="color: #b45f06; font-family: Open Sans; font-size: x-small;"><br /></span></i></div><div style="text-align: justify;"><i><span style="color: #b45f06; font-family: Open Sans; font-size: x-small;">por Adélaïde Patrignani </span></i></div><div style="text-align: justify;"><i><span style="color: #b45f06; font-family: Open Sans; font-size: x-small;">(Vatican News, </span></i><i><span style="color: #b45f06; font-family: Open Sans; font-size: x-small;">22.06.2022)</span></i></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: left;"><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">O apelo do Papa Francisco à ecologia integral não os deixou indiferentes. No Cantão de Valais, no sul da Suíça, onde se cresce entre picos e vinhedos, alguns jovens católicos fizeram a mensagem do Papa Francisco ressoar através do instrumento da arte.</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;">Benjamin Bender e Guillaume Délèze têm 23 anos. O primeiro é um ator profissional, engajado com crianças e jovens, o segundo estuda filosofia e musicologia na Universidade de Freiburg e compõe no piano há dez anos. Cada um deles colocou seus talentos em prática para dar uma forma particular à </span><a href="https://www.vatican.va/content/francesco/pt/encyclicals/documents/papa-francesco_20150524_enciclica-laudato-si.html" target="_blank"><i><span style="color: #b45f06;">Laudato Si'</span></i></a><span style="color: #444444;">, encíclica sobre a salvaguarda da Casa Comum publicada em 2015.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"><b>Gênesis de um espetáculo</b></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;">Os projetos dos jovens começam a tomar forma mesmo antes da pandemia do coronavírus. Em Valais, muitos jovens católicos frequentam a rede DJP </span><i><span style="color: #444444;">"(</span><a href="https://www.djp.ch/" target="_blank"><span style="color: #b45f06;">Déjeune qui prie</span></a><span style="color: #444444;">) ou (Toma café quem reza)"</span></i><span style="color: #444444;">, que desde 1997 oferece um encontro nas manhãs de sábado para rezar juntos as Laudes e depois tomar café da manhã juntos. Os DJP se realizam na Diocese de Sion, mas também incluem outros eventos como o Open Sky Festival, que se realiza a cada dois anos na cidade de Fully e acolhe cerca de 1.500 jovens católicos reunidos em alguns dias de oração, concertos e testemunhos.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">Por ocasião da última edição de 2019, um espetáculo amador repercorreu a vida do Beato Pier Giorgio Frassati. O sucesso alcançado por essa representação levou ao planejamento de um novo espetáculo para a edição sucessiva do festival, em 2021, ou seja, no Ano <i>Laudato Si’</i> proclamado pelo Papa Francisco: e com isso também foi encontrado o tema do espetáculo.</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;">"</span><i style="color: #444444;">Enfrentamos um desafio incrível</i><span style="color: #444444;">", admite Benjamin, que se engajou ativamente no projeto junto com outros jovens voluntários. "</span><i><span style="color: #444444;">Tivemos que produzir arte a partir de um texto teórico, a partir de uma encíclica": </span><b><span style="color: #b45f06;">não tivemos escolha a não ser enfrentar o desafio concretamente</span></b><span style="color: #444444;">. Os autores muito jovens foram em busca daqueles que colocam a Laudato si' em prática todos os dias: um monge da abadia cistercense de Hauterive, um fazedor de cestas</span></i><span style="color: #444444;">", personagens do espetáculo em todos os aspectos.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;">Depois, a pandemia interrompeu um pouco o projeto. A edição de 2021 do Festival Open Sky foi adiada, mas "</span><i><b><span style="color: #b45f06;">isso nos deu um pouco mais de tempo para aprofundarmos melhor o que queríamos transmitir como mensagem</span></b></i><span style="color: #444444;">", diz Benjamin. O trabalho de escrever a peça comprometeu o grupo por um ano e meio.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">Ao longo dos meses, a trupe aumentou e agora inclui uma dezena de atores, figurantes, um coral de jovens da aldeia de Bramois e voluntários: no total, mais de trinta jovens entre 16 e 22 anos.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="350" src="https://www.youtube.com/embed/YPZxihfVXfE" width="422" youtube-src-id="YPZxihfVXfE"></iframe></div><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><div style="color: #444444;"><b>Evangelizar através da música</b></div><div style="color: #444444;"><br /></div><div style="color: #444444;">Em vez disso, o grupo formado por Guillaume é menor – oito jovens de Valais – mas o dinamismo e a ambição não faltam. Os membros – cada um deles toca instrumentos tradicionais e instrumentos mais modernos – se conheceram no grupo paroquial que anima a missa uma vez por mês. </div><div style="color: #444444;"><br /></div><div style="color: #444444;">Então eles decidiram fundar a Écho – para evangelizar à maneira deles. "<i>Em nossas canções queremos falar sobre nossa fé da mesma forma que poderíamos falar sobre isso com pessoas de fora da fé</i>", resume Guillaume. Em sua primeira música eles quiseram falar sobre ecologia. O jovem estudou profundamente o documento do Papa e escreveu a letra da música, partindo do que "<i>mais o impressionou</i>".</div><div style="color: #444444;"><br /></div><div style="color: #444444;">Também neste caso, a pandemia modificou as etapas inicialmente planejadas; mas Covid ou não, o principal obstáculo continua sendo "<i>a agenda de cada indivíduo</i>", observa Guillaume. Apesar de tudo, os jovens tiveram muitos incentivos sobre seu projeto e isso é um grande estímulo para perseverar, especialmente porque várias músicas já estão sendo preparadas.</div><div style="color: #444444;"><br /></div><div style="color: #444444;"><br /></div><div style="color: #444444;"><b>O caminho da santidade</b></div><div style="color: #444444;"><br /></div><div style="color: #444444;"><br /></div><div style="color: #444444;">Não há presunção por trás dos esforços artísticos dos jovens de Valais, mas sim o desejo de alcançar o coração das pessoas neste exato momento em que os desafios ambientais e sociais estão batendo à porta do tranquilo cantão suíço. Enquanto os valores tradicionais são maltratados, a Igreja quer indicar referências e abrir horizontes ousados a partir do Evangelho.</div><div style="color: #444444;"><br /></div><div><span style="color: #444444;">"</span><i><b><span style="color: #b45f06;">A Laudato si' não é apenas uma bela escrita do Papa: é um apelo dirigido a todos nós</span></b><span style="color: #444444;">", </span></i><span style="color: #444444;">explica Benjamin. </span><i><span style="color: #444444;">"</span><b><span style="color: #b45f06;">Essa encíclica é um patrimônio. Não basta lê-la, temos que colocá-la em prática</span></b></i><span style="color: #444444;">". "<i>A montanha dá de viver a muitas pessoas em Valais, mas estamos destruindo-a</i>", ressalta Benjamin. "<i>Da mesma forma, devemos reavaliar as riquezas que os idosos nos transmitem, para alcançar uma sobriedade serena</i>": assim diz, o jovem ator, referindo-se a uma região em que os laços intergeracionais, embora permaneçam fortes, têm a tendência a se afrouxar.</span></div><div style="color: #444444;"><br /></div><div><span style="color: #444444;">Benjamin insiste no envolvimento de todos para uma ecologia integral. "</span><i style="color: #444444;">Os jovens são muito comprometidos, mas é necessário nos comprometer todos juntos</i><span style="color: #444444;">", ressalta ele, também observando que "</span><i style="color: #444444;">na Igreja e entre os adultos as coisas se arrastam um pouco...</i><span style="color: #444444;">". Aprofundar esse compromisso é sinal de um verdadeiro caminho de fé: "</span><b><i><span style="color: #b45f06;">Aproxima-se ao conceito da santidade da porta ao lado, ou seja, cuidar dos nossos vizinhos, das nossas relações, do que nos circunda</span></i></b><span style="color: #444444;">", acrescenta o jovem. "</span><i style="color: #444444;">A santidade da porta ao lado</i><span style="color: #444444;">", a que o Papa fala na Exortação apostólica </span><a href="https://www.vatican.va/content/francesco/pt/apost_exhortations/documents/papa-francesco_esortazione-ap_20180319_gaudete-et-exsultate.html" target="_blank"><span style="color: #b45f06;"><i>Gaudete et exsultate</i></span></a><span style="color: #444444;">: este testemunho está particularmente próximo ao coração de Florian, outro jovem ator do grupo.</span></div><div style="color: #444444;"><br /></div><div><span style="color: #444444;">Os músicos de Écho – dos quais vários, como Guillaume, também participaram do espetáculo musical de Benjamin e se deram "</span><i><b><span style="color: #b45f06;">três objetivos: fazer uma bela música, levar uma mensagem de fé e poder ajudar com dinheiro quem mais precisa</span></b></i><span style="color: #444444;">".</span></div><div style="color: #444444;"><br /></div><div style="color: #444444;"><span style="color: #444444;">Os trabalhos produzidos são, no momento, divulgados através do YouTube, mas os jovens gostariam de vender suas músicas para arrecadar fundos para as associações. Para isso criaram a etiqueta "</span><i><a href="https://www.dreamsailer.com/" target="_blank"><span style="color: #b45f06;">Dreamsailer Music</span></a></i><span style="color: #444444;">", que inclui o grupo Écho e outros projetos musicais geridos por Guillaume, com esse propósito de caridade.</span></div><div style="color: #444444;"><br /></div><div style="color: #444444;"><br /></div><div style="color: #444444;"><b>Perspectivas são delineadas</b></div><div style="color: #444444;"><br /></div><div style="color: #444444;"><br /></div><div><span style="color: #444444;">Finalmente, após meses de comprometimento paciente e criativo, os sonhos começam a se tornar realidade. Em outubro do ano passado, foi lançado o primeiro título de Écho, "</span><i><a href="https://www.youtube.com/watch?v=_xhsfpriebI" target="_blank"><span style="color: #b45f06;">Harmonie</span></a></i><span style="color: #444444;">", com um clipe filmado na paisagem rochosa e verdejante do Vale do Rhone, que sozinho fala da beleza da Criação.</span></div><div style="color: #444444;"><br /></div><div style="color: #444444;">Quatro garotas, as cantoras, um violino, um trombone, um piano e uma bateria: o grupo é heteróclito, mas o título anuncia o resultado: realmente uma harmonia da qual o grupo de músicos é testemunho com frescor e dinamismo.</div><div style="color: #444444;"><br /></div><div style="color: #444444;">Em 12 e 13 de abril, "<i>La Coloc M.C</i>." ("<i>O colega de quarto da Casa Comum</i>") foi apresentado por Benjamin e sua equipe num lugar tão atípico quanto simbólico, se falarmos de ecologia integral: um armazém de frutas perto de Riddes, bem no meio dos pomares. As decorações do armazém são sóbrias e são feitas com materiais reciclados ou recuperados. "<i>Nós nos ancoramos numa realidade sustentável, e isso também nos permite favorecer a realidade local</i>", explica Benjamin.</div><div style="color: #444444;"><br /></div><div style="color: #444444;">Mais de 250 espectadores para cada apresentação: um público "<i>realmente entusiasmado</i>", visivelmente impressionado por esses jovens engajados na Igreja e reativos diante dos problemas atuais.</div><div style="color: #444444;"><br /></div><div><span style="color: #444444;">"</span><i><b><span style="color: #b45f06;">Nós não apenas fizemos teatro ou realizamos um espetáculo: esta é realmente uma aventura humana</span></b></i><span style="color: #444444;">", continua o jovem ator de Valais, também observando que muitos de seus companheiros amadureceram no decorrer deste projeto. </span><i style="color: #444444;">"Todos estão prontos para partir novamente para a aventura</i><span style="color: #444444;">", mas no momento ainda não há um projeto definido.</span></div><div style="color: #444444;"><br /></div><div style="color: #444444;">Outros ainda aceitarão o chamado da <i>Laudato Si'</i> para colocá-la em prática: na verdade, após a segunda apresentação, foi instituído um prêmio <i>Laudato Si'</i>, destinado a apoiar financeiramente os projetos de ecologia integral na região. Christian Thurre, diácono permanente e delegado de ecologia da Diocese de Sion, concedeu o primeiro prêmio a um grupo que pretende transformar um terreno de 900m² numa área de permacultura com um projeto social que gira em torno de uma guarita. </div><div style="color: #444444;"><br /></div><div><span style="color: #444444;">O segundo prêmio – o prêmio de incentivo – foi concedido ao Grupo Écho. A Igreja em Valais está determinada a </span><b><span style="color: #b45f06;">confiar na criatividade dos jovens para que sua mensagem se encarne numa sociedade que precisa de testemunhas apaixonadas e coerentes</span></b><span style="color: #444444;">.</span></div><div style="color: #444444;"><br /></div><div style="color: #444444;"><br /></div><div><span style="font-size: xx-small;"><span style="color: #444444;">Fonte: </span><a href="https://www.vaticannews.va/pt/igreja/news/2022-06/laudato-si-enciclica-arte-musica-ambiente-papa-francisco-jovens.html"><span style="color: #b45f06;">https://www.vaticannews.va/pt/igreja/news/2022-06/laudato-si-enciclica-arte-musica-ambiente-papa-francisco-jovens.html</span></a></span></div></span></div></div>Renata P. Espíndola http://www.blogger.com/profile/13012306340296220264noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8458424331272517099.post-6403068162995430182022-06-19T18:36:00.016-03:002022-06-21T08:03:33.107-03:00Mensagem do Santo Padre para o VI Dia Mundial dos Pobres em 13 de novembro de 2022<div style="text-align: center;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"> </span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><b style="text-align: center;"><span class="color-text" style="font-size: medium;"><i>Jesus Cristo fez-Se pobre por vós </i>(cf. <i>2 Cor</i> 8, 9)</span></b></span></div><p style="background-color: white; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"> </span></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><b>1. </b>«<i>Jesus Cristo (…) fez-Se pobre por vós</i>» (<i>2 Cor</i> 8, 9). Com estas palavras, o apóstolo Paulo dirige-se aos cristãos de Corinto para fundamentar o seu compromisso de solidariedade para com os irmãos necessitados. O <i>Dia Mundial dos Pobres</i> torna este ano como uma sadia provocação para nos ajudar a refletir sobre o nosso estilo de vida e as inúmeras pobrezas da hora atual.</span></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"><br /></span></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">Há alguns meses, o mundo estava a sair da tempestade da pandemia, mostrando sinais de recuperação econômica que se esperava voltasse a trazer alívio a milhões de pessoas empobrecidas pela perda do emprego. Abria-se uma nesga de céu sereno que, sem esquecer a tristeza pela perda dos próprios entes queridos, prometia ser possível tornar finalmente às relações interpessoais diretas, encontrar-se sem embargos nem restrições. Mas eis que uma nova catástrofe assomou ao horizonte, destinada a impor ao mundo um cenário diferente.</span></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"><br /></span></p><p style="text-align: justify;"><b><span style="background-color: #fcff01; color: red;"><span style="font-family: "Open Sans";">A guerra na Ucrânia veio juntar-se às guerras regionais que, nestes anos, têm produzido morte e destruição. Aqui, porém, o quadro apresenta-se mais complexo devido à intervenção direta duma «</span><i style="font-family: "Open Sans";">superpotência</i><span style="font-family: "Open Sans";">», que pretende impor a sua vontade contra o princípio da autodeterminação dos povos. Vemos repetir-se cenas de trágica memória e, mais uma vez, as ameaças recíprocas de alguns poderosos abafam a voz da humanidade que implora paz.</span></span></b></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><b style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"><br /></b></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><b style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">2. </b><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">Quantos pobres gera a insensatez da guerra! Para onde quer que voltemos o olhar, constata-se como os mais atingidos pela violência sejam as pessoas indefesas e frágeis. Deportação de milhares de pessoas, sobretudo meninos e meninas, para os desenraizar e impor-lhes outra identidade. Voltam a ser atuais as palavras do Salmista perante a destruição de Jerusalém e o exílio dos judeus: «</span><i style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">Junto aos rios da Babilônia nos sentamos a chorar, / recordando-nos de Sião. / Nos salgueiros das suas margens / penduramos as nossas harpas. / Os que nos levaram para ali cativos / pediam-nos um cântico; / e os nossos opressores, uma canção de alegria / (...). Como poderíamos nós cantar um cântico do Senhor, / estando numa terra estranha?</i><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">» (</span><i style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">Sal</i><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"> 137, 1-4).</span></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"><br /></span></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">Milhões de mulheres, crianças e idosos veem-se constrangidos a desafiar o perigo das bombas para pôr a vida a salvo, procurando abrigo como refugiados em países vizinhos. Entretanto, aqueles que permanecem nas zonas de conflito têm de conviver diariamente com o medo e a carência de comida, água, cuidados médicos e sobretudo com a falta de afeto familiar. Nestes momentos, a razão fica obscurecida e quem sofre as consequências é uma multidão de gente simples, que vem juntar-se ao número já elevado de pobres. Como dar uma resposta adequada que leve alívio e paz a tantas pessoas, deixadas à mercê da incerteza e da precariedade?</span></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><b style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"><br /></b></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><b style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">3.</b><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"> Neste contexto tão desfavorável, situa-se o </span><i style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">VI Dia Mundial dos Pobres</i><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">, com o convite – tomado do apóstolo Paulo – a manter o olhar fixo em Jesus, que, «</span><i style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">sendo rico, Se fez pobre por vós, para vos enriquecer com a sua pobreza</i><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">» (</span><i style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">2 Cor</i><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"> 8, 9). Na sua visita a Jerusalém, Paulo encontrara Pedro, Tiago e João, que lhe tinham pedido para não esquecer os pobres. De fato, a comunidade de Jerusalém debatia-se com sérias dificuldades devido à carestia que assolara o país. O Apóstolo preocupou-se imediatamente em organizar uma grande coleta a favor daqueles pobres. Os cristãos de Corinto mostraram-se muito sensíveis e disponíveis. Por indicação de Paulo, em cada primeiro dia da semana recolhiam quanto haviam conseguido poupar e todos foram muito generosos.</span></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"><br /></span></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">Como se o tempo tivesse parado naquele momento, também nós, cada domingo, durante a celebração da Santa Missa, cumprimos o mesmo gesto, colocando em comum as nossas ofertas para que a comunidade possa prover às necessidades dos mais pobres. É um sinal que os cristãos sempre cumpriram com alegria e sentido de responsabilidade, para que a nenhum irmão e irmã faltasse o necessário. </span></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";"><span style="color: #444444;"><br /></span></span></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";"><span style="color: #444444;">Já o testemunhava no século II São Justino que, ao descrever ao imperador Antonino Pio a celebração dominical dos cristãos, escrevia: «</span><i><span style="color: #b45f06;"><b>No dia do Sol, como é chamado, reúnem-se num mesmo lugar os habitantes, quer das cidades quer dos campos, e leem-se, na medida em que o tempo o permite, ora os comentários dos Apóstolos ora os escritos dos Profetas. (…) Seguidamente, a cada um dos presentes se distribui e faz participante dos dons sobre os quais foi pronunciada a ação de graças, e dos mesmos se envia aos ausentes por meio dos diáconos. Os que possuem bens em abundância dão livremente o que lhes parece bem, e o que se recolhe põe-se à disposição daquele que preside. Este socorre os órfãos e viúvas e os que, por motivo de doença ou qualquer outra razão, se encontram em necessidade, assim como os encarcerados e hóspedes que chegam de viagem; numa palavra, ele toma sobre si o encargo de todos os necessitados</b></span></i><span style="color: #444444;">» (</span></span><i style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">Primeira Apologia</i><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">, LXVII, 1-6).</span></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><b style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"><br /></b></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><b style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">4.</b><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"> Voltando à comunidade de Corinto, sucedeu que, depois do entusiasmo inicial, começou a esmorecer o empenho, e a iniciativa proposta pelo Apóstolo perdeu impulso. Este é o motivo que leva Paulo a escrever com grande paixão, relançando a coleta, «</span><i style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">para que, como fostes prontos no querer, também o sejais no executar, conforme as vossas possibilidades</i><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">» (</span><i style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">2 Cor</i><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"> 8, 11).</span></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"><br /></span></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">Neste momento, penso na disponibilidade que, nos últimos anos, moveu populações inteiras para abrir as portas a fim de acolher milhões de refugiados das guerras no Médio Oriente, na África Central e, agora, na Ucrânia. As famílias abriram as suas casas para deixar entrar outras famílias, e as comunidades acolheram generosamente muitas mulheres e crianças para lhes proporcionar a devida dignidade. </span></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><b style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"><br /></b></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><b style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">Mas quanto mais se alonga o conflito, tanto mais se agravam as suas consequências. Os povos que acolhem têm cada vez mais dificuldade em dar continuidade à ajuda; as famílias e as comunidades começam a sentir o peso duma situação que vai além da emergência. Este é o momento de não ceder, mas de renovar a motivação inicial. O que começamos precisa de ser levado a cabo com a mesma responsabilidade.</b></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><b style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"><br /></b></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><b style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">5. </b><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">Com efeito, a solidariedade é precisamente partilhar o pouco que temos com quantos nada têm, para que ninguém sofra. Quanto mais cresce o sentido de comunidade e comunhão como estilo de vida, tanto mais se desenvolve a solidariedade. Aliás, deve-se considerar que há países onde, nas últimas décadas, se verificou um significativo crescimento do bem-estar de muitas famílias, que alcançaram um estado de vida seguro. Trata-se dum resultado positivo da iniciativa privada e de leis que sustentaram o crescimento econômico, aliado a um incentivo concreto às políticas familiares e à responsabilidade social. </span></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"><br /></span></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">Possa este patrimônio de segurança e estabilidade alcançado ser agora partilhado com quantos foram obrigados a deixar as suas casas e o seu país para se salvarem e sobreviverem. Como membros da sociedade civil, mantenhamos vivo o apelo aos valores da liberdade, responsabilidade, fraternidade e solidariedade; e, como cristãos, encontremos sempre na caridade, na fé e na esperança o fundamento do nosso ser e da nossa atividade.</span></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><b style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"><br /></b></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><b style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">6.</b><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"> É interessante notar que o Apóstolo não quer obrigar os cristãos, forçando-os a uma obra de caridade; de fato, escreve: «</span><i style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">Não o digo como quem manda</i><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">». O que ele pretende é «</span><i style="font-family: "Open Sans";"><span style="color: #b45f06;"><b>pôr à prova a sinceridade do amor</b></span></i><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">» </span><span style="color: #b45f06; font-family: "Open Sans";"><b>demonstrado</b> </span><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">pelos Coríntios </span><span style="color: #b45f06; font-family: "Open Sans";"><b>na atenção e solicitude pelos pobres</b></span><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"> (cf.</span><i style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"> 2 Cor</i><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"> 8, 8). Na base do pedido de Paulo, está certamente a necessidade de ajuda concreta, mas a sua intenção vai mais longe. Convida a realizar a coleta, para que seja sinal do amor testemunhado pelo próprio Jesus. Enfim, a generosidade para com os pobres encontra a sua motivação mais forte na opção do Filho de Deus que quis fazer-Se pobre.</span></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"><br /></span></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">Na realidade, o Apóstolo não hesita em afirmar que esta opção de Cristo, este seu «</span><i style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">despojamento</i><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">», é uma «</span><i style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">graça</i><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">» – aliás, é «a graça de Nosso Senhor Jesus Cristo» (</span><i style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">2 Cor</i><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"> 8, 9) – e só acolhendo-a é que podemos dar expressão concreta e coerente à nossa fé. O ensinamento de todo o Novo Testamento revela a propósito uma especial unanimidade, como se verifica nesta passagem da Carta do apóstolo Tiago sobre a Palavra que foi semeada nos crentes: «</span><i style="font-family: "Open Sans";"><span style="color: #b45f06;"><b>Tendes de a pôr em prática e não apena ouvi-la, enganando-vos a vós mesmos. Porque, quem se contenta com ouvir a palavra, sem a pôr em prática, assemelha-se a alguém que contempla a sua fisionomia num espelho; mal acaba de se contemplar, sai dali e esquece-se de como era. Aquele, porém, que medita com atenção a lei perfeita, a lei da liberdade, e nela persevera – não com quem a ouve e logo se esquece, mas como quem a cumpre – esse encontrará a felicidade ao pô-la em prática</b></span></i><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">» (1, 22-25).</span></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><b style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"><br /></b></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><b style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">7.</b><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"> </span><b style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">No caso dos pobres, não servem retóricas, mas arregaçar as mangas e pôr em prática a fé através dum envolvimento direto, que não pode ser delegado a ninguém.</b><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"> Às vezes, porém, pode sobrevir uma forma de relaxamento que leva a assumir comportamentos incoerentes, como no caso da indiferença em relação aos pobres. Além disso acontece que alguns cristãos, devido a um apego excessivo ao dinheiro, fiquem empantanados num mau uso dos bens e do patrimônio. São situações que manifestam uma fé frágil e uma esperança fraca e míope.</span></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"><br /></span></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">Sabemos que o problema não está no dinheiro em si, pois faz parte da vida diária das pessoas e das relações sociais. Devemos refletir, sim, sobre o valor que o dinheiro tem para nós: não pode tornar-se um absoluto, como se fosse o objetivo principal. Um tal apego impede de ver, com realismo, a vida de todos os dias e ofusca o olhar, impedindo de reconhecer as necessidades dos outros. Nada de mais nocivo poderia acontecer a um cristão e a uma comunidade do que ser ofuscados pelo ídolo da riqueza, que acaba por acorrentar a uma visão efêmera e falhada da vida.</span></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"><br /></span></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">Entretanto não se trata de ter um comportamento assistencialista com os pobres, como muitas vezes acontece; naturalmente é necessário empenhar-se para que a ninguém falte o necessário. </span><b style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">Não é o ativismo que salva, mas a atenção sincera e generosa que me permite aproximar dum pobre como de um irmão que me estende a mão para que acorde do torpor em que caí.</b><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"> Por isso, «</span><i style="font-family: "Open Sans";"><b><span style="color: #b45f06;">ninguém deveria dizer que se mantém longe dos pobres, porque as suas opções de vida implicam prestar mais atenção a outras incumbências. Esta é uma desculpa frequente nos ambientes acadêmicos, empresariais ou profissionais, e até mesmo eclesiais. (…) Ninguém pode sentir-se exonerado da preocupação pelos pobres e pela justiça social</span></b></i><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">» (Francisco, Exort. ap. </span><i style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"><a href="https://www.vatican.va/content/francesco/pt/apost_exhortations/documents/papa-francesco_esortazione-ap_20131124_evangelii-gaudium.html#O_lugar_privilegiado_dos_pobres_no_povo_de_Deus">Evangelii gaudium</a></i><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">, 201). </span></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"><br /></span></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">Urge encontrar estradas novas que possam ir além da configuração daquelas políticas sociais «</span><span style="color: #b45f06; font-family: "Open Sans";"><i><b>concebidas como uma política </b></i><i><b>para os pobres, mas nunca com os pobres, nunca dos</b></i><i><b> pobres e muito menos inserida num projeto que reúna os povos</b></i></span><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">» (Francisco, Carta enc. </span><i style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"><a href="https://www.vatican.va/content/francesco/pt/encyclicals/documents/papa-francesco_20201003_enciclica-fratelli-tutti.html#169">Fratelli tutti</a></i><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">, 169). Em vez disso, é preciso tender para assumir a atitude do Apóstolo, que podia escrever aos Coríntios: «</span><i style="font-family: "Open Sans";"><b><span style="color: #b45f06;">Não se trata de, ao aliviar os outros, vos fazer entrar em apuros, mas sim de que haja igualdade</span></b></i><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">» (</span><i style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">2 Cor</i><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"> 8, 13).</span></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><b style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"><br /></b></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><b style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">8. </b><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">Estamos diante dum paradoxo, que, hoje como no passado, é difícil de aceitar, porque embate na lógica humana: há uma pobreza que nos torna ricos. Recordando a «</span><i style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">graça</i><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">» de Jesus Cristo, Paulo quer confirmar o que o próprio Senhor pregou, ou seja, que a verdadeira riqueza não consiste em acumular «</span><i style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem os corroem e os ladrões arrombam os muros, a fim de os roubar</i><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">» (</span><i style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">Mt</i><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"> 6, 19), mas, antes, no amor recíproco que nos faz carregar os fardos uns dos outros, para que ninguém seja abandonado ou excluído. </span></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><b style="background-color: transparent; font-family: "Open Sans";"><span style="color: red;"><span style="background-color: #fcff01;"><br /></span></span></b></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><b style="background-color: transparent; font-family: "Open Sans";"><span style="color: red;"><span style="background-color: #fcff01;">A experiência de fragilidade e limitação, que vivemos nestes últimos anos e, agora, a tragédia duma guerra com repercussões globais, devem ensinar-nos decididamente uma coisa: não estamos no mundo para sobreviver, mas para que, a todos, seja consentida uma vida digna e feliz. </span></span></b><span style="background-color: #fcff01; color: red; font-family: "Open Sans";"><b>A mensagem de Jesus mostra-nos o caminho e faz-nos descobrir a existência duma pobreza que humilha e mata, e há outra pobreza – a d’Ele – que liberta e nos dá serenidade.</b></span></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"><br /></span></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">A pobreza que mata é a miséria, filha da injustiça, da exploração, da violência e da iníqua distribuição dos recursos. </span><b style="background-color: transparent; font-family: "Open Sans";"><span style="background-color: #fcff01; color: red;">É a pobreza desesperada, sem futuro, porque é imposta pela cultura do descarte que não oferece perspetivas nem vias de saída. É a miséria que, enquanto constringe à condição de extrema indigência, afeta também a dimensão espiritual, que, apesar de muitas vezes ser transcurada, não é por isso que deixa de existir ou de contar. </span></b><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">Quando a única lei passa a ser o cálculo do lucro no fim do dia, então <b>deixa de haver qualquer freio na adoção da lógica da exploração das pessoas: os outros não passam de meios</b>. Deixa de haver salário justo, horário justo de trabalho e criam-se novas formas de escravidão, suportada por pessoas que, sem alternativa, devem aceitar este veneno de injustiça a fim de ganhar o mínimo para comer.</span></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"><br /></span></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">Ao contrário, pobreza libertadora é aquela que se nos apresenta como uma opção responsável para alijar da estiva quanto há de supérfluo e apostar no essencial. De fato, pode-se individuar facilmente o sentido de insatisfação que muitos experimentam, porque sentem que lhes falta algo de importante e andam à sua procura como extraviados sem rumo. Desejosos de encontrar o que os possa saciar, precisam de ser encaminhados para os humildes, os frágeis, os pobres para compreenderem finalmente aquilo de que tinham verdadeiramente necessidade. </span></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><b style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"><br /></b></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><b style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">Encontrar os pobres permite acabar com tantas ansiedades e medos inconsistentes, para atracar àquilo que verdadeiramente importa na vida e que ninguém nos pode roubar: o amor verdadeiro e gratuito. Na realidade, os pobres, antes de ser objeto da nossa esmola, são sujeitos que ajudam a libertar-nos das armadilhas da inquietação e da superficialidade.</b></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"><br /></span></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">Um padre e doutor da Igreja, São João Crisóstomo, em cujos escritos se encontram fortes denúncias contra o comportamento dos cristãos para com os mais pobres, escrevia: «</span><i style="font-family: "Open Sans";"><b><span style="color: #b45f06;">Se não consegues acreditar que a pobreza te faça tornar rico, pensa no teu Senhor e deixa de duvidar quanto a isso. Se Ele não tivesse sido pobre, tu não serias rico; trata-se de algo extraordinário: que da pobreza tenha derivado riqueza abundante. Aqui Paulo entende por “riquezas” o conhecimento da piedade, a purificação dos pecados, a justiça, a santificação e milhares doutras coisas boas que nos foram dadas agora e para sempre. Tudo isto, o temos graças à pobreza</span></b></i><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">» (</span><i style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">Homilias sobre a II Carta aos Coríntios</i><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">, 17, 1).</span></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><b style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"><br /></b></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><b style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">9.</b><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"> O texto do Apóstolo a que se refere este </span><i style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">VI Dia Mundial dos Pobres</i><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"> apresenta o grande paradoxo da vida de fé: a pobreza de Cristo torna-nos ricos. Se Paulo pôde comunicar este ensinamento – e a Igreja difundi-lo e testemunhá-lo ao longo dos séculos – é porque Deus, em seu Filho Jesus, escolheu e seguiu esta estrada. Se Ele Se fez pobre por nós, então a nossa própria vida ilumina-se e transforma-se, adquirindo um valor que o mundo não conhece nem pode dar. </span></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"><br /></span></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">A riqueza de Jesus é o seu amor, que não se fecha a ninguém mas vai ao encontro de todos, sobretudo de quantos estão marginalizados e desprovidos do necessário. Por amor, despojou-Se a Si mesmo e assumiu a condição humana. Por amor, fez-Se servo obediente, até à morte e morte de cruz (cf. </span><i style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">Flp</i><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"> 2, 6-8). Por amor, fez-Se «</span><i style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">pão de vida</i><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">» (</span><i style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">Jo</i><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"> 6, 35), para que a ninguém falte o necessário, e possa encontrar o alimento que nutre para a vida eterna.</span></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"><br /></span></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">Também em nossos dias parece difícil, como foi então para os discípulos do Senhor, aceitar este ensinamento (cf. </span><i style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">Jo</i><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"> 6, 60); mas a palavra de Jesus é clara. Se quisermos que a vida vença a morte e que a dignidade seja resgatada da injustiça, o caminho a seguir é o d’Ele: é seguir a pobreza de Jesus Cristo, partilhando a vida por amor, repartindo o pão da própria existência com os irmãos e irmãs, a começar pelos últimos, por aqueles que carecem do necessário, para que se crie a igualdade, os pobres sejam libertos da miséria e os ricos da vaidade, ambos sem esperança.</span></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><b style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"><br /></b></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><b style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">10.</b><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"> No passado dia 15 de maio,</span><span style="color: #444444;"><span style="font-family: "Open Sans";"> </span><a href="https://www.vatican.va/content/francesco/pt/events/event.dir.html/content/vaticanevents/pt/2022/5/15/canonizzazione.html" style="font-family: "Open Sans";">canonizei o Irmão Carlos de Foucauld</a><span style="font-family: "Open Sans";">, u</span></span><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">m homem que, tendo nascido rico, renunciou a tudo para seguir Jesus e com Ele tornar-se pobre e irmão de todos. A sua vida eremita, primeiro em Nazaré e depois no deserto do Saara, feita de silêncio, oração e partilha, é um testemunho exemplar da pobreza cristã. </span></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"><br /></span></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">Ajudar-nos-á a meditação destas suas palavras: «</span><i style="font-family: "Open Sans";"><b><span style="color: #b45f06;">Não desprezemos os pobres, os humildes, os operários; são não só nossos irmãos em Deus, mas também os que mais perfeitamente imitam a Jesus na sua vida exterior. Eles apresentam-nos perfeitamente Jesus, o Operário de Nazaré. São primogênitos entre os eleitos, os primeiros chamados ao berço do Salvador. Foram a companhia habitual de Jesus, desde o seu nascimento até à sua morte (…). Honremo-los, honremos neles as imagens de Jesus e dos seus santos progenitores (…). Tomemos para nós [a condição] que Ele tomou para Si (…). Nunca deixemos de ser, em tudo, pobres, irmãos dos pobres, companheiros dos pobres; sejamos os mais pobres dos pobres, como Jesus, e como Ele amemos os pobres e rodeemo-nos deles</span></b></i><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">» (</span><i style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">Comentário ao Evangelho de Lucas</i><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">, Meditação 263) <a class="cleaner" href="https://www.vatican.va/content/francesco/pt/messages/poveri/documents/20220613-messaggio-vi-giornatamondiale-poveri-2022.html#_ftn1" name="_ftnref1"></a></span><span style="color: #45818e; font-family: "Open Sans";"><b>[1]</b></span><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">. </span></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"><br /></span></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">Para o Irmão Carlos, estas não eram apenas palavras, mas estilo concreto de vida, que o levou a partilhar com Jesus o dom da própria existência.</span></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">Oxalá este <i>VI Dia Mundial dos Pobres</i> se torne uma oportunidade de graça, para fazermos um exame de consciência pessoal e comunitário, interrogando-nos se a pobreza de Jesus Cristo é a nossa fiel companheira de vida.</span></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></p><div style="background-color: white; text-align: center;"><i><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">Roma, São João de Latrão, na Memória de Santo Antônio, 13 de junho de 2022.<br /></span></i><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans"; text-align: justify;">FRANCISCO</span></div><div style="background-color: white; text-align: center;"><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans"; text-align: justify;"><br /></span></div><div style="background-color: white; text-align: center;"><br /></div><div style="background-color: white; text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans; font-size: x-small;"><span style="text-align: left;"><b><span style="color: #134f5c;">[</span></b><b><span style="color: #134f5c;">1]</span></b><span style="color: #444444;"> Meditação n. 263, sobre </span></span><i style="color: #444444; text-align: left;">Lc</i><span style="color: #444444; text-align: left;"> 2, 8-20: C.De Foucauld, </span><i style="color: #444444; text-align: left;">A Bondade de Deus. Meditações sobre os santos Evangelhos</i><span style="color: #444444; text-align: left;">, I, Nouvelle Cité – Montrouge 1996, 214-216.</span></span></div><div style="background-color: white; text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans; font-size: x-small;"><span style="color: #444444; text-align: left;"><br /></span></span></div><div style="background-color: white; text-align: justify;"><span style="font-size: xx-small;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444; text-align: left;">Fonte: </span></span><span style="background-color: transparent; text-align: left;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><a href="https://www.vatican.va/content/francesco/pt/messages/poveri/documents/20220613-messaggio-vi-giornatamondiale-poveri-2022.html">https://www.vatican.va/content/francesco/pt/messages/poveri/documents/20220613-messaggio-vi-giornatamondiale-poveri-2022.html</a></span></span></span></div><div style="background-color: white; text-align: justify;"><span style="font-size: xx-small;"><span style="background-color: transparent; text-align: left;"><br /></span></span></div><div style="background-color: white; text-align: justify;"><span style="font-size: xx-small;"><span style="background-color: transparent; text-align: left;"><br /></span></span></div><div style="background-color: white; text-align: justify;"><span style="font-size: xx-small;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjY_DfK0a6yi3T60OYtVsfRUlnejlgxQcAN5OsfYeRwpTYUUl87Ze5ubz_9qBDea_bAkydKkSpEGhkYe1_ZOib_-9X08YCAjxhWJeMhBsR9hlZ2X1fKviOUcHcinGgblrZdwffHYDuVZM4jYYhEWMZKHpq_0r2Ecw4LJ4M5PWDhDXGQ91F5702P0HaY/s320/Isa%C3%ADas%2030,%2015%20(35).png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="320" data-original-width="320" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjY_DfK0a6yi3T60OYtVsfRUlnejlgxQcAN5OsfYeRwpTYUUl87Ze5ubz_9qBDea_bAkydKkSpEGhkYe1_ZOib_-9X08YCAjxhWJeMhBsR9hlZ2X1fKviOUcHcinGgblrZdwffHYDuVZM4jYYhEWMZKHpq_0r2Ecw4LJ4M5PWDhDXGQ91F5702P0HaY/s1600/Isa%C3%ADas%2030,%2015%20(35).png" width="320" /></a></div><br /><span style="background-color: transparent; text-align: left;"><br /></span></span></div>Renata P. Espíndola http://www.blogger.com/profile/13012306340296220264noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8458424331272517099.post-15327964136483502702022-03-24T10:52:00.009-03:002022-03-24T20:11:21.915-03:00A Criação geme em dores de parto...<p style="text-align: justify;"><span style="color: #45818e; font-family: Open Sans; font-size: x-small;"><i>[É muito difícil manter o coração pacífico em meio a tantas injustiças e atrocidades que surgem a todo momento, mas a fé em Cristo com esperança de uma conformação diária do coração Nele é o único caminho para a paz.]</i></span></p><p style="text-align: justify;"><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b style="color: #b45f06; font-family: "Open Sans";">ATO DE CONSAGRAÇÃO AO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA</b></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://www.vatican.va/news_services/liturgy/libretti/2022/20220325-libretto-liturgiapenitenziale-attoconsacrazione.pdf" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;" target="_blank"><img border="0" data-original-height="593" data-original-width="500" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqp1qnRtRgShzpzJXpj662gdc2BOmR2O8gGuowrKWxkEhPF2vyEZ2AKTvFPrlfKnFAPjfFt5Pd_znK7nsP-iTOPAHbk4DhtKx-Cl07Yed0Ja76zWyjipFPHBQ86b56n-ZyYK2O8s4jqMBw2kTnyHPvqSyVnhauILhUpNkG_pOsHY4ktd-odOK2xKmJ/s320/44ea5ceeb10a53bd417935163ed758a8.PNG" width="270" /></a></div><p style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><b>"Ó Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe, recorremos a Vós nesta hora de tribulação. Vós sois Mãe, amais-nos e conheceis-nos: de quanto temos no coração, nada Vos é oculto. </b>Mãe de misericórdia, muitas vezes experimentamos a vossa ternura providente, a vossa presença que faz voltar a paz, porque sempre nos guiais para Jesus, Príncipe da paz.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"><br /></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="background-color: #fcff01; font-family: "Open Sans";"><b><span style="color: red;">Mas perdemos o caminho da paz. Esquecemos a lição das tragédias do século passado, o sacrifício de milhões de mortos nas guerras mundiais. Descuidamos os compromissos assumidos como Comunidade das Nações e estamos a atraiçoar os sonhos de paz dos povos e as esperanças dos jovens. Adoecemos de ganância, fechamo-nos em interesses nacionalistas, deixamo-nos ressequir pela indiferença e paralisar pelo egoísmo. Preferimos ignorar Deus, conviver com as nossas falsidades, alimentar a agressividade, suprimir vidas e acumular armas, esquecendo-nos que somos guardiões do nosso próximo e da própria casa comum. Dilaceramos com a guerra o jardim da Terra, ferimos com o pecado o coração do nosso Pai, que nos quer irmãos e irmãs. Tornamo-nos indiferentes a todos e a tudo, exceto a nós mesmos. E, com vergonha, dizemos: perdoai-nos, Senhor!</span></b></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"><br /></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"><b>Na miséria do pecado, das nossas fadigas e fragilidades, no mistério de iniquidade do mal e da guerra, Vós, Mãe Santa, lembrai-nos que Deus não nos abandona, mas continua a olhar-nos com amor, desejoso de nos perdoar e levantar novamente. </b>Foi Ele que Vos deu a nós e colocou no vosso Imaculado Coração um refúgio para a Igreja e para a humanidade. Por bondade divina, estais connosco e conduzis-nos com ternura mesmo nos transes mais apertados da história.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"><br /></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";"><span style="color: #444444;">Por isso recorremos a Vós, batemos à porta do vosso Coração, nós os vossos queridos filhos que não Vos cansais de visitar em todo o tempo e convidar à conversão. Nesta hora escura, vinde socorrer-nos e consolar-nos. </span><b><span style="color: #b45f06;">Repeti a cada um de nós: «<i>Não estou porventura aqui Eu, que sou tua mãe?</i>» Vós sabeis como desfazer os emaranhados do nosso coração e desatar os nós do nosso tempo. Repomos a nossa confiança em Vós.</span></b><span style="color: #444444;"> Temos a certeza de que Vós, especialmente no momento da prova, não desprezais as nossas súplicas e vindes em nosso auxílio.</span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"><br /></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">Assim fizestes em Caná da Galileia, quando apressastes a hora da intervenção de Jesus e introduzistes no mundo o seu primeiro sinal. Quando a festa se mudara em tristeza, dissestes-Lhe: «<i>Não têm vinho</i>!» (Jo 2, 3). <b>Ó Mãe, repeti-o mais uma vez a Deus, porque hoje esgotamos o vinho da esperança, desvaneceu-se a alegria, diluiu-se a fraternidade. Perdemos a humanidade, malbaratamos a paz. Tornamo-nos capazes de toda a violência e destruição. Temos necessidade urgente da vossa intervenção materna.</b></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">Por isso acolhei, ó Mãe, esta nossa súplica:</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></p><p style="text-align: center;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><b>"<i>Vós, estrela do mar, não nos deixeis naufragar na tempestade da guerra;</i></b></span></p><p style="text-align: center;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><i><b>Vós, arca da nova aliança, inspirai projetos e caminhos de reconciliação;</b></i></span></p><p style="text-align: center;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><i><b>Vós, «terra do Céu», trazei de volta ao mundo a concórdia de Deus;</b></i></span></p><p style="text-align: center;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><i><b>Apagai o ódio, acalmai a vingança, ensinai-nos o perdão;</b></i></span></p><p style="text-align: center;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><i><b>Libertai-nos da guerra, preservai o mundo da ameaça nuclear;</b></i></span></p><p style="text-align: center;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><i><b>Rainha do Rosário, despertai em nós a necessidade de rezar e amar;</b></i></span></p><p style="text-align: center;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><i><b>Rainha da família humana, mostrai aos povos o caminho da fraternidade;</b></i></span></p><p style="text-align: center;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><b><i>Rainha da paz, alcançai a paz para o mundo</i>."</b></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"><br /></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";"><b><span style="color: #b45f06;">O vosso pranto, ó Mãe, comova os nossos corações endurecidos. As lágrimas, que por nós derramastes, façam reflorescer este vale que o nosso ódio secou. E, enquanto o rumor das armas não se cala, que a vossa oração nos predisponha para a paz. </span></b><span style="color: #444444;"><b>As vossas mãos maternas acariciem quantos sofrem e fogem sob o peso das bombas. O vosso abraço materno console quantos são obrigados a deixar as suas casas e o seu país. Que o vosso doloroso Coração nos mova à compaixão e estimule a abrir as portas e cuidar da humanidade ferida e descartada.</b></span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"><br /></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">Santa Mãe de Deus, enquanto estáveis ao pé da cruz, Jesus, ao ver o discípulo junto de Vós, disse-Vos: «<i>Eis o teu filho</i>!» (Jo 19, 26). Assim Vos confiou cada um de nós. Depois disse ao discípulo, a cada um de nós: «<i>Eis a tua mãe</i>!» (19, 27). Mãe, agora queremos acolher-Vos na nossa vida e na nossa história. <b>Nesta hora, a humanidade, exausta e transtornada, está ao pé da cruz convosco. E tem necessidade de se confiar a Vós, de se consagrar a Cristo por vosso intermédio. O povo ucraniano e o povo russo, que Vos veneram com amor, recorrem a Vós, enquanto o vosso Coração palpita por eles e por todos os povos ceifados pela guerra, a fome, a injustiça e a miséria.</b></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"><br /></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";"><b><span style="color: #b45f06;">Por isso nós, ó Mãe de Deus e nossa, solenemente confiamos e consagramos ao vosso Imaculado Coração nós mesmos, a Igreja e a humanidade inteira, de modo especial a Rússia e a Ucrânia. Acolhei este nosso ato que realizamos com confiança e amor, fazei que cesse a guerra, providenciai ao mundo a paz.</span></b><span style="color: #444444;"> O sim que brotou do vosso Coração abriu as portas da história ao Príncipe da Paz; confiamos que mais uma vez, por meio do vosso Coração, virá a paz. </span><b style="color: #444444;">Assim a Vós consagramos o futuro da família humana inteira, as necessidades e os anseios dos povos, as angústias e as esperanças do mundo.</b></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"><br /></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"><b>Por vosso intermédio, derrame-se sobre a Terra a Misericórdia divina e o doce palpitar da paz volte a marcar as nossas jornadas. </b>Mulher do sim, sobre Quem desceu o Espírito Santo, trazei de volta ao nosso meio a harmonia de Deus. <b>Dessedentai a aridez do nosso coração, Vós que «<i>sois fonte viva de esperança</i>». Tecestes a humanidade para Jesus, fazei de nós artesãos de comunhão.</b> Caminhastes pelas nossas estradas, guiai-nos pelas sendas da paz. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"><br /></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">Amém."</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"> Papa Francisco</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"><br /></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans; font-size: xx-small;"><span style="color: #444444;">Fonte: </span><span style="text-align: left;"><a href="https://www.vatican.va/content/francesco/pt/prayers/documents/20220325-atto-consacrazione-cuoredimaria.html"><span style="color: #b45f06;">https://www.vatican.va/content/francesco/pt/prayers/documents/20220325-atto-consacrazione-cuoredimaria.html</span></a></span></span></p>Renata P. Espíndola http://www.blogger.com/profile/13012306340296220264noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8458424331272517099.post-82672257531475555882022-03-17T20:05:00.010-03:002022-03-17T20:13:01.190-03:00<p></p><a href="https://www.vatican.va/content/francesco/pt/encyclicals/documents/papa-francesco_20201003_enciclica-fratelli-tutti.html" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;" target="_blank"><img border="0" data-original-height="722" data-original-width="817" height="492" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiG1buNOP1VjVcQ0uyAF_cLIfb3KV1mZXb2dJMbwXKoOwsrJfYcFC6tTTlay5Dowou5H1t-BHplinsQKPG-eJuFi_5N9Klg8Ugh-Z9AP_7RrnGjVtWLTQeA7rHqL8Zy-MWf9NH50aIaqQeSTc-SQglZVFq8C27APYiP0OtZOPxDsM0nMUddlMQd44S9=w558-h492" title="@circacreationis" width="558" /></a><br /> <p></p>Renata P. Espíndola http://www.blogger.com/profile/13012306340296220264noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8458424331272517099.post-88951679395170054432022-03-05T17:49:00.002-03:002022-03-05T17:50:41.666-03:00Homilia do Papa Francisco na Quarta-feira de Cinzas em meio ao horror de uma nova guerra<p style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><span style="background-color: white;"><br /></span></span></p><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><span style="background-color: white;">Neste dia, que dá início ao tempo da Quaresma, o Senhor diz-nos: «<i>Guardai-vos de fazer as vossas obras diante dos homens, para vos tornardes notados por eles; de outro modo, não tereis nenhuma </i></span><i>recompensa</i><span style="background-color: white;"><i> do vosso Pai que está no Céu</i>» (</span><i>Mt</i><span style="background-color: white;"> 6, 1). Pode causar surpresa, mas no Evangelho de hoje a palavra que aparece mais vezes é </span><i>recompensa</i><span style="background-color: white;"> (cf. 6, 1.2.5.16). </span></span></div><div style="text-align: justify;"><b style="color: #444444; font-family: "Open Sans";"><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><b style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">Habitualmente, na Quarta-feira de Cinzas, a nossa atenção concentra-se mais sobre o empenho exigido pelo caminho de fé do que no prêmio que daí nos advém</b><span style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Open Sans";">. Contudo, hoje, o discurso de Jesus retorna regularmente a este termo, recompensa, que parece ser a mola do nosso agir. </span><b style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">De fato em nós, no nosso coração, há uma sede, um desejo de alcançar uma recompensa, que nos atrai e move a cumprir aquilo que fazemos</b><span style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Open Sans";">.</span></div><div style="text-align: justify;"><b style="background-color: white; font-family: "Open Sans";"><span style="color: #444444;"><br /></span></b></div><div style="text-align: justify;"><b style="background-color: white; font-family: "Open Sans";"><span style="color: #444444;">Mas o Senhor distingue dois tipos de recompensa, a que pode tender a vida duma pessoa: por um lado, temos a </span><i style="color: #444444;">recompensa junto do Pai</i><span style="color: #444444;"> e, por outro, </span><i style="color: #444444;">a recompensa junto dos homens</i><span style="color: #444444;">.</span></b><b style="background-color: white; font-family: "Open Sans";"><span style="color: #b45f06;"> A primeira é eterna, é a verdadeira, definitiva, é o objetivo da existência.</span></b><span style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Open Sans";"> <b>Ao contrário, a segunda é transitória, é um encandeamento que nos prende quando a admiração dos homens e o sucesso mundano representam para nós a coisa mais importante, a maior gratificação. </b></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Open Sans";"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Open Sans";">Mas</span><span style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Open Sans";"> </span><span style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Open Sans";">trata-se duma ilusão: <b>é como uma miragem que, uma vez alcançada, nos deixa de mãos vazias</b>. A inquietação e o descontentamento sempre aguardam ao virar da esquina quem possui como horizonte o mundanismo, que seduz, mas depois decepciona.</span><span style="background-color: #fcff01; color: red; font-family: "Open Sans"; font-weight: bold;"> Quem tem em vista a recompensa do mundo nunca encontra paz, nem sabe promover a paz, porque perde de vista o Pai e os irmãos</span><span style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Open Sans";">. É um risco que todos corremos; por isso nos adverte Jesus: «<i>Guardai-vos…</i>»! É como se dissesse: «<i>Tendes a possibilidade de gozar uma recompensa infinita, uma recompensa sem igual: por isso tende cuidado para não vos deixar deslumbrar pela aparência, perseguindo recompensas insignificantes, que vos morrem na mão</i>».</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Open Sans";"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Open Sans";">O rito das </span><i style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Open Sans";">cinzas</i><span style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Open Sans";">, que recebemos sobre a cabeça, quer subtrair-nos ao encandeamento de preferir a recompensa junto dos homens à recompensa junto do Pai. </span><b style="background-color: white; font-family: "Open Sans";"><span style="color: #b45f06;">Este sinal austero, que nos leva a refletir sobre a caducidade da nossa condição humana, é como um remédio de sabor amargo, mas eficaz para curar <i>a doença da aparência</i>. </span></b><span style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Open Sans";">Trata-se duma doença espiritual, que escraviza a pessoa, levando-a a tornar-se dependente da admiração dos outros. </span></div><div style="text-align: justify;"><b style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Open Sans";"><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><b style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Open Sans";">É uma verdadeira «<i>escravidão dos olhos e da mente</i>»</b><span style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Open Sans";"> (cf. </span><i style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Open Sans";">Ef</i><span style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Open Sans";"> 6, 6; </span><i style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Open Sans";">Col</i><span style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Open Sans";"> 3, 22), </span><b style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Open Sans";">que nos induz a viver buscando a vanglória, de modo que conta não a pureza do coração, mas a admiração do povo; não o olhar de Deus sobre nós, mas como nos olham os outros.</b><span style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Open Sans";"> E não é possível viver bem, contentando-se com esta recompensa.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Open Sans";"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Open Sans";">O problema é que esta doença da aparência mina também os âmbitos mais sagrados. </span><b style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Open Sans";">É sobre isto que Jesus insiste hoje: também a oração, a caridade e o jejum podem tornar-se autorreferenciais.</b><span style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Open Sans";"> Em cada gesto, mesmo no mais belo, pode esconder-se a traça da </span><i style="background-color: white; font-family: "Open Sans";"><span style="color: #b45f06;"><b>autocomplacência</b></span></i><span style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Open Sans";">. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="background-color: white; color: #444444;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="background-color: white; color: #444444;">Assim o coração não é completamente livre, porque não procura o amor ao Pai e aos irmãos, mas a aprovação humana, o aplauso do povo, a sua própria glória. </span><b><span style="background-color: white; color: #444444;">E tudo se pode transformar numa espécie de ficção em relação a Deus, a si mesmo e aos outros. </span><span style="background-color: #fcff01; color: red;">Por isso a Palavra de Deus convida-nos a olhar o nosso íntimo para ver as nossas hipocrisias.</span></b><span style="background-color: #fcff01; color: red;"> </span></span><span style="background-color: white; color: #b45f06; font-family: Open Sans;"><b>Façamos <i>um diagnóstico das aparências que buscamos</i>; tentemos desmascará-las. Far-nos-á bem.</b></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Open Sans";"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Open Sans";">As cinzas colocam em evidência o nada que se esconde por trás da afanosa procura das recompensas mundanas. Lembram-nos que o mundanismo é como o pó, que um pouco de vento arrasta. Irmãs, irmãos, não estamos no mundo para correr atrás do vento; o nosso coração tem sede de eternidade. </span><b style="background-color: white; font-family: "Open Sans";"><span style="color: #b45f06;">A Quaresma é um tempo que o Senhor nos deu para voltarmos a viver, sermos curados interiormente e caminharmos para a Páscoa, para aquilo que não passa, para a <i>recompensa junto do Pai</i>. </span></b></div><div style="text-align: justify;"><b style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Open Sans";"><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><b style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Open Sans";">É um caminho de cura. Não para mudar tudo da noite para o dia, mas para viver cada dia com um espírito novo, com um estilo diferente. Para isto servem a oração, a caridade e o jejum</b><span style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Open Sans";">: purificados pelas cinzas quaresmais, purificados da hipocrisia da aparência, reencontra-se a força plena para voltar a gerar uma relação viva com Deus, com os irmãos e consigo mesmo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Open Sans";"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Open Sans";">A </span><i style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Open Sans";">oração humilde</i><span style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Open Sans";">, feita «</span><i style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Open Sans";">em segredo</i><span style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Open Sans";">» (</span><i style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Open Sans";">Mt</i><span style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Open Sans";"> 6, 6), no recanto do próprio quarto, torna-se o segredo para fazer florescer a vida no exterior. </span><b style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Open Sans";">É um diálogo ardente de afeto e confiança, que consola e abre o coração. </b><span style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Open Sans";">Sobretudo neste tempo de Quaresma, rezemos com os olhos fixos no Crucifixo: deixemo-nos invadir pela comovente ternura de Deus e, nas suas chagas, coloquemos as nossas e as do mundo. </span></div><div style="text-align: justify;"><b style="background-color: white; font-family: "Open Sans";"><span style="color: #b45f06;"><br /></span></b></div><div style="text-align: justify;"><b style="background-color: white; font-family: "Open Sans";"><span style="color: #b45f06;">Não nos deixemos levar pela pressa, fiquemos em silêncio diante d’Ele. Redescubramos a essencialidade fecunda do diálogo íntimo com o Senhor. </span><span style="color: #444444;">Com efeito, Deus não Se compraz com as coisas espetaculares; pelo contrário, gosta de Se deixar encontrar no segredo. </span></b><b style="font-family: "Open Sans";"><span style="background-color: #fcff01; color: red;">É «<i>o caráter secreto do amor</i>», longe de toda a ostentação e de tonalidades espalhafatosas.</span></b></div><div style="text-align: justify;"><b style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Open Sans";"><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><b style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Open Sans";">Se a oração for verdadeira, não pode deixar de se traduzir em <i>caridade</i>. E a caridade liberta-nos da escravidão pior: a escravidão de nós mesmos. </b><span style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Open Sans";">A caridade quaresmal, purificada pelas cinzas, reconduz-nos ao essencial, à alegria íntima que existe no dar. </span><b style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Open Sans";">A esmola, dada longe dos holofotes, dá paz e esperança ao coração. </b><span style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Open Sans";">Revela-nos a beleza do dar que se torna receber, permitindo assim descobrir um segredo precioso: o dar alegra mais o coração do que o receber (cf. </span><i style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Open Sans";">At</i><span style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Open Sans";"> 20, 35).</span></div><div style="text-align: justify;"><b style="background-color: white; font-family: "Open Sans";"><span style="color: #b45f06;"><br /></span></b></div><div style="text-align: justify;"><b style="background-color: white; font-family: "Open Sans";"><span style="color: #b45f06;">Por fim, o <i>jejum</i>. Este não é uma dieta; antes, liberta-nos da autorreferencialidade da busca obsessiva do bem-estar físico, para nos ajudar a ter em forma, não o corpo, mas o espírito. O jejum leva-nos de novo a dar o justo valor às coisas. </span></b><span style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Open Sans";">Concretamente, recorda-nos que a vida não deve estar submetida ao cenário passageiro deste mundo. </span><b style="font-family: "Open Sans";"><span style="background-color: #fcff01; color: red;">E o jejum não se deve restringir apenas ao alimento: especialmente na Quaresma, deve-se jejuar daquilo que gera em nós dependência. </span></b><span style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Open Sans";">Cada qual pense nisto, para fazer um jejum que incida verdadeiramente na sua vida concreta.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Open Sans";"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Open Sans";">Mas, se a oração, a caridade e o jejum devem amadurecer no segredo, </span><i style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Open Sans";">os seus efeitos</i><span style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Open Sans";"> não são secretos. </span><b style="background-color: white; font-family: "Open Sans";"><span style="color: #b45f06;">Oração, caridade e jejum não são remédios só para nós, mas para todos: podem, de fato, mudar a história. Não só porque quem sente os seus efeitos, quase sem se aperceber também os transmite aos outros, mas sobretudo porque a oração, a caridade e o jejum são os meios principais que permitem a Deus intervir na vida nossa e do mundo.</span></b><span style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Open Sans";"> São as armas do espírito e é com elas que, nesta </span><i style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Open Sans";">jornada de oração e jejum pela Ucrânia</i><span style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Open Sans";">, imploramos a Deus aquela paz que os homens sozinhos não conseguem construir.</span></div><div style="text-align: justify;"><b style="font-family: "Open Sans";"><span style="background-color: #fcff01; color: red;"><br /></span></b></div><div style="text-align: justify;"><b style="font-family: "Open Sans";"><span style="background-color: #fcff01; color: red;">Vós, Senhor, que vedes no segredo e nos recompensais além de toda a nossa expectativa, escutai a oração de quantos confiam em Vós, sobretudo dos mais humildes, dos mais provados, daqueles que sofrem e fogem sob o estrondo das armas. Colocai de novo a paz nos corações, concedei aos nossos dias a vossa paz. </span></b></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Open Sans";"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; color: #444444; font-family: "Open Sans";">Amém.</span></div><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="background-color: white; color: #444444;"><br /></span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: Open Sans;"><a href="https://caritas.ua/" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;" target="_blank"><img border="0" data-original-height="1288" data-original-width="1536" height="268" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiHZWMaRj7SgzPgbPpAb3Pck32046JsAp3aVvBxqnQy8YM6nmjqLodRCjs5O3383mmCFg1yPXQ84aVZI-cbCluWPT2OrUJhEeE0OEQMf7PwH8J5l3aaT8hmnvJfGEOtt-2_S9oDqMmFXkgq2GHlbV41oKH5-2Ltve4fjtkTaMDrz2i5K_hQOU2KaaOv=w320-h268" title="Doe para a Cáritas da Ucrânia ou para a Ajuda à Igreja que Sofre (ACN)... Que Deus o(a) abençoe!" width="320" /></a></span></div><span style="font-family: Open Sans;"><br /></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: xx-small;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="background-color: white; color: #444444;">Fonte: </span></span><span style="text-align: left;"><span style="color: #b45f06; font-family: Open Sans;"><a href="https://www.vatican.va/content/francesco/pt/homilies/2022/documents/20220302_omelia-ceneri.html"><i>https://www.vatican.va/content/francesco/pt/homilies/2022/documents/20220302_omelia-ceneri.html</i></a></span></span></span></p>Renata P. Espíndola http://www.blogger.com/profile/13012306340296220264noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8458424331272517099.post-56221524125622413902021-11-06T01:30:00.011-03:002021-11-12T11:19:56.827-03:00O blog ficará inativo até o final de fevereiro/2022. <div style="text-align: center;"><div><span style="color: red; font-family: Open Sans; font-size: medium;"><b><span style="background-color: #fcff01;"><br /></span></b></span></div><div><span style="color: red; font-family: Open Sans;"><b><span style="background-color: #fcff01;">Com diversas atividades acadêmicas a cumprir na reta final, </span></b></span></div><div><b><span style="background-color: #fcff01; color: red; font-family: Open Sans;">resolvi inativar o blog até depois do Carnaval. </span></b></div><div><b style="color: red;"><span style="font-family: Open Sans;"><br /></span></b></div><div><b><span style="background-color: #fcff01; color: red; font-family: Open Sans;">Boas Festas a todos e que a pandemia termine!</span></b></div><div><span style="background-color: #fcff01; color: red; font-family: Open Sans; font-size: medium;"><b><br /></b></span></div></div><p style="text-align: center;"><span style="background-color: #fcff01; color: red; font-family: Open Sans; font-size: medium;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://open.spotify.com/track/3OLhCXsOjDhuIykGdsk9DV?si=49a8f71ff30a4dc5" style="font-family: "Open Sans"; font-size: large; margin-left: 1em; margin-right: 1em;" target="_blank"><img border="0" data-original-height="768" data-original-width="1024" height="415" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPBKONpZNf6VJm-r_37UGOv5N8VsY1LjYmwZod9xn2iNUWLkYAQYLPaH58nT1cnfjIAEd2fcmQGXfoD1mNvcdrRWfAb5eNqtjXVHQLhz24wsqkRv9NY4bpT_AVbhGoaAZzICHuxWZdJt4/w553-h415/9-esperanza.jpg" width="553" /></a></div><p></p>Renata P. Espíndola http://www.blogger.com/profile/13012306340296220264noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8458424331272517099.post-63552052231564356202021-11-05T22:18:00.013-03:002021-11-05T22:31:22.773-03:00Homilia do Papa Francisco sobre o Sagrado Coração de Jesus e Sua presença em nossas vidas - 05.11.2021<div style="text-align: right;"><span style="color: #45818e; font-family: Open Sans; font-size: x-small;"><i> Traduzido por Renata P. Espíndola.</i></span></div><div style="text-align: justify;"><span><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span><br /><b style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">Contemplando o Coração de Jesus,
podemos deixar-nos guiar por três palavras: memória, paixão e consolação</b><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">. Lembrança...
Lembrar [em italiano, </span><i style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">ricordare</i><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">],
significa “</span><i style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">voltar ao coração, voltar com
o coração</i><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">”. </span><i style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">Ri-cordare</i><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">. A que o
Sagrado Coração de Jesus nos faz voltar? Ao que Ele fez por nós: </span><b style="font-family: "Open Sans";"><span style="color: #b45f06;">o Coração de
Cristo mostra-nos Jesus que se oferece, é o compêndio da sua misericórdia</span></b><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /> Olhando para ele - como fez João
no Evangelho (19, 31-37), nos vem naturalmente lembrar sua bondade, que é dada
de graça, que não pode ser comprada nem vendida; e incondicional, não depende
de nossas ações, é soberana. E está se movendo. <b>Na pressa de hoje, em meio a
mil recados e preocupações contínuas, estamos perdendo a capacidade de nos
emocionar e de sentir compaixão, porque estamos perdendo esse retorno ao
coração</b>, ou seja, essa memória, esse retorno ao coração.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><br /><b><span style="color: #b45f06;"> Sem memória, perde-se as raízes
e, sem raízes, não se cresce. É bom para nós alimentar a memória de quem nos
amou, cuidou de nós e nos elevou.</span></b><span style="color: #444444;"> Desejo renovar hoje o meu “obrigado” pelo
carinho e pelo carinho que aqui recebi. Acredito que neste tempo de pandemia é
bom lembrarmos até dos momentos que mais sofremos: não para nos entristecer,
mas para não esquecer e para nos guiar nas nossas escolhas à luz do um passado
muito recente.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><br /><span style="color: #444444;">Eu me pergunto: como funciona
nossa memória? Para simplificar, poderíamos dizer que</span><b style="color: #444444;"> nos lembramos de alguém
ou de alguma coisa quando toca nosso coração, quando nos vincula a um
determinado afeto ou falta de afeto</b><span style="color: #444444;">. E assim </span><b><span style="color: #b45f06;"><span>o Coração de Jesus cura a nossa
memória porque</span><span> a traz de volta ao afeto fundamental</span></span></b><span style="color: #b45f06;">. <b>Ele enraíza </b></span><span style="color: #b45f06; font-weight: bold;">na base mais
sólida.<span style="background-color: #fcff01;"> </span></span><span style="background-color: #fcff01; color: red; font-weight: bold;">Isso nos lembra que, aconteça o que acontecer conosco na vida, somos
amados.</span><span style="background-color: #fcff01; color: red;"> </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><b><span style="background-color: #fcff01; color: red;">Sim, somos seres amados, filhos a quem o Pai ama sempre e, em todo o
caso, irmãos e irmãs por quem bate o Coração de Cristo</span></b><span style="color: #444444;">. Cada vez que
perscrutamos aquele Coração, descobrimo-nos “<i>enraizados e alicerçados no amor</i>”,
como disse o apóstolo Paulo na primeira leitura de hoje (Ef 3, 17).</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><br /><span style="color: #444444;">Cultivemos esta memória, que se
fortalece quando estamos face a face com o Senhor,</span><b style="color: #444444;"> especialmente quando nos
deixamos ser olhados e amados por Ele em adoração</b><span style="color: #444444;">. Mas também podemos <b>cultivar
entre nós a arte de lembrar, de valorizar os rostos que encontramos</b>.</span><span style="color: #444444;"> Penso nos
dias cansativos no hospital, na universidade, no trabalho. </span><b><span style="color: #b45f06;">Corremos o risco de
que tudo passe sem deixar rasto, ou de que permaneçam apenas o cansaço e o cansaço.</span></b><span style="color: #444444;">
É bom para nós, à noite, rever os rostos que encontramos, os sorrisos que
recebemos, as boas palavras.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><br /><b><span style="background-color: #fcff01; color: red;"> São memórias de amor e ajudam a
nossa memória a se reencontrar: que nossa memória se reencontre. </span></b><span style="color: #444444;">Quão
importantes são essas memórias nos hospitais! Eles podem dar sentido ao dia de
uma pessoa doente. <b>Uma palavra fraterna, um sorriso, uma carícia no rosto: são
memórias que curam por dentro, fazem bem ao coração. Não esqueçamos a terapia da
lembrança: ela faz muito bem!</b></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><br /><b><span style="color: #b45f06;">Paixão é a segunda palavra.</span><span style="color: #444444;"> Paixão.
O primeiro é memória, lembrança; o segundo é paixão.</span></b> <b><span style="background-color: #fcff01; color: red;">O Coração de Cristo não é
uma devoção piedosa, para sentir um pouco de calor por dentro; não é uma imagem
terna que desperta afeto, não, não é isso. É um coração apaixonado -</span></b><span style="color: #444444;"> basta ler
o Evangelho -,</span><b><span style="background-color: #fcff01; color: red;"> um coração ferido de amor</span></b><span style="color: #444444;">, <b>aberto por nós na cruz</b>. Ouvimos como
o Evangelho fala disso: “</span><i style="color: #444444;">Um dos soldados
lhe furou o lado com uma lança, e imediatamente saiu sangue e água</i><span style="color: #444444;">” (Jo 19,
34). Perfurado, Ele dá; na morte, Ele nos dá vida.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><br /><b><span style="color: #b45f06;"> O Sagrado Coração é o ícone da
Paixão: mostra-nos a ternura visceral de Deus, a sua paixão amorosa por nós e,
ao mesmo tempo, encimado pela cruz e rodeado de espinhos, mostra-nos quanto
sofrimento custou a nossa salvação.</span></b><span style="color: #444444;"> Em sua ternura e dor, esse Coração revela,
em suma, o que é a paixão de Deus. O que é? Cara, nós. </span><b><span style="color: #b45f06;">E qual é o estilo de
Deus? Proximidade, compaixão e ternura.</span></b><span style="color: #444444;"> Este é o estilo de Deus: proximidade,
compaixão e ternura.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br />O que isso sugere? <b>Que, se
realmente queremos amar a Deus, devemos ser apaixonados pela humanidade</b>, por
toda a humanidade, <b>especialmente por aqueles que vivem a condição em que o
Coração de Jesus se manifestou, ou seja, dor, abandono e rejeição</b>;
especialmente nesta cultura descartável em que vivemos hoje. Quando servimos os
que sofrem, consolamos e nos regozijamos no Coração de Cristo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><br /><span style="color: #444444;"> Uma passagem do Evangelho é
impressionante. João Evangelista, no momento em que narra o lado traspassado,
de onde jorra sangue e água, dá testemunho para que acreditemos (cf. v. 35).
São João escreve, ou seja, que naquele momento ocorre o testemunho. Porque </span><b><span style="background-color: #fcff01; color: red;">o
Coração perfurado de Deus é eloqüente. Fala sem palavras, porque é a
misericórdia em estado puro, o amor que fere e dá vida.</span></b> <b><span style="color: #444444;">É Deus, com
proximidade, compaixão e ternura.</span></b></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><br /><b><span style="background-color: #fcff01; color: red;"><span> Quantas palavras falamos sobre
Deus sem mostrar amor!</span> <span>Mas o amor fala por si, não fala por si</span></span></b><span><b><span style="background-color: #fcff01; color: red;">.</span></b><span style="color: #444444;"> <b>Vamos pedir pela graça de nos apaixonarmos pelo homem que sofre, de nos
apaixonarmos pelo serviço</b>, para que a Igreja, antes de ter palavras a dizer,
mantenha um coração que bate de amor. </span></span><b><span style="color: #b45f06;">Antes de falar, que ela aprenda a
salvaguardar o seu coração no amor</span></b><span style="color: #444444;">.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><br /><b><span style="color: #b45f06;">A terceira palavra é conforto.</span></b><span style="color: #444444;"> A
primeira foi a lembrança, a segunda paixão, a terceira é o consolo. <b>Indica uma
força que não vem de nós, mas de quem está conosco: daí vem a força. Jesus, o
Deus conosco, nos dá essa força, seu Coração nos dá coragem na adversidade.</b>
Muitas incertezas nos assustam: nesta época de pandemia, descobrimos que somos
menores, mais frágeis. Apesar de tantos avanços maravilhosos, isso também é
evidente na área médica: tantas doenças raras e desconhecidas!</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /> Quando encontro pessoas na
plateia - especialmente crianças - e pergunto: “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Você está doente</i>?” - [respondem] “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Uma doença rara</i>”. Existem muitos deles hoje! Como é difícil
acompanhar as patologias, os centros de tratamento, os cuidados de saúde que
realmente deveriam ser, para todos. Podemos ficar desanimados. É por isso que
precisamos de consolo - a terceira palavra.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><br /><b><span style="background-color: #fcff01; color: red;"> O Coração de Jesus bate por nós,
repetindo sempre aquelas palavras: “<i>Coragem,
coragem, não tenhas medo, estou aqui</i>!”. Coragem, irmã, coragem, irmão, não
desanimes, o Senhor teu Deus é maior que as tuas mazelas, Ele te pega pela mão
e te acaricia, está perto de ti, é compassivo, é terno. Ele é o seu conforto.</span></b></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><br /><b style="color: #444444;">Se olharmos a realidade desde a
grandeza do seu Coração, muda a perspectiva, muda o nosso conhecimento da vida</b><span style="color: #444444;">
porque, como nos lembrava São Paulo, conhecemos “</span><i style="color: #444444;">o amor de Cristo que ultrapassa o conhecimento</i><span style="color: #444444;">” (Ef 3,19).</span><b style="color: #444444;"> Vamos
nos encorajar com essa certeza, com o conforto de Deus. E peçamos ao Sagrado
Coração a graça de poder consolar por sua vez.</b> <b><span style="background-color: #fcff01; color: red;">É uma graça que deve ser pedida,
pois corajosamente nos comprometemos a nos abrir, ajudar uns aos outros,
carregar os fardos uns dos outros</span></b><span style="color: #444444;">. Também se aplica ao futuro da saúde,
especialmente da saúde “</span><i style="color: #444444;">católica</i><span style="color: #444444;">”:
compartilhar, apoiar-se, caminhar juntos.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /><b>Que Jesus abra o coração de quem cuida
dos enfermos à colaboração e à coesão. Ao teu Coração, Senhor, confiamos a
nossa vocação de cuidar: façamos com que cada pessoa que se aproxima de nós em
necessidade se sinta querida.</b></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><br /> <span style="color: #444444;">Amém.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><div style="background-color: white; text-align: center;"><span style="font-size: x-small;"><span class="color-text"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">Catholic University of the Sacred Heart<br /></span></span><span class="color-text"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">05 de novembro de 2021</span></span></span></div><div style="background-color: white; text-align: center;"><i><span class="color-text"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">Papa Francisco</span></span></i><i><span class="color-text"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"> </span></span></i></div><div style="background-color: white; text-align: center;"><i><span class="color-text"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://www.instagram.com/curtanoss" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;" target="_blank"><img border="0" data-original-height="736" data-original-width="736" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibWXji4uZxsaPouXNYjdzomdg9rvgSerG_9PK8-S9bnUmTxu_nVr2XmPPIapE8syeUs0y9YmCuPLupMk9hTWDVkgcLYccDscSfrjOjCbhzJIOgyt9bs_iRd6FiHZxY0y0PPIWyj0j8dR0/w320-h320/fd7ff55722620f29bad1c58f3e2dc28f.jpg" title="O mais difícil é permitir que Cristo realmente conforme nossos corações ao Dele. Dobrar vontades exige Dele uma incomensurável paciência conosco." width="320" /></a></div></span></i></div><div style="background-color: white; text-align: center;"><i><span class="color-text"><br /></span></i></div><span style="font-family: Open Sans;"><span style="font-size: xx-small;"><span style="color: #444444;">Fonte: </span><a href="https://www.vatican.va/content/francesco/en/homilies/2021/documents/20211105-omelia-univ-cattolica.html"><span style="color: #b45f06;">https://www.vatican.va/content/francesco/en/homilies/2021/documents/20211105-omelia-univ-cattolica.html</span></a></span></span></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>Renata P. Espíndola http://www.blogger.com/profile/13012306340296220264noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8458424331272517099.post-36815525574215453632021-11-04T19:31:00.002-03:002021-11-04T19:33:04.806-03:00Mensagem do Papa Francisco para a reunião de abertura do Encontro Global para a eliminação do Trabalho Infantil na Agricultura [a/c. Cardeal Pietro Parolin]<div style="text-align: justify;"><span style="color: #45818e; font-family: Open Sans; font-size: x-small;"><i>Já parou para pensar no quanto você consome de produtos e serviços que são frutos de trabalho escravo? No quão profundas são as interconexões que sequer suspeitamos e ainda assim, no quanto isto nos será cobrado pela omissão ou anuência?</i></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #45818e; font-family: Open Sans; font-size: x-small;"><i><br /></i></span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans; font-size: x-small;"><i><b>* * *</b></i></span></div><div style="text-align: right;"><span style="color: #45818e; font-family: Open Sans; font-size: x-small;"><i><br /></i></span></div><div style="text-align: right;"><span style="color: #45818e; font-family: Open Sans; font-size: x-small;"><i>Traduzido por Renata P. Espíndola</i></span></div><p style="text-align: justify;"><span style="color: #444444;"><br /></span></p><div style="text-align: justify;"><i><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">Sede da FAO, 02 de novembro de 2021.</span></i></div><div style="text-align: justify;"><i><span style="color: #444444;"><span style="font-family: Open Sans;"><br /></span><span style="font-family: Open Sans;">Para Sua Excelência Qu Dongyu<br /></span><span style="font-family: Open Sans;">Diretor Geral da FAO</span></span></i></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";"><span style="color: #444444;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";"><span style="color: #444444;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";"><span style="color: #444444;">Excelência:</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";"><span style="color: #444444;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";"><span style="color: #444444;">Em nome e em nome do Santo Padre, quero agradecer à FAO por ter promovido, em colaboração com a Organização Internacional do Trabalho - OIT (</span><a href="https://www.ilo.org/ipec/lang--en/index.htm" target="_blank"><span style="color: #45818e;">ILO/IPEC</span></a><span style="color: #444444;">), este</span> <span style="color: #444444;">encontro global estratégico que focaliza nossa atenção sobre um fenômeno cada vez mais preocupante, dadas as estimativas recentes de organismos internacionais.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";"><span style="color: #444444;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";"><span style="color: #444444;">Na verdade, ainda mais quando se manifesta como exploração, <b>o trabalho infantil torna-se um flagelo que fere cruelmente a existência digna e o desenvolvimento harmonioso dos mais pequenos</b>, limitando consideravelmente suas oportunidades futuras, pois reduz e fere suas vidas para satisfazer os produtivos e lucrativos. necessidades dos adultos.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";"><span style="color: #444444;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";"><span style="color: #444444;">As conotações negativas deste drama foram exacerbadas pela pandemia, que tem levado um número crescente de menores a abandonar a escola para cair, infelizmente, nas garras desta forma de escravatura. Para muitos destes nossos irmãozinhos, faltar à escola significa não só perder oportunidades que lhes permitam enfrentar os desafios da vida adulta, mas também adoecer, ou seja, ficar privado do direito à saúde, devido às condições deploráveis em que vive têm de cumprir as tarefas que vilmente lhes são exigidas.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";"><span style="color: #444444;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";"><span style="color: #444444;">Se pararmos no setor agrícola, a emergência é ainda mais alarmante: <b>milhares de crianças são obrigadas a trabalhar incansavelmente, em condições exaustivas, precárias e degradantes, sofrendo maus-tratos, abusos e discriminação. Mas a situação chega ao ápice da desolação, quando são os próprios pais que são obrigados a mandar seus filhos para o trabalho, porque sem sua contribuição ativa não seriam capazes de sustentar a família</b>.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";"><span style="color: #444444;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";"><span style="color: #444444;">Senhor Diretor-Geral, que possa surgir um grito poderoso desta reunião que exorta as autoridades internacionais e nacionais competentes a defenderem a serenidade e a felicidade das crianças. <b>O investimento mais lucrativo que a humanidade pode fazer é a proteção da criança!</b> <b>Proteger as crianças é respeitar o tempo do seu crescimento, permitindo que estes frágeis rebentos tenham as condições ideais para a sua abertura e floração</b>. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";"><span style="color: #444444;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";"><span style="color: #444444;"><b>Proteger as crianças implica também tomar medidas incisivas para ajudar as famílias </b>dos pequenos agricultores, para que não sejam obrigados a mandar os filhos ao campo para aumentarem os seus rendimentos, o que, sendo tão baixos, não lhes permite manter os seus rendimentos com dignidade. casas. Por fim, <b>proteger as crianças implica agir de forma que se abram horizontes diante delas, configurando-as como cidadãos livres, honestos e solidários</b>.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";"><span style="color: #444444;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";"><span style="color: #444444;">Quão importante seria para um <b>sistema legal bem-sucedido e eficaz</b>, tanto internacional quanto nacional, defender e proteger as crianças daquela mentalidade tecnocrática nociva que se instalou no presente. Para isso, <b>é necessário multiplicar as pessoas e as associações que, a todos os níveis, se esforcem para que o desejo de lucro excessivo que condena as crianças e os jovens ao jugo brutal da exploração do trabalho dê lugar à lógica do cuidado</b>. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";"><span style="color: #444444;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";"><span style="color: #444444;">Nesse sentido, <b>é necessário um trabalho de denúncia, educação, conscientização e convicção para que quem não tem escrúpulos de escravizar a infância</b> com fardos insuportáveis veja mais longe e mais fundo, superando o egoísmo e essa <b>ânsia de consumir compulsivamente que acabam devorando o planeta</b>, esquecendo que seus recursos devem ser preservados para as gerações futuras.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";"><span style="color: #444444;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";"><span style="color: #444444;">Excelência, <b>se almejamos que a nossa sociedade possa gozar daquela dignidade que a enobrece, se queremos que a lei triunfe sobre a arbitrariedade, devemos assegurar aos nossos filhos e jovens um presente sem exploração laboral</b>. <b>E isso só será possível se nos envolvermos conjunta e peremptoriamente com eles, guardando e cultivando seus sonhos, brincando, treinando e aprendendo.</b> Então, um futuro brilhante se abrirá para a família humana. Não tenho dúvidas de que o evento de hoje e o atual Ano Internacional pela Eliminação do Trabalho Infantil contribuirão para isso.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";"><span style="color: #444444;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";"><span style="color: #444444;">Ao renovar a vontade da Santa Sé e o empenho da Igreja Católica e das suas instituições para que a comunidade internacional não deixe de combater com firmeza, conjunta e decisivamente o flagelo da exploração laboral de menores, invoco-o, Senhor Diretor-Geral, e <b>para todos os que se esforçam para libertar crianças e jovens de todas as adversidades, a bênção do Deus Todo-Poderoso</b>.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";"><span style="color: #444444;"><br /></span></span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: "Open Sans";"><span style="color: #444444; font-size: x-small;">Vaticano, 02 de novembro de 2021</span></span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: "Open Sans"; text-align: justify;"><span style="color: #444444;"><br /></span></span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: "Open Sans"; text-align: justify;"><span style="color: #444444;">Pietro Card. Parolin</span></span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: "Open Sans"; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-size: x-small;"><i>Secretário de Estado</i></span></span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: "Open Sans"; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-size: x-small;"><i><br /></i></span></span></div><div style="text-align: center;"><span style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; font-family: "Open Sans"; font-size: small; text-align: center;"><a href="https://www.ilo.org/ipec/Events/WCMS_822217/lang--en/index.htm" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;" target="_blank"><span style="color: #444444;"><img border="0" data-original-height="615" data-original-width="1472" height="168" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhziYOJyxnaL3HpRkIInDZshuQiHQFe0876zjaVMc9tvClRriL1hDIxAPjVD8pLpQUnf81jfxAy3wgFcDD9jmQ_C22GqkPjcL-b7PdUxzN94A73v7bH1Pl8MjUanBROLU2xo9b7l4o2DVQ/w400-h168/wcms_822223.jpg" title="Clique na imagem para acessar o site do evento." width="400" /></span></a></div><div class="separator" style="clear: both; font-family: "Open Sans"; font-size: small; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans; font-size: xx-small;">Fonte:<a href="Fonte: https://www.vatican.va/content/francesco/en/messages/pont-messages/2021/documents/20211102-messaggio-lavoro-infantile-fao.html" target="_blank"><span style="color: #b45f06;"> </span><span style="text-align: left;"><span style="color: #b45f06;">https://www.vatican.va/content/francesco/en/messages/pont-messages/2021/documents/20211102-messaggio-lavoro-infantile-fao.html</span></span></a></span></div></span></div>Renata P. Espíndola http://www.blogger.com/profile/13012306340296220264noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8458424331272517099.post-17585687725805026372021-11-03T09:02:00.018-03:002021-11-20T21:56:46.105-03:00Mensagem do Santo Padre por ocasião da 26ª sessão da Conferência dos Estados Parte da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre as Mudanças do Clima<div style="text-align: right;"><span style="color: #45818e; font-size: x-small;"><i> </i></span></div><div style="line-height: normal; text-align: right;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans; font-size: x-small;"><i>Traduzido por Renata P. Espíndola</i></span></div>
<div style="line-height: normal; text-align: justify;"><o:p><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"> </span></o:p></div>
<div style="line-height: normal; text-align: justify;"><o:p><span style="font-family: Open Sans;"> </span></o:p></div>
<div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><i><span style="font-family: Open Sans;">Para Sua Excelência<br /></span><span style="font-family: Open Sans;">O Honorável Alok Sharma<br /></span><span style="font-family: Open Sans;">Presidente da COP26, a 26ª Sessão da
Conferência das Partes<br /></span><span style="font-family: Open Sans;">à Convenção-Quadro das Nações Unidas
sobre Mudança do Clima<br /></span><span style="font-family: Open Sans;">[Glasgow, 31 de outubro - 12 de
novembro de 2021]</span></i></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><i style="font-family: "Open Sans";"><br /></i></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><i style="font-family: "Open Sans";"><br /></i></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";">Vossa
Excelência</span><span style="font-family: "Open Sans";">,</span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";"><br /></span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";">No início da Conferência de Glasgow,
todos nós estamos cientes de que ela tem a tarefa vital de demonstrar a toda a
comunidade internacional se realmente existe uma vontade política de dedicar -
com honestidade, responsabilidade e coragem - maiores recursos humanos,
financeiros e tecnológicos para mitigar os efeitos negativos das mudanças
climáticas e a assistência às nações mais pobres e vulneráveis mais afetadas
por elas.</span><sup style="font-family: "Open Sans";"><span style="color: #b45f06;">[1]</span></sup></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";"><br /></span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";">Ao mesmo tempo, percebemos que essa
tarefa deve ser realizada em meio a uma pandemia que há quase dois anos
devastou nossa família humana. A Covid-19 trouxe imensas tragédias em seu
rastro, mas também nos ensinou que, se quisermos vencer a pandemia, não há
alternativa: todos nós devemos participar na resposta a esse desafio. E isso,
como sabemos, exige uma profunda solidariedade e uma cooperação fraterna entre
os povos do mundo.</span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";"><br /></span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";">Nosso mundo pós-pandêmico será
necessariamente diferente do que era antes da pandemia. É esse mundo que
devemos construir agora, juntos, a partir do reconhecimento dos erros do
passado.</span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";"><br /></span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";">Algo semelhante poderia ser dito sobre
nossos esforços para enfrentar o problema global da mudança climática. Não há alternativa.
Só podemos atingir as metas estabelecidas pelo <a href="https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/decreto/d9073.htm" target="_blank"><span style="color: #b45f06;">Acordo de Paris</span></a> se agirmos de
forma coordenada e responsável. Essas metas são ambiciosas e não podem mais ser
adiadas. Hoje cabe a você tomar as decisões necessárias.</span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";"><br /></span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";">A COP26 pode e deve oferecer uma
contribuição efetiva para a construção consciente de um futuro em que as <b>ações
cotidianas e os investimentos econômicos e financeiros possam genuinamente
resguardar as condições que garantam uma vida digna e humana aos homens e
mulheres, de hoje e de amanhã, num planeta saudável</b>.</span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";"><br /></span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";">Encontramo-nos perante uma mudança
histórica, um desafio cultural que exige o empenho de todos, em particular dos
países que dispõem de maiores meios. Esses países precisam assumir um papel de
liderança nas áreas de financiamento do clima, descarbonização do sistema
econômico e da vida das pessoas, promoção de uma economia circular, apoio aos
países mais vulneráveis que trabalham para se adaptar ao impacto das mudanças
climáticas e para responder. às perdas e danos que causou.</span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";"><br /></span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";">Por sua vez, a Santa Sé, como afirmei
na “</span><i style="font-family: "Open Sans";"><a href="https://www.vatican.va/content/francesco/pt/messages/pont-messages/2020/documents/papa-francesco_20201212_videomessaggio-climate-ambition-summit.html" target="_blank"><span style="color: #b45f06;">Cúpula da Ambição Virtual de Alto Nível sobre o Clima</span></a></i><span style="font-family: "Open Sans";">” de 12 de dezembro de 2020, adotou uma estratégia de
emissões líquidas zero operando em dois níveis:</span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";"><br /></span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";">1) o compromisso do Estado da Cidade
do Vaticano para atingir este objetivo de 2050; e,</span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";"><br /></span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";">2) o compromisso da Santa Sé em
promover a educação em ecologia integral.</span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";"><br /></span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";">Temos plena consciência de que as
medidas políticas, técnicas e operacionais precisam estar vinculadas a um
processo educativo que, principalmente entre os jovens, possa promover novos
estilos de vida e favorecer um modelo cultural de desenvolvimento e de
sustentabilidade centrado na fraternidade e na aliança entre os homens e o
ambiente natural. Esses compromissos deram origem a milhares de iniciativas em
todo o mundo.</span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";"><br /></span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";">Na mesma linha, em 04 de outubro
passado, me juntei a vários líderes religiosos e cientistas na assinatura de um
“</span><i style="font-family: "Open Sans";"><a href="https://www.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2021/october/documents/20211009-incontropreparatorio-cop26.html" target="_blank"><span style="color: #b45f06;">Apelo Conjunto em vista da COP26</span></a></i><span style="font-family: "Open Sans";">”.
Na ocasião, ouvimos as vozes de representantes de muitas religiões e tradições
espirituais, de muitas culturas e campos científicos. Vozes muito diferentes,
com sensibilidades muito diferentes.</span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";"><br /></span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";">No entanto, o que claramente emergiu
foi uma convergência notável sobre a necessidade urgente de uma mudança de
direção, uma resolução decisiva de <b>passar da "</b></span><b><i style="font-family: "Open Sans";">cultura do descarte</i><span style="font-family: "Open Sans";">" prevalente em nossas sociedades para uma
"</span><i style="font-family: "Open Sans";">cultura de cuidado</i></b><span style="font-family: "Open Sans";"><b>" para
nossa casa comum e seus habitantes</b>, agora e no futuro.</span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";"><br /></span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";">As feridas infligidas à nossa família
humana pela pandemia Covid-19 e o fenômeno da mudança climática são comparáveis
àquelas resultantes de um conflito global. Hoje, como no rescaldo da Segunda
Guerra Mundial, a comunidade internacional como um todo precisa priorizar a
implementação de ações colegiadas, solidárias e prospectivas.</span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";"><br /></span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";"><b>Precisamos de esperança e coragem. </b>A
humanidade possui os meios para realizar esta mudança, que exige uma conversão
genuína, tanto individual como comunitária, e uma vontade decidida de
empreender este caminho. Isso implicará a transição para um modelo de
desenvolvimento mais integral e integrador, baseado na solidariedade e na
responsabilidade. <b>Uma transição que também deve levar em consideração os
efeitos que terá no mundo do trabalho.</b></span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";"><br /></span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";">Da mesma forma, deve-se ter um cuidado
especial com os povos mais vulneráveis, para os quais existe uma crescente “</span><i style="font-family: "Open Sans";">dívida ecológica</i><span style="font-family: "Open Sans";">” relacionada aos
desequilíbrios comerciais com repercussões ambientais e ao uso desproporcional
dos recursos naturais próprios e de outros países.</span><sup style="font-family: "Open Sans";"><span style="color: #b45f06;">[2]</span></sup><span style="color: #e46c0a; font-family: "Open Sans";"> </span><span style="font-family: "Open Sans";">Não há como
negar isso.</span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";"><br /></span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";"><b>A “dívida ecológica” levanta, de certa
forma, a questão da dívida externa, cujo ônus muitas vezes impede o
desenvolvimento dos povos</b>.</span><sup style="font-family: "Open Sans";"><span style="color: #b45f06;">[3]</span></sup><span style="color: #e46c0a; font-family: "Open Sans";"> </span><span style="font-family: "Open Sans";">O mundo pós-pandêmico pode e deve recomeçar a partir da
consideração de todos esses aspectos, juntamente com a instauração de
procedimentos cuidadosamente negociados para o perdão da dívida externa,
vinculados a uma reestruturação econômica mais sustentável e justa visando atender
à emergência climática.</span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";"><br /></span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";">“</span><i style="font-family: "Open Sans";">Os
países desenvolvidos devem ajudar a pagar a dívida ecológica, limitando
significativamente seu consumo de energia não renovável e ajudando os países
mais pobres a apoiar políticas e programas de desenvolvimento sustentável</i><span style="font-family: "Open Sans";">”.</span><sup style="font-family: "Open Sans";"><span style="color: #b45f06;">[4] </span></sup><span style="font-family: "Open Sans";">Um desenvolvimento do qual, enfim, todos podem participar.</span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";"><br /></span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";">Infelizmente, devemos reconhecer o
quanto ainda estamos longe de atingir as metas estabelecidas para combater as
mudanças climáticas. Precisamos ser honestos: isso não pode continuar! Mesmo
enquanto nos preparávamos para a COP26, ficava cada vez mais claro que não há
tempo a perder. Muitos de nossos irmãos e irmãs estão sofrendo com esta crise
climática. <b>A vida de inúmeras pessoas, principalmente das mais vulneráveis,
experimentou seus efeitos cada vez mais frequentes e devastadores</b>.</span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";"><br /></span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";">Ao mesmo tempo, percebemos que <b>isso
também envolve uma crise dos direitos das crianças e que, em um futuro próximo,
os migrantes ambientais serão mais numerosos do que os refugiados da guerra e
dos conflitos</b>. Agora é a hora de agir com urgência, coragem e responsabilidade.
Não menos importante, para preparar um futuro em que nossa família humana
esteja em condições de cuidar de si mesma e do meio ambiente.</span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";"><br /></span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";"><b>Os jovens</b>, que nos últimos anos nos
instaram fortemente a agir, <b>só herdarão o planeta que decidirmos deixar para
eles, com base nas escolhas concretas que fazemos hoje.</b> Chegou o momento de
decisões que lhes possam dar motivos de esperança e confiança no futuro.</span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";"><br /></span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";">Eu esperava estar com você
pessoalmente, mas não foi possível. Eu o acompanho, no entanto, com minhas
orações enquanto você toma essas decisões importantes.</span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";"><br /></span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";">Queira aceitar, Senhor Presidente, as
minhas cordiais saudações e bons votos.</span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";"><br /></span></div><div style="line-height: 150%; text-align: center;"><span style="font-family: "Open Sans";"><span style="font-size: x-small;">Vaticano, 29 de outubro de 2021.</span></span></div><div style="line-height: 150%; text-align: center;"><span style="font-family: "Open Sans";">Papa Francisco</span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";"><br /></span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans"; font-size: x-small;"><span style="color: #b45f06;">[1]</span> Cfr. <a href="https://www.vatican.va/content/francesco/pt/events/event.dir.html/content/vaticanevents/pt/2019/9/23/videomessaggio-climateactionsummit.html" target="_blank"><span style="color: #b45f06;">Mensagem de vídeo para a Cúpula sobre o Clima, Nova York</span></a>, 23 de setembro de 2019.</span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans"; font-size: x-small;"><span style="color: #b45f06;">[2]</span> Carta Encíclica <a href="https://www.vatican.va/content/francesco/pt/encyclicals/documents/papa-francesco_20150524_enciclica-laudato-si.html" target="_blank"><span style="color: #b45f06;"><i>Laudato Si'</i>'</span></a>, 51.</span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans"; font-size: x-small;"><span style="color: #b45f06;">[3]</span> Carta Encíclica <i><a href="https://www.vatican.va/content/francesco/pt/encyclicals/documents/papa-francesco_20201003_enciclica-fratelli-tutti.html" target="_blank"><span style="color: #b45f06;">Fratelli Tutti</span></a></i>,
126.</span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans"; font-size: x-small;"><span style="color: #b45f06;">[4]</span> Carta Encíclica <a href="https://www.vatican.va/content/francesco/pt/encyclicals/documents/papa-francesco_20150524_enciclica-laudato-si.html" target="_blank"><span style="color: #b45f06;"><i>Laudato Si'</i> </span></a>, 52.</span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans"; font-size: x-small;"><br /></span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://open.spotify.com/track/1dhzagQJH3jSrp7KDsobOV?si=be218caaddbc4117" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;" target="_blank"><img border="0" data-original-height="733" data-original-width="1100" height="348" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglSNqNHa83CQ8ZqiiizBNyifrNyp5VW2gVeyuyFemj6BZHn_LlchaDJVtU34KhzxSZ8nLKoXlVWuOvzVLPTJoJLxpHQ5NjaClPMoHg9lOgZsth_uS24gGEjd82RqbWhjJP2zahkKFxUMk/w523-h348/48773452301_0a1b7fb2e9_o.jpg" title=""Se, por vezes, não soubermos descobrir o rosto formoso da Igreja, limpemos nós os olhos; se notarmos que a sua voz não nos agrada, tiremos dos nossos ouvidos a dureza que nos impede de ouvir, no seu tom, os assobios do Pastor amoroso" - São Josemaría Escrivá" width="523" /></a></div></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";"><br /></span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";"><span style="font-size: xx-small;">Fonte: <a href="https://www.vatican.va/content/francesco/en/messages/pont-messages/2021/documents/20211029-messaggio-cop26-glasgow.html"><span style="color: #b45f06;">https://www.vatican.va/content/francesco/en/messages/pont-messages/2021/documents/20211029-messaggio-cop26-glasgow.html</span></a></span></span></div>Renata P. Espíndola http://www.blogger.com/profile/13012306340296220264noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8458424331272517099.post-11396377754484510412021-10-30T10:41:00.005-03:002021-10-30T10:46:13.803-03:00Orações pelas intenções da Igreja Católica Apostólica Romana junto à COP26<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://laudatosimovement.org/" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;" target="_blank"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1448" height="750" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhc0WI_EKRStuIw4zB3JgrJa4flMT-Vrqx-2RtOLxyqQPgTUfmlEDa4AH-YrCj6Jyn7ltNk92ShyDzMUcOCtSKm8Q3e5jM1ssHKnoWdS-XPISp5wS_b5gemsjhVthm8Q0aQRAvrE5y1U6I/w530-h750/resili%25C3%25AAncia.png" width="530" /></a></div><br /><p></p>Renata P. Espíndola http://www.blogger.com/profile/13012306340296220264noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8458424331272517099.post-11211128977054955032021-10-21T13:55:00.010-03:002021-11-04T20:32:43.166-03:00“O planeta que esperamos. Ambiente, trabalho, futuro. Tudo está conectado" – Papa Francisco aos participantes da 49ª. Semana Social dos católicos italianos<div style="text-align: right;"><i><span style="color: #45818e; font-family: Open Sans; font-size: x-small;"> Traduzido por Renata P. Espíndola</span></i></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">Queridos irmãos e irmãs:<br /></span><o:p><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"> <br /></span></o:p><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">Saúdo cordialmente todos os que
participam da 49ª Semana Social dos Católicos Italianos, convocada em Taranto.
Saúdo fraternalmente o Cardeal Gualtiero Bassetti, Presidente da Conferência
Episcopal Italiana, D. Filippo Santoro e os Bispos presentes, os membros da
Comissão Científica e Organizadora, os Delegados das dioceses italianas, os
representantes dos movimentos e associações, todos os convidados e quem acompanha
o evento à distância.</span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;">Esta citação tem um sabor especial. </span><b style="color: #444444;">É
preciso encontrar e ver o rosto um do outro, sorrir e planejar, orar e sonhar
juntos</b><span style="color: #444444;">. Isso é ainda mais necessário no contexto da crise gerada pela Covid,
uma crise tanto sanitária quanto social. Para sair desta crise, os católicos
italianos também devem ser mais corajosos. </span><b><span style="color: #b45f06;">Não podemos nos resignar e ficar
olhando pela janela, não podemos ficar indiferentes ou apáticos sem assumir
responsabilidade pelos outros e pela sociedade</span><span style="color: #444444;">. Somos chamados a ser o fermento
que fermenta a massa</span></b><span style="color: #444444;"> (cf. Mt 13,33).</span></span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span><span style="font-family: Open Sans;"><b style="color: #444444;">A pandemia expôs a ilusão de nosso
tempo de nos acreditarmos onipotentes, pisoteando os territórios que habitamos
e o meio ambiente em que vivemos</b><span style="color: #444444;">. </span><b><span style="color: #b45f06;">Para nos recuperar, devemos nos voltar para
Deus e aprender a fazer bom uso de Seus dons, antes de tudo a Criação</span></b><span style="color: #444444;">.</span></span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /> </span><span style="font-family: Open Sans;"><b><span style="background-color: #fcff01; color: red;">Que não falte o valor da conversão
ecológica, mas sobretudo, que não falte o ardor da conversão da comunidade</span></b><span style="color: #444444;">. Por
isso, espero que a Semana Social seja uma experiência sinodal, uma plena troca
de vocações e talentos que o Espírito suscitou na Itália. Para isso, <b>é preciso
ouvir também o sofrimento dos pobres, dos menores, dos desesperados, das
famílias cansadas de viver em lugares poluídos, explorados, queimados,
devastados pela corrupção e pela degradação</b>.</span></span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span><span style="font-family: Open Sans;"><b style="color: #444444;">Precisamos de esperança</b><span style="color: #444444;">. É
significativo o título escolhido para esta Semana Social de Taranto, uma cidade
que simboliza as esperanças e as contradições do nosso tempo: “</span><i style="color: #444444;">O planeta que esperamos. Ambiente, trabalho,
futuro. Tudo está conectado</i><span style="color: #444444;">". </span><b><span style="color: #b45f06;">Há um desejo de vida, uma sede de
justiça, um desejo de realização que brota das comunidades afetadas pela
pandemia. Vamos ouvir isso</span></b><span style="color: #444444;">.</span></span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /> </span><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">Neste sentido, gostaria de lhes
oferecer algumas reflexões que podem ajudá-los a <b>trilhar com ousadia o caminho
da esperança</b>, que podemos imaginar marcado por três “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">sinais</i>”.</span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span><span style="font-family: Open Sans;"><b><span style="color: #b45f06;">O primeiro é a atenção aos
entroncamentos (cruzamentos)</span></b><span style="color: #444444;">. Muitas pessoas cruzam nossas vidas em desespero:
jovens que são forçados a deixar seus países de origem para emigrar para outros
lugares, desempregados ou explorados numa precariedade sem fim; mulheres que
perderam seus empregos em tempos de pandemia ou que são forçadas a escolher
entre a maternidade e a profissão; trabalhadores ficando em casa sem
oportunidades; pobres e emigrantes que não são acolhidos nem integrados; idosos
abandonados à solidão; famílias vítimas de usura, jogo e corrupção; empresários
em dificuldade e sujeitos a abusos das máfias; comunidades destruídas por
incêndios, etc.</span></span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /> </span><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;">Entretanto, há também tantos doentes,
adultos e crianças, trabalhadores forçados a realizar trabalhos extenuantes ou
imorais, muitas vezes em condições de segurança precárias. </span><b><span style="color: #b45f06;">São rostos e
histórias que nos desafiam: não podemos ficar indiferentes. Esses nossos irmãos
e irmãs estão crucificados e aguardam a ressurreição.</span></b><span style="color: #444444;"> <b>Que a criatividade do
Espírito Santo nos ajude a não deixar nada por fazer, para que as suas
legítimas esperanças se tornem reais.</b></span></span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span><span style="font-family: Open Sans;"><b><span style="color: #b45f06;">Um segundo sinal indica que estacionar
é proibido</span></b><span style="color: #444444;">. Quando vemos dioceses, paróquias, comunidades, associações,
movimentos, grupos eclesiais cansados e desanimados, às vezes resignados a
situações complexas, vemos um Evangelho que tende a se apagar. Pelo contrário,
</span><span style="color: #b45f06;"><b>o amor de Deus nunca é estático nem renunciante, “</b><b><i>tudo acredita, tudo espera</i>” (1 Cor 13,7): impele-nos e proíbe-nos
de parar.</b></span></span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /> </span><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;"><b>Ele nos põe em movimento como crentes
e discípulos de Jesus no caminho do mundo, seguindo o exemplo d’Aquele que é o
caminho (cf. Jo 14,6) e que percorreu os nossos caminhos. </b>Então, não vamos
ficar nas sacristias, não vamos formar grupos elitistas que se isolam e se
fecham. </span><b><span style="color: #b45f06;">A esperança está sempre em movimento e também passa pelas comunidades
cristãs, filhas da ressurreição, que saem, anunciam, compartilham, apoiam e
lutam pela construção do Reino de Deus</span></b><span style="color: #444444;">.</span></span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /> </span><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">Que maravilha seria se, nas áreas mais
marcadas pela poluição e degradação, os cristãos não apenas denunciassem, mas
assumissem a responsabilidade de criar redes de resgate. Como escrevi na
Encíclica <i>Laudato Si</i>': “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Não basta
conciliar, em meios termos, o cuidado da natureza com o rendimento financeiro,
nem a preservação do meio ambiente com o progresso. Nesse caso, o meio-termo é
apenas um pequeno atraso no colapso. Trata-se apenas de redefinir o progresso.
Um desenvolvimento tecnológico e econômico que não resulte em um mundo melhor e
com uma qualidade de vida integralmente superior não pode ser considerado um
progresso</i>” (n. 194).</span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /> </span><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><b>Às vezes, prevalecem o medo e o
silêncio, que acabam favorecendo a ação dos lobos dos negócios sujos e do
interesse individual. Não tenhamos medo de denunciar e nos opor à ilegalidade,
mas, sobretudo, não tenhamos medo de semear o bem.</b></span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span><span style="font-family: Open Sans;"><b><span style="color: #b45f06;">Um terceiro sinal de trânsito é a
obrigação usar a rotatória, de nos reorientarmos</span></b><span style="color: #444444;">. O grito dos pobres e o grito
da Terra o invocam. </span><span style="background-color: #fcff01; color: red;"><b>“</b><i><b>A esperança
convida-nos a reconhecer que sempre podemos reorientar o nosso rumo, que sempre
podemos fazer alguma coisa para resolver os problemas</b></i><b>”</b></span><span style="color: #444444;"> (n. 61).</span></span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /> </span><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;">Dom Tonino Bello, profeta na terra da
Apúlia, costumava repetir: </span><b style="color: #444444;">“</b><b style="font-style: italic;"><span style="color: #444444;">Não podemos
nos limitar à esperança. </span><span style="color: #b45f06;">A esperança deve ser organizada.</span><span style="color: #444444;"> Uma profunda
conversão nos espera, que toca a ecologia humana, a ecologia do coração, antes
mesmo da ecologia ambiental.</span></b><span style="color: #444444;"><i> A mudança só virá se soubermos formar as
consciências para que não busquem soluções fáceis que protejam os que já estão
seguros, mas antes propor processos de mudança duradouros em benefício das
novas gerações". </i></span></span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;"><br /></span></span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;">Uma conversão deste tipo, orientada para uma ecologia social, pode
alimentar esta época que se chamou “<i>transição ecológica</i></span><span style="color: #444444;">”, em que as
decisões tomadas não podem ser apenas fruto de novas descobertas tecnológicas,
mas também de modelos sociais renovados.</span></span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /> </span><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><b>A mudança de época pela qual estamos
passando exige uma mudança de curso</b>. Olhemos, neste sentido, para <b>tantos sinais
de esperança, em tantas pessoas</b> a quem quero agradecer porque, <b>muitas vezes em
laborioso silêncio, trabalham para promover um modelo econômico diferente, mais
equitativo e atento às pessoas</b>.</span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span><span style="color: #b45f06; font-family: Open Sans;"><b>Este é, pois, o planeta que esperamos:
aquele no qual a cultura do diálogo e da paz fecunda um novo dia, no qual o
trabalho confere dignidade à pessoa e salvaguarda à Criação, para a qual
convergem mundos culturalmente distantes, animados pela mesma preocupação pelo
bem comum.</b></span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /> </span><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">Queridos irmãos e irmãs, acompanho o
vosso trabalho com oração e encorajamento. Abençoo-vos, desejando que <b>encarnem
as propostas destes dias com paixão e concretude. Que o Senhor os encha de
esperança</b>. E, por favor, não se esqueçam de orar por mim.</span></div>
<div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><o:p><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"> </span></o:p></div>
<div style="line-height: 150%; text-align: center;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans; font-size: x-small;">Roma, São João de Latrão, 4 de outubro
de 2021</span></div><div style="line-height: 150%; text-align: center;"><span style="font-size: x-small;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"> </span><span style="color: #444444; font-family: "Open Sans";">Festa de São Francisco de Assis</span></span></div><div style="line-height: 150%; text-align: center;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">Papa Francisco</span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div>
<div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans; font-size: xx-small;">Fonte :</span><span style="text-align: left;"><span style="color: #b45f06; font-family: Open Sans; font-size: xx-small;"><a href="https://www.vatican.va/content/francesco/es/messages/pont-messages/2021/documents/20211021-settimana-cattolici.html">https://www.vatican.va/content/francesco/es/messages/pont-messages/2021/documents/20211021-settimana-cattolici.html</a></span></span></div><div style="line-height: 150%; text-align: justify;"><span style="text-align: left;"><br /></span></div><div style="line-height: 150%; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://www.vatican.va/content/pius-xii/pt/encyclicals/documents/hf_p-xii_enc_15051956_haurietis-aquas.pdf" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;" target="_blank"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="960" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhn2qaqLTRw0NJ9djgWDmHUxdlc2Y-6gOPe8MFCPlH9O0RWwf5jZH1nmOLovKGiTlfoTBal9tD4KjFz_KeKRJRfTQl6oeGkocr5IgSDiHo9snvf9b4nmGzAL0Y6Vz35jkTZOSfwxJsqzrs/w400-h300/Apresenta%25C3%25A7%25C3%25A3o1.png" title=""Ó Coração sacratíssimo de Jesus, fonte viva e vivificante de Vida Eterna, tesouro infinito de divindade, fornalha ardente de amor divino, vós sois o lugar do meu descanso, o refúgio da minha segurança. Ó meu amável Salvador, inflamai o meu coração daquele amor ardentíssimo do qual arde o vosso; derramai nele as inumeráveis graças de que o vosso Coração é a fonte. Fazei que a vossa Vontade seja a minha e que a minha vontade seja eternamente conforme a vossa. Amém."" width="400" /></a></div></div>Renata P. Espíndola http://www.blogger.com/profile/13012306340296220264noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8458424331272517099.post-20424748776564397692021-10-16T12:04:00.036-03:002021-10-30T10:56:04.316-03:00Discurso do Arcebispo Dom Gabriele Caccia, Núncio Apostólico e Observador Permanente da Santa Sé nas Nações Unidas, sobre armas nucleares, de destruição em massa e desarmamento<div style="text-align: justify;"><span style="color: #45818e; font-family: Open Sans; font-size: x-small;"><i>Enquanto católicos brigam entre si se achando mais iluminados que o Papa, mais sábios, mais inseridos na Tradição, o Vaticano trabalha seriamente pelos bens espirituais e físicos dos seres humanos, não apenas de seus filhos e filhas. De certa forma, o discurso me recordou os esforços da Igreja no livro de sci-fi "Um Cântico para Leibowitz" (MILLER JR, 1960), onde finalmente seus esforços foram duplamente em vão... Ora et labora.</i></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans; font-size: x-small;"><i><b>.........................................................................</b></i></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: left;"><span style="color: #b45f06; font-family: Open Sans; font-size: x-small;"><i>Tradução para o português por Renata P. Espíndola</i></span></div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://holyseemission.org/contents//statements/6167527bd8e72.php" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;" target="_blank"><img border="0" data-original-height="843" data-original-width="1500" height="305" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiZ0kRJqNQ8apkhZ2z7EdD6jNsgbX2_iLm3gVOj8RTC_zTboHbq_U1XMF6kawrBHjw1euSP5f1GIjmyi0jU0kSyKZ9DZYpleg7jp3dlC1S8j4cR7ZBXZOsUymBQSe82xF-G-s6-XWYaZI/w542-h305/Imagem2.png" title="Clique na imagem e leia o texto original em inglês." width="542" /></a></div><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;"><br /></span></span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;">Sr. Presidente,</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;"><o:p><br /></o:p></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;"><o:p><br /></o:p>Em sua recente Carta Encíclica </span><a href="https://www.vatican.va/content/francesco/pt/events/event.dir.html/content/vaticanevents/pt/2020/10/4/enciclica-fratellitutti.html" target="_blank"><span style="color: #b45f06;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Fratelli Tutti</i>,</span></a> <span style="color: #444444;">o Papa Francisco tocou
em temas que contextualizam a importância do trabalho deste Comitê: “<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><b>Não nos deixemos</b></i>”, disse ele, “<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><b>permanecer atolados em discussões teóricas,
mas tocar na carne ferida das vítimas. Vejamos mais uma vez todos os civis
cujas mortes foram consideradas "danos colaterais</b>. <b>Perguntemos às
próprias vítimas. Pensemos nos refugiados e deslocados, aqueles que sofreram os
efeitos da radiação atômica ou de ataques químicos</b></i>”.</span> <span style="color: #b45f06;">[1]</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><br /><span style="color: #444444;">No que diz respeito ao último
grupo, relatos recentes sobre o uso de agentes “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">nervosos</i>”</span> <span style="color: #b45f06;">[N.T.: Agentes químicos de guerra persistentes e não
persistentes]</span> <span style="color: #444444;">em vários lugares do mundo apontam para a relevância continuada
de instrumentos que proíbem seu uso e posse. O</span> <a href="http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-1994/d0849.htm" target="_blank"><span style="color: #b45f06;">Protocolo de Genebra</span></a><span style="color: #444444;"> (1925)</span></span><span style="font-family: "Open Sans";"><span style="color: #444444;">, a</span>
<a href="https://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1970-1979/decreto-77374-1-abril-1976-426054-publicacaooriginal-1-pe.html" target="_blank"><span style="color: #b45f06;">Convenção de Armas Biológicas e Tóxicas</span></a> <span style="color: #444444;">(1975) e a</span> <a href="http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D2977.htm" target="_blank"><span style="color: #b45f06;">Convenção de Armas Químicas</span></a> <span style="color: #444444;">(1993) devem fornecer um escudo completo contra tais armas.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /> Mais de um século após o uso de
armas químicas na Primeira Guerra Mundial, as nações do mundo deveriam se
livrar completamente delas e deveriam buscar medidas que fortaleçam a implantação
de medidas legais para um cumprimento efetivo a esse respeito. <b>A contínua
pandemia de COVID-19 é um lembrete gritante e doloroso do impacto incapacitante
que pode ser causado por novos agentes biológicos, mesmo de gênese natural.</b></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /> Da mesma forma, <b>não devemos
perder de vista a ameaça das chamadas “<i style="mso-bidi-font-style: normal;">bombas
sujas</i>”, mais propriamente armas radiológicas, ou a necessidade de medidas
que proíbam o uso de materiais radiológicos como armas</b>.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br />(...)</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;"><br />Muitos elogiaram a extensão de
cinco anos do</span> <a href="https://www.state.gov/new-start/" target="_blank"><span style="color: #b45f06;">Novo Tratado START</span></a> <span style="color: #444444;">entre a Federação Russa e os Estados Unidos da
América. Minha Delegação espera, além disso, um rápido progresso no diálogo
estratégico que já foi convocado duas vezes para considerar novas reduções nas
armas nucleares, tanto estratégicas como não estratégicas, e a relevância das
novas tecnologias.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;"><br />Como a </span><a href="https://www.un.org/en/conferences/npt2020" target="_blank"><span style="color: #b45f06;">Conferência de Revisão do Tratado de Não-Proliferação adiada com o cinquentenário do Tratado de Não Proliferação (TNP)</span></a> <span style="color: #444444;">parece provável que aconteça em janeiro, é importante que os
Estados possuidores de armas nucleares P-5 considerem e concordem em tomar
medidas que complementem as de a Federação Russa e os Estados Unidos.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;"><br /> É hora de os estoques de armas
nucleares serem definitivamente limitados, com reduções adicionais entre os P-5
a serem tomadas abaixo do limite. Obviamente, estabelecer um teto para os
estoques nucleares dos outros estados possuidores de energia nuclear também é
importante. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;"><b><br /></b></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;"><b>Nosso mundo está tão interconectado que todas as armas nucleares,
onde quer que estejam, devem ser eliminadas no menor tempo possível, para que
um acidente ou erro de cálculo não leve a consequências humanitárias e
ambientais catastróficas</b>. </span><span style="color: #b45f06;">[2]</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><br /> <span style="color: #b45f06;"><b>O Papa Francisco enfatizou que “</b><i style="font-weight: bold;">o uso da energia atômica para fins de guerra
é imoral, assim como a posse de armas nucleares é imoral</i><b>” </b>[3]<b>, uma vez que
a intencionalidade intrínseca de possuir armas nucleares é a ameaça de usá-las.</b></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><br /><span style="color: #444444;">
A esse respeito, o</span><span><span style="color: #444444;"> </span><a href="http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d2864.htm" style="color: #b45f06;" target="_blank"><span style="color: #b45f06;">Tratado sobre a Proibição de Armas Nucleares</span></a> </span><span style="color: #444444;">(TPAN, em português) estabeleceu uma proibição legal sobre a
posse de armas nucleares e, no devido tempo, será uma base para que os Estados
possuidores de armas nucleares se tornem participantes ao eliminarem seus
programas. Por enquanto, as atuais partes do Tratado podem trabalhar para
desenvolver os procedimentos que serão necessários para que a autoridade ou
autoridades de verificação estabelecidas pelo Tratado possam assegurar que os
programas de armas nucleares relevantes foram realmente eliminados.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br />O TPAN reconhece explicitamente
que restrições devem ser impostas às armas convencionais, além das armas
nucleares. Tendo em mente o papel que a dissuasão nuclear, incluindo a
dissuasão nuclear ampliada, tem desempenhado entre os Estados, esforços
adicionais substanciais devem ser feitos para lidar com as armas convencionais.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;"><br />
O mundo, de fato, tem feito
progressos nesse sentido, como a</span> <a href="http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d2739.htm" target="_blank"><span style="color: #b45f06;">Convenção sobre Armas Convencionais</span></a>, <span style="color: #444444;">que tem
se mostrado um acordo duradouro, com espaço para maior expansão, como
evidenciado por seus protocolos como os que tratam de armas de lasers cegantes</span><span style="color: #444444;">. Além
disso, <b>a crescente ameaça do uso de drones armados e sistemas de armas
autônomas letais ressalta a urgência de abordar a necessidade ética de preservar
a responsabilidade humana</b>.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #45818e;">[N.T.:<i> A justificativa é a de que é melhor tornar uma pessoa cega em definitivo do que matá-la. O que é mais cruel?</i>]</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;"><br />As armas convencionais causaram
danos terríveis em todo o mundo desde o fim da Segunda Guerra Mundial. </span><b><span style="color: #b45f06;">Este
Comitê precisa redobrar seus esforços para fornecer caminhos para acordos que
irão reduzir a dependência de quaisquer armas convencionais para resolver
disputas</span></b>. <span style="color: #444444;">Esses esforços não apenas tornarão o desarmamento nuclear mais
viável, mas também moderarão as interações entre os Estados em suas relações em
curso.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;"><br /> <b>Determinados como estamos a
salvar as gerações vindouras do flagelo da guerra</b>, </span><span style="color: #b45f06;">[4]</span> <span style="color: #444444;"><b>não podemos nos permitir
ser espectadores da violência e da guerra, de irmãos matando irmãos, como se
estivéssemos assistindo a jogos de uma distância segura. As vidas das pessoas
não são brinquedos. Não podemos ser espectadores indiferentes</b>. </span><span style="color: #b45f06;">[5]</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #b45f06;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #45818e;">[N.T.: <i>E os seres humanos se "divertindo" nos "novos coliseus com gladiadores lutando até a morte" em séries distópicas de TV, como se a crueldade real já não fosse suficiente.</i>]</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><br /><span style="color: #444444;">Não podemos, como disse o Papa
Francisco “</span><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><b><span style="color: #b45f06;">continuar a aceitar as guerras
com o desprendimento com que assistimos ao noticiário da noite</span></b></i><span style="color: #444444;">”. </span><span style="color: #b45f06;">[6]</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><br /><span style="color: #444444;">Em conclusão,</span> <b style="background-color: #fcff01;"><span style="color: red;">a Santa Sé deseja
manifestar a sua convicção de que o espaço sideral deve continuar a ser o
domínio pacífico que tem sido até agora na história da humanidade</span></b>. <span style="color: #444444;">Embora
certos usos militares desse ambiente tenham sido implantados, como
comunicações, navegação e monitoramento, eles também são essenciais para fins
pacíficos.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;"><br /> <b>Tornar este ambiente armado, seja
por meio do uso de armas, seja pelo ataque de objetos espaciais do solo, seria
extremamente perigoso</b>. As restrições existentes aos usos militares do espaço
sideral, conforme consubstanciado no</span> <a href="http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1950-1969/D64362.html" target="_blank"><span style="color: #b45f06;">Tratado do Espaço Exterior</span></a>, <span style="color: #444444;">devem ser
estendidas.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><br /> <b><span style="color: #b45f06;">A experiência de fragmentos
orbitais de longa duração resultantes da destruição de satélites mostra como
seria tolice colocar objetos espaciais em risco para o uso de armas.
Transparência e medidas de fortalecimento da confiança, bem como instrumentos
legalmente vinculantes devem ser prontamente negociados, para que o ambiente do
espaço sideral permaneça seguro para todos nós.</span></b></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><br /><span style="color: #444444;">Obrigado, senhor presidente.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;"> Nova Iorque, 13 de outubro de 2021.</span></div><o:p><div style="text-align: center;"> Arcebispo Gabriele Caccia</div></o:p></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><br /><o:p> <br /></o:p><span style="color: #b45f06;">[1]</span> <span style="color: #444444;">Papa Francisco,</span> <a href="https://www.vatican.va/content/francesco/pt/events/event.dir.html/content/vaticanevents/pt/2020/10/4/enciclica-fratellitutti.html" target="_blank"><span style="color: #b45f06;"><i>FratelliTutti</i></span></a><span style="color: #444444;">, 261.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><br /><span style="color: #b45f06;">[2]</span> <span style="color: #444444;">Cf. Papa Francisco,</span> <a href="https://www.vatican.va/content/francesco/pt/events/event.dir.html/content/vaticanevents/pt/2020/10/4/enciclica-fratellitutti.html" target="_blank"><i><span style="color: #b45f06;">FratelliTutti</span></i></a><span style="color: #444444;">, 262; Tratado sobre a Proibição de Armas Nucleares, PP2.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><br /><span style="color: #b45f06;">[3]</span> <span style="color: #444444;">Papa Francisco,</span> <a href="https://www.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2019/november/documents/papa-francesco_20191124_messaggio-incontropace-hiroshima.html" target="_blank"><span style="color: #b45f06;">Encontro pela Paz</span></a><span style="color: #444444;">, Memorial da Paz, Hiroshima, Japão, 24 de novembro de 2019.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><br /><span style="color: #b45f06;">[4]</span> <span style="color: #444444;">Cf. Carta das Nações Unidas.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><br /><span style="color: #b45f06;">[5]</span> <span style="color: #444444;">Cf. Papa Francisco,</span> <a href="https://www.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2021/october/documents/20211007-incontro-preghiera-perlapace.html" target="_blank"><span style="color: #b45f06;">Discurso no Encontro das Religiões pela Paz</span></a><span style="color: #444444;">, Roma, 7 de outubro de 2021.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><br /><span style="color: #b45f06;">[6]</span> <span style="color: #444444;">Idem. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: xx-small;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">Fonte: </span><span style="text-align: left;"><span style="color: #b45f06; font-family: Open Sans;"><a href="https://holyseemission.org/contents//statements/6167527bd8e72.php">https://holyseemission.org/contents//statements/6167527bd8e72.php</a></span></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: xx-small;"><span style="text-align: left;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: xx-small;"><span style="text-align: left;"><br /></span></span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: xx-small;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://circacreationis.blogspot.com/p/quaresma-de-sao-miguel-arcanjo.html" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;" target="_blank"><img border="0" data-original-height="1280" data-original-width="1280" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0dfBU9SNaSK73UGntKzOdaTXtTsb8qaGCrbYSNIoh5xiT78jybf9x5wXB7WLilFTxuGEu3UyQHfPnp7-zjUqX5fywRk35LCD09-_IOxxPyvkl2KdoQYJUZdcbmwSU1PyebeLypIfMshc/w400-h400/novo-7.PNG" title="Clique na imagem e vá para a página de meditações da Quaresma de São Miguel Arcanjo" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: Open Sans;">Fonte da imagem: Pinterest.</span></div></span></div>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>Renata P. Espíndola http://www.blogger.com/profile/13012306340296220264noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8458424331272517099.post-54674936228980304392021-10-12T15:02:00.012-03:002021-10-12T16:52:48.039-03:00Discurso do Papa Francisco aos participantes do encontro "Fé e Ciência: Rumo à COP26".<div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444;"><i style="font-size: 14.6667px;"><span style="font-family: Open Sans;">Líderes e Representantes religiosos,</span></i></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444;"><i style="font-size: 14.6667px;"><span style="font-family: Open Sans;"><br /></span></i></span></div><p style="background-color: white; font-size: 14.6667px;"></p><div style="text-align: justify;"><i style="font-size: 14.6667px;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">Excelências,</span></i></div><i><div style="text-align: justify;"><i style="font-size: 14.6667px;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">Queridos amigos!</span></i></div><div style="text-align: justify;"><i style="font-size: 14.6667px;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></i></div></i><p></p><p style="background-color: white; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">Obrigado a todos por se reunirem aqui, colocando em evidência o desejo dum diálogo profundo entre nós e com os peritos em ciência. <b>Ouso oferecer três conceitos à vossa reflexão sobre esta colaboração: <i>o olhar da interdependência e da partilha</i>, <i>o motor do amor </i>e <i>a vocação ao respeito</i>.</b></span></p><p style="background-color: white; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><b style="color: #444444;"><br /></b></span></p><p style="background-color: white; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><b style="color: #444444;">1.</b> <b><span style="color: #b45f06;">Tudo está interligado; no mundo, tudo está intimamente relacionado. Não só a ciência, mas também as nossas crenças e as nossas tradições espirituais põem em evidência esta conexão que existe entre todos nós e com o resto da criação.</span></b><span style="color: #444444;"> Reconhecemos </span><i style="color: #444444;">os sinais da harmonia divina presente no mundo natural</i><span style="color: #444444;">: <b>nenhuma criatura se basta a si mesma</b>; cada uma só existe na dependência das outras, para se completarem mutuamente, ao serviço uma da outra </span><a class="cleaner" href="https://www.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2021/october/documents/20211004-religione-scienza-cop26.html#_ftn1" name="_ftnref1"><span style="color: #b45f06;">[1]</span></a><span style="color: #444444;">. Quase poderíamos dizer que uma é dada pelo Criador às outras, para que, na relação de amor e respeito, possam crescer e realizar-se em plenitude. <b>Plantas, águas, seres vivos são guiados por uma lei impressa por Deus em cada um deles para benefício de toda a criação.</b></span></span></p><p style="background-color: white; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;"><b><br /></b></span></span></p><p style="background-color: white; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><b><span style="color: #444444;">Reconhecer que o mundo está interligado significa não só compreender as consequências nefastas das nossas ações, mas também identificar comportamentos e soluções que devem ser adotados com </span><i style="color: #444444;">olhar aberto à interdependência e à partilha</i></b><span style="color: #444444;"><b>.</b> Não se pode agir sozinho; é fundamental o empenho de cada um no cuidado dos outros e do ambiente, um empenho que leve à tão urgente mudança de rumo, que deve ser alimentada também pela própria fé e espiritualidade. Para os cristãos, o olhar da interdependência brota do </span><i style="color: #444444;">próprio mistério de Deus Trino</i><span style="color: #444444;">: «</span><i><b><span style="color: #b45f06;">A pessoa humana cresce, amadurece e santifica-se tanto mais, quanto mais se relaciona, sai de si mesma para viver em comunhão com Deus, com os outros e com todas as criaturas. Assim assume na própria existência aquele dinamismo trinitário que Deus imprimiu nela desde a sua criação</span></b></i><span style="color: #444444;">» </span><a class="cleaner" href="https://www.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2021/october/documents/20211004-religione-scienza-cop26.html#_ftn2" name="_ftnref2"><span style="color: #b45f06;">[2]</span></a><span style="color: #444444;">.</span></span></p><p style="background-color: white; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;"><br /></span></span></p><p style="background-color: white; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">O encontro hodierno, que une muitas culturas e espiritualidades num espírito de fraternidade, reforça a consciência de que somos membros duma única família humana: temos, cada um de nós, a própria fé e tradição espiritual, mas não há fronteiras nem barreiras culturais, políticas ou sociais que consintam isolar-nos. Para iluminar este olhar, queremos empenhar-nos em prol dum futuro modelado pela interdependência e a corresponsabilidade.</span></p><p style="background-color: white; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></p><p style="background-color: white; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><b style="color: #444444;">2.</b><span style="color: #444444;"> Este empenho deve ser continuamente solicitado pelo </span><i style="color: #444444;">motor do amor</i><span style="color: #444444;">: «</span><span style="color: #b45f06;"><i><b>A partir da intimidade de cada coração, o amor cria vínculos e amplia a existência, quando arranca a pessoa de si mesma para o outr</b></i><b>o</b></span><span style="color: #444444;">» </span><a class="cleaner" href="https://www.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2021/october/documents/20211004-religione-scienza-cop26.html#_ftn3" name="_ftnref3"><span style="color: #b45f06;">[3]</span></a><span style="color: #444444;">. Entretanto, <b>a força propulsora do amor não é acionada duma vez para sempre, mas deve ser reavivada dia a dia</b>; esta é uma das grandes contribuições que as nossas crenças e tradições espirituais podem dar para facilitar esta mudança de rumo de que temos tanta necessidade.</span></span></p><p style="background-color: white; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;"><br /></span></span></p><p style="font-size: 14.6667px; text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><b><span style="background-color: #fcff01; color: red;">O amor é espelho duma vida espiritual vivida intensamente.</span></b><span style="background-color: white; color: #444444;"><b> Um amor que se estende a todos sem olhar a fronteiras culturais, políticas e sociais; um amor que integra, mesmo e sobretudo em benefício dos últimos, que muitas vezes são quem nos ensina a superar as barreiras do egoísmo e a romper os muros do individualismo.</b></span></span></p><p style="font-size: 14.6667px; text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="background-color: white; color: #444444;"><b><br /></b></span></span></p><p style="background-color: white; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;">Trata-se de um desafio que surge perante a necessidade de contrastar aquela cultura do descarte que parece prevalecer na nossa sociedade e se apoia sobre aquilo que o nosso Apelo Conjunto chama as «<i>sementes dos conflitos: ganância, indiferença, ignorância, medo, injustiça, insegurança e violência</i>». <b>São estas mesmas sementes de conflito que provocam as graves feridas que infligimos ao ambiente</b>, como as mudanças climáticas, a desertificação, a poluição, a perda da biodiversidade, levando à rutura daquela «</span><i style="color: #444444;">aliança entre ser humano e ambiente</i><span style="color: #444444;"><i> que deve ser espelho do amor criador de Deus, de Quem provimos e para Quem estamos a caminho</i>» </span><a class="cleaner" href="https://www.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2021/october/documents/20211004-religione-scienza-cop26.html#_ftn4" name="_ftnref4"><span style="color: #b45f06;">[4]</span></a><span style="color: #444444;">.</span></span></p><p style="background-color: white; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;"><br /></span></span></p><p style="background-color: white; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">Semelhante desafio a favor duma cultura do cuidado da nossa casa comum e também de nós próprios tem o sabor da esperança, pois não há dúvida que a humanidade nunca, como hoje, teve tantos meios para alcançar tal objetivo. Este mesmo desafio pode enfrentar-se em vários níveis; gostaria de assinalar, em particular, dois deles: o nível <i>do exemplo e da ação</i>, e o da <i>educação</i>. </span></p><p style="background-color: white; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></p><p style="background-color: white; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">Em ambos os níveis, nós, inspirados pelas nossas crenças e tradições espirituais, podemos oferecer contribuições importantes. Muitas são as possibilidades emergentes, como aliás coloca em evidência o Apelo Conjunto, onde se ilustram também vários percursos de educação e formação que podemos desenvolver a favor do cuidado da nossa casa comum.</span></p><p style="background-color: white; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></p><p style="background-color: white; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><b style="color: #444444;">3.</b><span style="color: #444444;"> <b>Este cuidado é também uma </b></span><i style="color: #444444;"><b>vocação ao respeito</b></i><span style="color: #444444;"><b>: respeito pela criação, respeito pelo próximo, respeito por si mesmo e respeito perante o Criador.</b> Mas também respeito mútuo entre fé e ciência, para «</span><i style="color: #444444;">estabelecerem diálogo entre si visando o cuidado da natureza, a defesa dos pobres, a construção duma trama de respeito e de fraternidade</i><span style="color: #444444;">» </span><a class="cleaner" href="https://www.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2021/october/documents/20211004-religione-scienza-cop26.html#_ftn5" name="_ftnref5"><span style="color: #b45f06;">[5]</span></a><span style="color: #444444;">.</span></span></p><p style="background-color: white; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;"><br /></span></span></p><p style="background-color: white; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><b><span style="color: #b45f06;">Um respeito que não é mero reconhecimento abstrato e passivo do outro, mas deve ser vivido de forma empática e ativa querendo conhecer o outro e dialogar com ele para caminhar juntos nesta <i>viagem comum</i></span></b><span style="color: #444444;">, bem sabendo – como se indica ainda no Apelo – que «<i>aquilo que podemos obter depende não só das oportunidades e dos recursos, mas também da esperança, da coragem e da boa vontade</i>».</span></span></p><p style="background-color: white; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;"><br /></span></span></p><p style="background-color: white; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><b><span style="color: #b45f06;">O olhar da interdependência e da partilha, o motor do amor e a vocação ao respeito: eis três chaves de leitura que me parecem iluminar o nosso trabalho pelo cuidado da casa comum</span></b><span style="color: #444444;">. A </span><i style="color: #444444;">COP26</i><span style="color: #444444;"> de Glasgow é urgentemente chamada a oferecer respostas eficazes à crise ecológica sem precedentes e à crise de valores em que vivemos e, assim, dar uma esperança concreta às gerações futuras: queremos acompanhá-la com o nosso empenho e a nossa proximidade espiritual.</span></span></p><p style="background-color: white;"></p><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><br /></span></div><p></p><hr size="1" style="background-color: white; font-size: 14.6667px; margin: 10px auto; text-align: left;" width="33%" /><p style="background-color: white; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><a class="cleaner" href="https://www.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2021/october/documents/20211004-religione-scienza-cop26.html#_ftnref1" name="_ftn1"><span style="color: #b45f06;">[1]</span></a><span style="color: #444444;"> Cf. Francisco, Carta enc. </span><i><a href="https://www.vatican.va/content/francesco/pt/encyclicals/documents/papa-francesco_20150524_enciclica-laudato-si.html#86"><span style="color: #b45f06;">Laudato si’</span></a></i><span style="color: #444444;"> (24/V/2015), 86.</span></span></p><p style="background-color: white; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #b45f06;"><a class="cleaner" href="https://www.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2021/october/documents/20211004-religione-scienza-cop26.html#_ftnref2" name="_ftn2"><span style="color: #b45f06;">[2]</span></a> <i><a href="https://www.vatican.va/content/francesco/pt/encyclicals/documents/papa-francesco_20150524_enciclica-laudato-si.html#240"><span style="color: #b45f06;">Ibid</span></a>.</i></span><span style="color: #444444;">, 240.</span></span></p><p style="background-color: white; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><a class="cleaner" href="https://www.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2021/october/documents/20211004-religione-scienza-cop26.html#_ftnref3" name="_ftn3"><span style="color: #b45f06;">[3]</span></a><span style="color: #444444;"> Francisco, Carta enc. </span><span><i><a href="https://www.vatican.va/content/francesco/pt/encyclicals/documents/papa-francesco_20201003_enciclica-fratelli-tutti.html#88"><span style="color: #b45f06;">Fratelli tutti</span></a></i><span style="color: #b45f06;"> </span></span><span style="color: #444444;">(03/X/2020), 88.</span></span></p><p style="background-color: white; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><a class="cleaner" href="https://www.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2021/october/documents/20211004-religione-scienza-cop26.html#_ftnref4" name="_ftn4"><span style="color: #b45f06;">[4]</span></a><span style="color: #444444;"> Bento XVI, Carta enc. </span><i><a href="https://www.vatican.va/content/benedict-xvi/pt/encyclicals/documents/hf_ben-xvi_enc_20090629_caritas-in-veritate.html#50"><span style="color: #b45f06;">Caritas in veritate</span></a></i><span style="color: #b45f06;"> </span><span style="color: #444444;">(29/VI/2009), 50.</span></span></p><p style="background-color: white; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><a class="cleaner" href="https://www.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2021/october/documents/20211004-religione-scienza-cop26.html#_ftnref5" name="_ftn5"><span style="color: #b45f06;">[5]</span></a><span style="color: #444444;"> Francisco, Carta enc. </span><span style="color: #b45f06;"><i><a href="https://www.vatican.va/content/francesco/pt/encyclicals/documents/papa-francesco_20150524_enciclica-laudato-si.html#201"><span style="color: #b45f06;">Laudato si’</span></a></i> </span><span style="color: #444444;">(24/V/2015), 201.</span></span></p><p style="background-color: white; font-size: 14.6667px; text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;"><br /></span></span></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="font-size: xx-small;"><span style="color: #444444;">Fonte: </span><a href="https://www.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2021/october/documents/20211004-religione-scienza-cop26.html"><span style="color: #b45f06;">https://www.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2021/october/documents/20211004-religione-scienza-cop26.html</span></a></span></span></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><br /></span></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://www.wiltonpark.org.uk/event/faith-and-science-towards-cop26/" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;" target="_blank"><img border="0" data-original-height="640" data-original-width="960" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEia6-WygNmYbUWOup1ZqjjP3qRvGYRBREtoBpyOKfWe26lVjkAk4DUtH24qahh_3_0HZL_FHKX_OIDgikUYV7wLGAfF1Tpc9r0kLPtFrttNlMyNFOdaSduekvzDTtjvr3aBrVSdPIdUG04/w400-h266/s960_Portal-Image.jpg_960x640_copy.jpg" width="400" /></a></div><p></p>Renata P. Espíndola http://www.blogger.com/profile/13012306340296220264noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8458424331272517099.post-85836405452860393142021-09-24T12:58:00.013-03:002021-10-30T11:02:26.981-03:00Antiga homilia do Papa Francisco sobre “O permanecer recíproco entre a videira e os ramos” (2020)<div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444;"><span style="font-weight: normal;"><span style="font-family: Open Sans;">Resgato esta antiga homilia porque amo a aparente simplicidade de Francisco e porque ser católica(o) vai muito além do que é exterior. A imagem da figueira e a da videira florida são curiosas porque além de serem espécies diferentes, ambas possuem particularidades de seu desenvolvimento que compartilham o ato de "entranhar-se" com o meio, para "<i>o bem e para o mal</i>". </span></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">A figueira é a primeira planta descrita na Bíblia - "<i style="font-weight: normal;">Então, os seus olhos abriram-se; e, vendo que estavam nus, tomaram folhas de figueira, ligaram-nas e fizeram tangas para si</i><span style="font-weight: normal;">" (Gen 3, 7) - e para existir, precisa de um ato de sacrifício de um tipo específico de vespa. Cresce firme e forte, mas apenas uma família produz frutos comestíveis e representa, de certa forma, nosso permanecer no mundo "</span><i style="font-weight: normal;">desligados</i><span style="font-weight: normal;">" de Deus.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><span style="font-weight: normal;"><br /></span><span style="font-weight: normal;">Já a videira para frutificar, precisa aguentar o rigor invernal para rebrotar os sarmentos a partir dos nutrientes estocados no ano anterior. Seu passado guiará o seu presente e uma vez gasta a energia acumulada para o rebrotamento, deve extrair do solo os nutrientes necessários para continuar o seu desenvolvimento, de forma que o agricultor é quem guia a sua existência. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">A brotação dos ramos não é uniforme, assim como a distribuição de nutrientes, o que implica nas diferentes fases de amadurecimento dos cachos para a colheita. Alguns cachos possuem desenvolvimento acelerado, outros demoram por mais tempo e ainda existem os tardios; mas todos são cachos bons da mesma videira. O agricultor cuida da videira que cuida de seus ramos para que estes frutifiquem.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /><span style="font-weight: normal;"><span>"<i>Acaso, meus irmãos, pode a figueira dar azeitonas ou a videira dar figos? Do mesmo modo a fonte de água salobra não pode dar água doce</i>" (Tg 3, 12). Já experimentou água salobra? É aquela que poderia ser doce, mas por motivos diversos houve uma intrusão salina excessiva que a fez deixar de ser potável... Também ser sal no mundo difere de ser insossa(o) ou salgada(o) em demasia. </span></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444;"><span style="font-weight: normal;"><span style="font-family: Open Sans;"><br /></span></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><span style="font-weight: normal;"><span>Isto tudo te lembra de algo em sua caminha da espiritual? </span></span>Boa leitura!</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><br /></span></div><h3 style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans; font-size: x-small;"><div style="text-align: center;"><a href="https://agencia.fapesp.br/nova-fase-na-relacao-entre-figueiras-e-vespas-e-desvendada/28396/" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;" target="_blank"><img border="0" data-original-height="407" data-original-width="421" height="309" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqftGUxJKs47yRuumC2IhkvDZl4zW4G4xmv2eFzw14TCX4upXFW085Rih8_kbXxpiu0l_qOBSdsLZXSLxJtnqx58PsEatiK19nJ266cQHbJukDcRybqdwEE6Fb8exmpCotPEZV-gbGl-M/w320-h309/2017_18nov_Figo-e-Uva_VDO-600x441.jpg" title=""Será que você nunca mais comerá figos de novo? Clique na imagem e vá até uma reportagem sobre a reprodução da figueira... :-))"" width="320" /></a></div></span></h3><div style="text-align: center;"><span style="font-family: Open Sans;"><b>....................................................................................................................</b></span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: Open Sans;"><b><br /></b></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><div>O Senhor volta para “<i>permanecer nele</i>”, e diz-nos: “<i><b><span style="color: #b45f06;">A vida cristã é permanecer em mim</span></b></i>”. Permanecer. E aqui usa a imagem da videira, como os ramos permanecem na videira (cf. Jo 15, 1-8). <b>E este permanecer não é passivo, um adormecer no Senhor: seria talvez um “<i>sono beatífico</i>”; mas não é assim. Este permanecer é ativo e também recíproco.</b> Porquê? Porque Ele diz: «<i>Permanecei em mim e Eu em vós</i>» (v. 4). </div><div><br /></div><div>Ele também permanece em nós, não só nós nele. Trata-se de um permanecer recíproco. E noutro trecho diz: «<i>Eu e o Pai viremos a ele e habitaremos nele</i>» (Jo 14, 23). É um mistério, mas um mistério de vida, um mistério muito bonito. Este permanecer recíproco. E também com o exemplo dos ramos: é verdade, <b>sem a videira os ramos nada podem fazer, pois não recebem a seiva, e precisam da seiva para crescer e dar fruto. Mas também a árvore, a videira, precisa dos ramos, porque os frutos não estão ligados à árvore, à videira. É uma necessidade recíproca, é um permanecer mútuo para dar fruto</b>.</div><div><br /></div><div>E esta é a vida cristã: é verdade, a vida cristã consiste em cumprir os mandamentos (cf. Êx 20, 1-11), é isto que se deve fazer. <b>A vida cristã consiste em percorrer o caminho das bem-aventuranças</b> (cf. Mt 5, 1-13): é assim que se deve fazer. <b>A vida cristã consiste em fazer obras de misericórdia</b>, como o Senhor nos ensina no Evangelho (cf. Mt 25, 35-36): é assim que se deve fazer. Mas ainda mais: é este permanecer recíproco. </div><div><br /></div><div><b><span style="color: #b45f06;">Sem Jesus nada podemos fazer, como os ramos sem a videira. E Ele - que o Senhor me permita dizê-lo - sem nós parece que nada pode fazer, pois o fruto é dado pelo ramo, não pela árvore, pela videira. Nesta comunidade, nesta intimidade de “permanecer” que é fecunda, o Pai e Jesus permanecem em mim e eu neles.</span></b></div><div><br /></div><div><b>E qual é – vem-me à mente - a “<i>necessidade</i>” que a videira tem dos ramos? É dar frutos. Qual é a “<i>necessidade</i>” - digamos assim, com um pouco de audácia - qual é a “<i>necessidade</i>” que Jesus tem de nós? O testemunho. </b>Quando no Evangelho diz que somos luz, afirma: «<i>Sede luz, para que os homens “vejam as vossas boas obras e deem glória ao vosso Pai</i>” (Mt 5, 16)», ou seja, <b>o testemunho é a necessidade que Jesus tem de nós. Dar testemunho do seu nome, pois a fé, o Evangelho, cresce pelo testemunho.</b></div><div><br /></div><div><b><span style="color: #b45f06;">Este é um modo misterioso: Jesus glorificado no céu, depois de ter passado pela Paixão, precisa do nosso testemunho para fazer crescer, para anunciar, para que a Igreja cresça. E este é o mistério recíproco do “permanecer”. </span></b>Ele, o Pai e o Espírito permanecem em nós, e nós permanecemos em Jesus.</div><div><br /></div><div>Far-nos-á bem pensar e refletir sobre isto: permanecer em Jesus; e Jesus permanece em nós. <b>Permanecer em Jesus para ter a seiva, a força, a justificação, a gratuidade, a fecundidade. E Ele permanece em nós para nos dar a força de [dar] fruto </b>(cf. Jo 5, 15), para nos dar a força do testemunho com o qual a Igreja cresce.</div><div><br /></div><div>E interrogo-me: "<i>Qual é a relação entre Jesus que permanece em mim e eu que permaneço nele</i>?" <b><span style="color: #b45f06;">É uma relação de intimidade, uma relação mística, uma relação sem palavras.</span></b> “Mas padre, isto é para os místicos!”. Não, isto é para todos nós. Com pequenos pensamentos: “<i>Senhor, sei que Tu estás aqui [em mim]: dá-me força e farei o que Tu me disseres!</i>”. Este diálogo de intimidade com o Senhor. <b>O Senhor está presente, o Senhor está presente em nós, o Pai está presente em nós, o Espírito está presente em nós; permanecem em nós. Mas devo permanecer neles...</b></div><div><br /></div><div><b><span style="color: #b45f06;">Que o Senhor nos ajude a compreender, a sentir esta mística do permanecer</span></b>, sobre a qual Jesus insiste tanto, tanto, tanto! <b>Muitas vezes nós, quando falamos da videira e dos ramos, detemo-nos na figura, na profissão do agricultor, do Pai: que aquele [o ramo] que dá fruto é cortado, isto é, podado, e aquele que não o dá é cortado e lançado fora </b>(cf. Jo 15, 1-2). </div><div><br /></div><div>É verdade, faz isto, mas não é tudo, não. Há algo mais. </div><div><br /></div><div>Esta é a ajuda: as provações, as dificuldades da vida, até as correções que o Senhor nos faz. Mas não paremos aqui. <b>Entre a videira e os ramos existe este permanecer íntimo. </b>Os ramos, nós, precisamos da seiva, a videira tem necessidade dos frutos, do testemunho.</div><div><br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;">Papa Francisco</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: xx-small;">Fonte: <a href="https://www.vatican.va/content/francesco/pt/cotidie/2020/documents/papa-francesco-cotidie_20200513_come-itralci-e-lavite.html"><span style="color: #b45f06;">https://www.vatican.va/content/francesco/pt/cotidie/2020/documents/papa-francesco-cotidie_20200513_come-itralci-e-lavite.html</span></a></span></div></span></div>Renata P. Espíndola http://www.blogger.com/profile/13012306340296220264noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8458424331272517099.post-58892517272323280962021-09-07T22:40:00.032-03:002021-11-20T12:45:18.166-03:00Mensagem assinada em conjunto pelo Papa Francisco, o Patriarca Ecumênico Bartolomeu I e o Arcebispo de Cantuária, Justin Welby, para a Proteção da Criação<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans; font-size: x-small;"><i><span style="color: #b45f06;"> </span><span style="color: #444444;">Tradução: Renata P. Espíndola</span></i></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans; font-size: x-small;"><i><span style="color: #444444;"><br /></span></i></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #b45f06; font-size: xx-small;"><i><br /></i></span></span><span style="font-family: Open Sans;">Por mais de um ano, todos nós experimentamos os efeitos devastadores de uma pandemia global - todos nós, ricos ou pobres, fracos ou fortes. <b>Alguns eram mais protegidos ou mais vulneráveis do que outros, mas a rápida disseminação da infecção nos tornou dependentes uns dos outros em nossos esforços para permanecer seguros</b>.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><b><br /></b></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><b>Percebemos que, em face desta calamidade global, ninguém está seguro até que todos estejam seguros, que nossas ações realmente afetam os outros e que o que fazemos hoje afeta o que acontece amanhã</b>.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><br /></span><span style="font-family: Open Sans;"><b>Essas não são lições novas, mas tivemos que enfrentá-las novamente</b>. Espero que não percamos este momento. Devemos decidir que tipo de mundo queremos deixar para as gerações futuras. Deus ordena: "<i><b><span style="color: #b45f06;">Escolhe a vida, para que tu e a tua descendência vivam</span></b></i>" (Dt 30, 19). <b>Devemos escolher viver de maneira diferente; devemos escolher a vida.</b></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><b><br /></b></span><span style="font-family: Open Sans;"><b>Muitos cristãos celebram setembro como a época da criação, uma oportunidade de orar e cuidar da criação de Deus</b>. Enquanto os líderes mundiais se preparam para se reunir em Glasgow em novembro para deliberar sobre o futuro de nosso planeta, oramos por eles e consideramos as decisões que todos devemos tomar. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><br /></span><span style="font-family: Open Sans;">Consequentemente, como líderes de nossas Igrejas, apelamos a todos, seja qual for sua crença ou cosmovisão, a<b><span style="color: #b45f06;"> se esforçarem para ouvir o clamor da terra e das pessoas que são pobres, examinando seu comportamento e se comprometendo a fazer sacrifícios significativos pelo bem da terra que Deus nos deu</span></b>.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><br /></span><span style="font-family: Open Sans;"><br /><div style="text-align: center;"><b>A importância da sustentabilidade</b></div></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><b><br /></b></span><span style="font-family: Open Sans;"><br /></span><span style="font-family: Open Sans;">Em nossa tradição cristã comum, as escrituras e os santos fornecem perspectivas iluminadoras para a compreensão tanto das realidades do presente quanto da promessa de algo maior do que o que vemos agora. <b>O conceito de mordomia - responsabilidade individual e coletiva pelo dom que Deus nos deu - representa um ponto de partida vital para a sustentabilidade social, econômica e ambiental</b>. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><br /></span><span style="font-family: "Open Sans";">No Novo Testamento, lemos sobre o homem rico e tolo que armazena grandes riquezas de trigo enquanto se esquece de sua finitude (Lc 12: 13-21). Também conhecemos o filho pródigo que exige a sua herança com antecedência, só para esbanjá-la e acabar com fome (Lc 15,11-32). </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";"><b><br /></b></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";"><b>Somos avisados de que não devemos adotar soluções de curto prazo e aparentemente baratas para construir na areia, em vez de construir na rocha, para que nossa casa comum resista às tormentas</b> (Mt 7,24-27). Essas histórias nos convidam a uma perspectiva mais ampla e a reconhecer nosso lugar na história universal da humanidade.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";"><br /></span><span style="font-family: Open Sans;">Mas temos tomado a direção oposta. <b><span style="color: #b45f06;">Maximizamos nosso interesse próprio às custas das gerações futuras.</span> Ao nos concentrarmos em nossa riqueza, descobrimos que os ativos de longo prazo, incluindo a riqueza da natureza, são esgotados para benefícios de curto prazo.</b> </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;">A tecnologia abriu novas possibilidades de progresso, mas também de acumulação desenfreada de riqueza, e <b>muitos de nós nos comportamos de uma maneira que demonstra pouca preocupação com as outras pessoas ou com os limites do planeta</b>. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><br /></span><span style="font-family: Open Sans;"><b>A natureza é resistente, mas também delicada. Já estamos vendo as consequências de nossa recusa em protegê-la e preservá-la</b> (Gn 2,15). Agora, neste momento, temos a oportunidade de nos arrepender, de dar uma volta decisiva, de ir na direção oposta. <b>Devemos perseguir a generosidade e a justiça na maneira como vivemos, trabalhamos e usamos o dinheiro, ao invés de uma ganância egoísta</b>.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: Open Sans;"><b>O impacto nas pessoas que vivem na pobreza</b></span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: Open Sans;"><b><br /></b></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><br /></span><span style="font-family: Open Sans;"><b><span style="color: #b45f06;">A atual crise climática diz muito sobre quem somos e como vemos e tratamos a criação de Deus.</span></b> Estamos diante de uma justiça implacável: a perda da biodiversidade, a degradação ambiental e as mudanças climáticas são as <b>consequências inevitáveis de nossas ações, pois temos avidamente consumido mais recursos da Terra do que o planeta pode suportar</b>. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;">Mas também enfrentamos uma profunda injustiça: <b>as pessoas que sofrem as consequências mais catastróficas desses abusos são as mais pobres do planeta e as que menos têm a responsabilidade de causá-los</b>. </span></div><div style="text-align: justify;"><b style="color: #b45f06; font-family: "Open Sans";"><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><b style="color: #b45f06; font-family: "Open Sans";">Servimos a um Deus de justiça, que se deleita na criação e cria cada pessoa à imagem e semelhança de Deus, mas que também ouve o clamor dos pobres. Conseqüentemente, há um chamado inato dentro de nós para responder com angústia quando vemos uma injustiça tão devastadora.</b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><div><span style="font-family: Open Sans;">Hoje estamos pagando o preço. O clima extremo e os desastres naturais dos últimos meses nos revelam mais uma vez com grande força e com grande custo humano que <b>as mudanças climáticas não são apenas um desafio futuro, mas uma questão imediata e urgente de sobrevivência</b>. Inundações, incêndios e secas generalizadas ameaçam continentes inteiros. O nível do mar sobe, forçando muitas comunidades a se mudarem; ciclones devastam regiões inteiras, arruinando vidas e meios de subsistência. </span></div><div><br /></div><div><span style="font-family: Open Sans;"><b>A água tornou-se escassa e o abastecimento de alimentos inseguro, causando conflito e deslocamento de milhões de pessoas.</b> Já vimos isso em lugares onde as pessoas dependem de fazendas de pequena escala. </span></div><div><span style="font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div><span style="font-family: Open Sans;">Hoje vemos isso nos países mais industrializados, onde <b><span style="color: #b45f06;">nem mesmo infra-estruturas sofisticadas podem impedir completamente uma destruição extraordinária</span></b>.</span></div><div><br /></div><div><span style="font-family: Open Sans;">Amanhã pode ser pior. <b>As crianças e os adolescentes de hoje enfrentarão consequências catastróficas se não assumirmos agora a responsabilidade, como "<i>colaboradores de Deus</i>" (Gn 2,4-7), de sustentar o nosso mundo.</b> Freqüentemente ouvimos de jovens que entendem que seu futuro está ameaçado. </span></div><div><br /></div><div><span style="font-family: Open Sans;">Por isso, devemos escolher comer, viajar, gastar, investir e viver de maneira diferente, pensando não apenas nos juros e ganhos imediatos, mas também nos benefícios futuros. <b><span style="color: #b45f06;">Nos arrependemos dos pecados de nossa geração</span>. Estamos ao lado de nossos irmãos e irmãs mais novos ao redor do mundo em oração comprometida e ação determinada por um futuro que cada vez mais corresponde às promessas de Deus</b>.</span></div><div><br /></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: Open Sans;"><b><br /></b></span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: Open Sans;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://open.spotify.com/track/4eVklVgOJZTEBu9JUD5Og8?si=34fe7ad60a844e93" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;" target="_blank"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiBRZE4PFokzykIRYJKWhR6Pb8YScJqM_zXjfPqCcXZddI9R2lidvNqzl8ciA9gKbybj4023USTbBgf2-8tVv2UcW9tvQqd8MgapmHq1kBWX72b0teOajxEHar4V6JqqgJr4TTqqYXEm9I/w320-h320/Isa%25C3%25ADas+30%252C+15+%252833%2529.png" title="A atual crise climática diz muito sobre quem somos e como vemos e tratamos a criação de Deus." width="320" /></a></div></span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: Open Sans;"><b><br /></b></span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: Open Sans;"><b><br /></b></span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: Open Sans;"><b>O imperativo da cooperação</b></span></div><div><span style="font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div><br /></div><div><span style="font-family: Open Sans;"><b>Ao longo da pandemia, aprendemos o quão vulneráveis somos. <span style="color: #b45f06;">Nossos sistemas sociais estão desgastados e descobrimos que não podemos controlar tudo.</span> </b>Devemos reconhecer que a maneira como usamos o dinheiro e organizamos nossas sociedades não beneficiou a todos. <b>Nos descobrimos fracos e ansiosos, imersos em uma série de crises: sanitária, ambiental, alimentar, econômica e social, todas profundamente interligadas</b>.</span></div><div><br /></div><div><span style="font-family: Open Sans;">Essas crises nos apresentam uma escolha. Estamos em uma posição única para confrontá-los com miopia e especulação ou para aproveitá-los como uma oportunidade de conversão e transformação. <b><span style="color: #b45f06;">Se pensarmos na humanidade como uma família e trabalharmos juntos por um futuro baseado no bem comum, podemos nos encontrar vivendo em um mundo muito diferente. Juntos, podemos compartilhar uma visão de vida na qual todos prosperam. Juntos podemos escolher agir com amor, justiça e misericórdia. </span>Juntos, podemos caminhar em direção a uma sociedade mais justa e gratificante, com os mais vulneráveis no centro</b>.</span></div><div><br /></div><div><span style="font-family: Open Sans;">Mas isso envolve fazer mudanças. <b>Cada um de nós, individualmente, deve assumir a responsabilidade pela maneira como usamos nossos recursos. </b>Este caminho requer uma colaboração cada vez mais estreita entre todas as igrejas em seu compromisso com o cuidado da criação. <b>Juntos, como comunidades, igrejas, cidades e nações, devemos mudar o curso e descobrir novas formas de trabalhar juntos para quebrar as barreiras tradicionais entre os povos, parar de competir por recursos e começar a colaborar.</b></span></div><div><br /></div><div><span style="font-family: Open Sans;"><div><b>Para aqueles com responsabilidades de longo alcance - administrar administrações, administrar empresas, empregar pessoas ou investir fundos - dizemos: escolha benefícios centrados nas pessoas; fazer sacrifícios de curto prazo para salvaguardar todos os nossos futuros; tornar-se líderes na transição para economias justas e sustentáveis.</b> <b><span style="color: #b45f06;">“Aos que muito foi dado, muito será exigido”</span></b> (Lc 12,48).</div><div><br /></div><div><b>Esta é a primeira vez que nós três nos sentimos compelidos a abordar juntos a urgência da sustentabilidade ambiental, seu impacto na pobreza persistente e a importância da cooperação global.</b> Juntos, em nome de nossas comunidades, apelamos ao coração e à mente de cada cristão, cada crente e cada pessoa de boa vontade. Oramos por nossos líderes que se encontrarão em Glasgow para decidir o futuro de nosso planeta e seu povo. Mais uma vez, recordamos a Escritura: "<i>Escolhe a vida, para que tu e a tua descendência vivam</i>" (Dt 30,19). <b>Escolher a vida significa fazer sacrifícios e exercer moderação.</b></div><div><br /></div><div>Todos nós, quem somos e onde quer que estejamos, podemos desempenhar um papel na mudança de nossa resposta coletiva à ameaça sem precedentes da mudança climática e da degradação ambiental.</div><div><br /></div><div><b><span style="background-color: #fcff01; color: red;">Cuidar da criação de Deus é um mandato espiritual que requer uma resposta comprometedora. </span></b>Este é um momento crítico. O futuro de nossos filhos e de nossa casa comum depende disso.</div><div><br /></div><div><br /></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">1 de setembro de 2021</span></div><div style="text-align: center;">Patriarca Bartolomeu I - Papa Francisco - Arcebispo de Cantebury Justin Welby</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: left;"><span style="font-size: xx-small;">Fonte: <a href="https://www.vatican.va/content/francesco/es/messages/pont-messages/2021/documents/20210901-messaggio-protezionedelcreato.html"><span style="color: #b45f06;">https://www.vatican.va/content/francesco/es/messages/pont-messages/2021/documents/20210901-messaggio-protezionedelcreato.html</span></a></span></div><div style="text-align: left;"><br /></div></span></div></div>Renata P. Espíndola http://www.blogger.com/profile/13012306340296220264noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8458424331272517099.post-70530883692665220812021-08-31T12:04:00.018-03:002021-11-20T22:03:25.567-03:00Na mesma data de entrega do Relatório Bruntland em 1987, S.S. São João Paulo II escrevia sobre solidariedade social à 10ª Conferência da UN-Habitat<div style="text-align: justify;"><div style="background-color: white; border: 0px; margin: 0px; padding: 0px;"><span style="color: #45818e; font-family: Open Sans; font-size: x-small;"><span style="border: 0px; margin: 0px; padding: 0px;"><span style="border: 0px; margin: 0px; padding: 0px;"><i style="border: 0px; margin: 0px; padding: 0px;">Aproveito alguns momentos de folga para compartilhar catequeses antigas, que foram realizadas em datas singulares para </i></span><i style="border: 0px; margin: 0px; padding: 0px;">o conhecimento d</i><i style="border: 0px; margin: 0px; padding: 0px;">os profissionais católicos romanos da área ambiental. Todos semearam para que Francisco pudesse ver os frutos se desenvolvendo, organizasse a diversidade de cultivos e desse instruções para que, até a colheita, muitos não se percam e a Criação - pela graça de Deus - possa su</i><i style="border: 0px; margin: 0px; padding: 0px;"><span>stentá-los. Quanto as datas citadas no título, </span></i></span><span style="background-color: transparent;"><span><i>não acredito em coincidências, mas na Providência... </i>😄</span></span></span></div><div style="background-color: white; border: 0px; margin: 0px; padding: 0px;"><span style="font-family: Open Sans; font-size: x-small;"><span style="background-color: transparent;"><span style="color: #b45f06;"><br /></span></span></span></div></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><div style="text-align: center;">* * * </div><div style="text-align: center;"><br /></div></span></div><div style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: Open Sans;">Para o Dr. Arcot Ramachandran,<br /></span><span style="font-family: Open Sans;">Diretor Executivo da “Habitat”</span></i></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><br /></span><span style="font-family: Open Sans;">Neste Ano Internacional dedicado aos desabrigados, apresento as minhas cordiais saudações a vós e a todos os participantes na 10ª sessão comemorativa do "<i>Habitat</i>", o Centro das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><br /></span><span style="font-family: Open Sans;">Desde o início, a Igreja teve um interesse ativo nas metas e atividades do Centro. Neste décimo aniversário da sua fundação, asseguro-vos que este interesse tem crescido ao longo dos anos, assim como a convicção da urgência vital de esforços coordenados para ajudar eficazmente os desabrigados ou àqueles com moradia inadequada.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><br /></span><span style="font-family: Open Sans;">É cada vez mais claro que o problema da habitação, como tantos outros problemas humanos em nosso mundo hoje, só pode ser resolvido com a cooperação de toda a comunidade internacional. Assim o declarei na minha Mensagem para o Dia Mundial da Paz de 1987: “<i><b><span style="color: #b45f06;">O desafio urgente que nos é apresentado consiste na necessidade de adotar uma atitude de solidariedade social com toda a família humana e com tal atitude enfrentarmos todas as situações sociais e políticas</span></b></i> ”.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><br /></span><span style="font-family: Open Sans;">A Habitat está em condições de encorajar e fomentar exatamente essa atitude e de ajudar nos esforços para colocá-la em prática, especialmente no que diz respeito ao bem-estar das pessoas que sofrem com uma moradia inadequada.<b> Embora o número de desabrigados e de pessoas sem um refúgio digno continue a crescer, não deveríamos esperar que o desejo de ajudá-los também cresça cada vez mais? </b></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><b>Rogo a Deus para que vejamos muitos setores da comunidade mundial empenhados no planejamento e implementação de estratégias de habitação, esforços que manifestarão uma atitude prática de solidariedade social com todos os necessitados.</b></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><br /></span><span style="font-family: Open Sans;">Sobre vós e sobre todos os participantes da sessão em Nairóbi, invoco os dons de sabedoria e paz de Deus.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><br /><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">20 de março de 1987</span></div></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><div style="text-align: center;">Papa João Paulo II</div><div style="text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://www.vatican.va/content/john-paul-ii/pt.html" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;" target="_blank"><img border="0" data-original-height="403" data-original-width="403" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCLoEW2hQvp1hJXd2Yrj7zhLp6cvFHTC9xUk1U0YbJyL1i4HoKGV2Jtu-7J4d6A7xul8N56umm84b5SrQPkY9fwrHu-P-XsHsZpu_eZ-hlrVQRhH5rioAkeLl6ZrP3lYSzWcy1U03x1ck/w320-h320/9f5ca68764c336e645d60aad4d077e43.jpg" title="Meu "avô" tão querido... Queria tanto que muitos sacerdotes pudessem ter um décimo do fogo do vosso amor por Deus..." width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: left;"><span style="font-size: xx-small;">Fonte: <a href="https://www.vatican.va/content/john-paul-ii/es/letters/1987/documents/hf_jp-ii_let_19870320_habitat-nairobi.html"><span style="color: #b45f06;">https://www.vatican.va/content/john-paul-ii/es/letters/1987/documents/hf_jp-ii_let_19870320_habitat-nairobi.html</span></a></span></div></span></div>Renata P. Espíndola http://www.blogger.com/profile/13012306340296220264noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8458424331272517099.post-81129697650033925342021-08-31T11:33:00.014-03:002021-11-20T14:05:49.830-03:00Mensagem de S.S. Paulo VI para a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento e Meio Ambiente Humano em Estocolmo - 1972<div style="text-align: left;"><div style="text-align: justify;"><div><span style="color: #b45f06; font-family: Open Sans; font-size: x-small;"><i><br /></i></span></div><div><span style="color: #45818e; font-family: Open Sans; font-size: x-small;"><span><i>Aproveito alguns momentos de folga para compartilhar catequeses antigas, que foram realizadas em datas singulares para </i></span><i>o conhecimento d</i><i>os profissionais católicos romanos da área ambiental. Todos semearam para que Francisco pudesse ver os frutos se desenvolvendo, organizasse a diversidade de cultivos e desse instruções para que, até a colheita, muitos não se percam e a Criação - pela graça de Deus - possa sustentá-los.</i></span></div><div><span style="font-family: Open Sans; font-size: x-small;"><i style="color: #b45f06;"><br /></i></span></div><div style="text-align: center;">* * * </div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><div style="text-align: justify;">Sr. Secretário Geral,</div><div style="text-align: justify;"><br /></div></span></div><div style="text-align: left;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: "Open Sans";"><span style="color: #444444;"><br /></span></span></div><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><div style="text-align: justify;">Por ocasião da abertura da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, cuja preparação Vossa Excelência assegurou com zelo e competência, gostaríamos de manifestar a Vossa Excelência e a todos os participantes o interesse com que acompanhamos este grande empreendimento. <b>A preocupação em preservar e melhorar o meio natural, bem como a nobre ambição de estimular um primeiro gesto de cooperação mundial a favor deste bem necessário para todos, respondem a imperativos profundamente sentidos pelos homens do nosso tempo</b>.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div></span><span style="font-family: Open Sans;"><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444;">Com efeito, hoje surge a </span><b><span style="background-color: #fcff01; color: red;">consciência de que o homem e o seu meio natural são, como nunca antes, inseparáveis: o meio ambiente condiciona - essencialmente - a vida e o desenvolvimento do homem</span></b><span style="color: #444444;">; este, por sua vez, aperfeiçoa e enobrece o meio ambiente com sua presença, seu trabalho, sua contemplação.</span></div><div style="color: #444444; text-align: justify;"><br /></div></span><span style="font-family: Open Sans;"><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444;">Mas </span><b style="color: #444444;">a capacidade criativa do homem não produzirá frutos autênticos e duradouros, exceto na medida em que o homem respeite as leis que regem o impulso vital e a capacidade regenerativa da natureza: um e outro são, portanto, solidários e compartilham um futuro temporário comum</b><span style="color: #444444;">. </span><b><span style="color: #b45f06;">Devemos também chamar a atenção da humanidade para substituir o ímpeto, muitas vezes cego e brutal, do progresso material abandonado ao seu único dinamismo, pelo respeito pela biosfera enquadrado numa visão global dos seus domínios que se tornam "uma só terra"</span></b><span style="color: #444444;">, para usar o lindo slogan da Conferência.</span></div><div style="color: #444444; text-align: justify;"><br /></div></span><span style="font-family: Open Sans;"><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444;">A supressão das distâncias graças ao avanço das comunicações, o estabelecimento de laços cada vez mais estreitos entre os povos devido ao desenvolvimento econômico, a crescente submissão das forças da natureza à ciência e à tecnologia, a multiplicação das relações <b>Os seres humanos acima das barreiras das nacionalidades e raças.</b> </span><b><span style="color: #b45f06;">São tantos os fatores de interdependência para melhor ou para pior, para a esperança de salvação ou para o perigo de desastre</span></b><span style="color: #444444;">. <b>Um abuso, uma deterioração causada em uma parte do mundo tem suas repercussões em outros lugares e pode alterar a qualidade de vida de outras pessoas</b>, muitas vezes sem seu conhecimento e sem culpa própria.</span></div><div style="color: #444444; text-align: justify;"><br /></div></span><span style="font-family: Open Sans;"><div style="text-align: justify;"><b style="color: #444444;">O homem, aliás, sabe com certeza que o progresso científico e técnico, apesar de seus aspectos promissores para a promoção de todos os povos, traz em si, como todas as obras humanas, seu forte fardo de ambivalência para o bem e para o bem. </b><span style="color: #444444;">É, sobretudo, a aplicação que a inteligência deve fazer de suas descobertas com fins destrutivos, como </span><b style="color: #444444;">é o caso das armas atômicas, químicas e bacteriológicas, e tantos outros instrumentos de guerra, grandes ou pequenos, no que diz respeito às armas</b><span style="color: #444444;">. </span></div><div style="text-align: justify;"><b><span style="color: #b45f06;"><br /></span></b></div><div style="text-align: justify;"><b><span style="color: #444444;">A consciência moral não sente nada além de horror</span></b><span style="color: #444444;">. </span><b><span style="background-color: #fcff01; color: red;">E, como ignorar os desequilíbrios causados na biosfera pela exploração, sem ordem, das reservas físicas do planeta, mesmo para fins de produção de coisas úteis, bem como o desperdício de reservas naturais não renováveis, contaminação do solo, da água , ar, espaço, com seus ataques à vida vegetal e animal?</span></b></div><div style="color: #444444; text-align: justify;"><br /></div></span><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><div style="text-align: justify;"><b>Tudo isso contribui para empobrecer e deteriorar o meio ambiente do homem a ponto de ameaçar, dizem, sua própria sobrevivência.</b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div></span><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><div style="text-align: justify;">Por fim, devemos enfatizar fortemente o desafio que se coloca à nossa geração para que, deixando de lado os objetivos parciais e imediatos, ofereça aos homens de amanhã uma terra que lhes seja hospitaleira.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div></span><span style="font-family: Open Sans;"><div style="text-align: justify;"><b><span style="color: #b45f06;">A corresponsabilidade deve doravante responder à interdependência; a solidariedade deve corresponder à comunidade de destino. </span></b><b style="color: #444444;"><span style="color: #444444;">Tudo isso não será alcançado recorrendo a soluções fáceis. </span><span style="background-color: #fcff01; color: red;">Assim como o problema demográfico não se resolve limitando indevidamente o acesso à vida</span><span style="color: #444444;">, </span><span style="color: #b45f06;">o problema ambiental também não pode ser enfrentado apenas com medidas técnicas.</span><span style="color: #444444;"> </span></b></div></span><span style="font-family: Open Sans;"><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444;">Estes são essenciais e a vossa Assembleia deverá estudá-los e propor os meios adequados para retificar a situação. Por exemplo, <b>é bastante evidente que sendo a indústria uma das principais causas da poluição, é absolutamente necessário que aqueles que a dirigem aperfeiçoem seus métodos e encontrem os meios - sem prejudicar, na medida do possível, a produção - de eliminar completamente os causas da poluição, ou pelo menos reduzi-las</b>.</span></div><div style="color: #444444; text-align: justify;"><br /></div></span><span style="font-family: Open Sans;"><div style="text-align: justify;"><b><span style="color: #b45f06;">Nesse trabalho de remediação, fica evidente também que o químico tem um papel importante e grande esperança se deposita em sua capacidade profissional.</span></b></div><div style="color: #444444; text-align: justify;"><br /></div></span><span style="font-family: Open Sans;"><div style="text-align: justify;"><b><span style="color: #b45f06;">Mas todas as medidas técnicas seriam ineficazes se não fossem acompanhadas pela consciência da necessidade de uma mudança radical de mentalidades</span></b><span style="color: #444444;">. <b>Todos são chamados a agir com lucidez e coragem.</b> Nossa civilização, tentada a avançar em suas realizações prodigiosas por meio da dominação despótica do meio ambiente humano, saberá como descobrir com o tempo a maneira de controlar seu crescimento?</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #444444; font-size: x-small;">01 de junho de 1972</span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #444444;">Papa Paulo VI</span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #444444;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #444444;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://open.spotify.com/track/5AONzey37Ile7DF2PTh1cp?si=a4da912426164ac7" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;" target="_blank"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbN6553pXO5E5HLuivYVKQXlcVmFhb1xrAJUwQHVxKyiMmoQoKk0pcID-UnwA5C4m7Jrg2JxINDH7KVn28QCzsJ_90es63Y33EAfNrtjlyb67jB89ic7vD3FQTFhbwsxkcA4-LwoozQas/w320-h320/Isa%25C3%25ADas+30%252C+15+%252834%2529.png" title=""Com efeito, hoje surge a consciência de que o homem e o seu meio natural são, como nunca antes, inseparáveis: o meio ambiente condiciona - essencialmente - a vida e o desenvolvimento do homem; este, por sua vez, aperfeiçoa e enobrece o meio ambiente com sua presença, seu trabalho, sua contemplação." - Papa Paulo VI" width="320" /></a></div><span style="color: #444444;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: xx-small;"><span style="color: #444444;">Fonte: </span><span style="text-align: left;"><a href="https://www.vatican.va/content/paul-vi/es/messages/pont-messages/documents/hf_p-vi_mess_19720605_conferenza-ambiente.html"><span style="color: #b45f06;">https://www.vatican.va/content/paul-vi/es/messages/pont-messages/documents/hf_p-vi_mess_19720605_conferenza-ambiente.html</span></a></span></span></div></span></div>Renata P. Espíndola http://www.blogger.com/profile/13012306340296220264noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8458424331272517099.post-52195386380918283472021-08-31T11:15:00.018-03:002021-10-30T11:05:34.741-03:00Mensagem de S.S. Paulo VI para a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento e Meio Ambiente Humano na ocasião do V Dia Mundial do Meio Ambiente - 1977<div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #b45f06; font-family: Open Sans; font-size: x-small;"><i>Aproveito alguns momentos de folga para compartilhar catequeses antigas, que foram realizadas em datas singulares para o conhecimento dos profissionais católicos romanos da área ambiental. Todos semearam para que Francisco pudesse ver os frutos se desenvolvendo, organizasse a diversidade de cultivos e desse instruções para que, até a colheita, muitos não se percam e a Criação - pela graça de Deus - possa sustentá-los.</i></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #b45f06; font-family: Open Sans; font-size: x-small;"><i><br /></i></span></div><div style="text-align: center;">* * * </div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">“<i>E Deus viu todas as coisas que havia feito, e eram muito boas</i>” (Gn 1:51).</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">Este texto antigo, tão simples e ao mesmo tempo tão profundo, lembra a todos nós hoje que <b>temos que considerar e aceitar o mundo em que vivemos, esta Criação, como boa, como um todo. Bom, porque é um presente de Deus; bom, porque constitui o ambiente no qual todos nós fomos colocados e no qual somos chamados a viver a nossa vocação em solidariedade uns com os outros.</b></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">Nos últimos anos, tem havido uma consciência crescente em todo o mundo de que "<i><b>o meio ambiente condiciona essencialmente a vida e o desenvolvimento do homem; o homem, por sua vez, aperfeiçoa e enobrece o meio ambiente com sua presença, seu trabalho, sua contemplação</b></i>" (Mensagem à Conferência de Estocolmo sobre o Meio Ambiente; L'Osservatore Romano, Edição em Língua Espanhola, 18 de junho de 1972, p. 1)</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">Portanto, <b>é muito reconfortante ver os membros das Nações Unidas proclamarem um Dia Mundial do Meio Ambiente, para que todos, em todos os lugares, possam aproveitar esta oportunidade para celebrar os bens desta terra e compartilhá-los de forma mais consciente e igualitária com todos os seus irmãos e irmãs</b>.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #b45f06; font-family: Open Sans;"><b>Essa consciência do nosso meio ambiente é mais urgente hoje do que nunca</b></span><span style="font-family: Open Sans;"><span style="color: #444444;">. Porque os homens, que têm os meios e a capacidade de construir e enobrecer o mundo ao seu redor, também podem destruí-lo e esbanjar seus bens. </span><b><span style="background-color: #fcff01; color: red;">A ciência e a tecnologia humanas alcançaram objetivos maravilhosos. Mas você tem que ter cuidado para que eles sejam usados para aumentar a vida humana, não para diminuí-la</span></b><span style="color: #444444;">. O esforço humano trouxe muita riqueza para fora da terra. Mas </span><b><span style="color: #b45f06;">esta riqueza não deve ser desperdiçada supérflua por uma minoria, nem egoisticamente acumulada para o benefício de uns poucos às custas do resto da humanidade necessitada</span></b><span style="color: #444444;">.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">Por isso, a celebração deste Dia do Meio Ambiente em que vivemos deve ser ao mesmo tempo um apelo à união de todos nós, guardiães da Criação de Deus. <b>Deve ser um caminho para renovar o nosso empenho na tarefa de preservar, melhorar e dar às gerações futuras um ambiente saudável, no qual cada pessoa se sinta realmente em casa</b> (cf. Mensagem citada).</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><b style="color: #444444;">O propósito de tal apelo requer mais do que uma mera renovação de esforços. Exige uma mudança de mentalidade, uma conversão de atitudes e práticas, para que os ricos usem voluntariamente menos os bens da terra e os compartilhem de forma mais ampla e sábia.</b> <b><span><span style="background-color: #fcff01;"><span style="color: red;">Exige simplicidade no estilo de vida e uma sociedade que saiba conservar de forma inteligente, em vez de consumir desnecessariamente</span></span><span style="color: #b45f06;">.</span></span></b><span style="color: #444444;"> <b>Exige, por fim, um sentido universal de solidariedade, no qual cada pessoa e cada nação desempenhe o seu papel próprio e interdependente, para garantir um ambiente ecologicamente saudável para as pessoas de hoje e para as gerações futuras</b>.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">“<i>Tudo o que é criado por Deus é bom</i>”, escreveu o apóstolo Paulo. <b>Rezamos intensamente para que este Dia do Meio Ambiente seja uma ocasião para todos e em todos os lugares se alegrarem com a sabedoria deste grito</b> e se comprometerem a compartilhar e preservar fraternalmente um meio ambiente puro, como patrimônio comum de toda a humanidade.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">Papa Paulo VI</span></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://www.vatican.va/content/paul-vi/pt.html" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;" target="_blank"><img border="0" data-original-height="1374" data-original-width="2048" height="269" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhezPM_5UVFJJgcvJwLu_wiGBV63DUBFDdL39MwTF4N7yV1H6zCiwITjMUecIP3Eh6hLqwIAU9YkwarNo3QKhyphenhyphenGsMVs6kceA9slCW5LpRsfJh4RgGzE5FmgUu8pJPCyM6P6Q8JvvrFft3M/w400-h269/maxresdefault-1-e1483388275649-7bcde110.jpg" title=""Clique na imagem e vá para a biografia do Papa Paulo VI no site da Santa Sé"" width="400" /></a></div><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: xx-small;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">Fonte: </span><span style="text-align: left;"><span style="color: #b45f06; font-family: Open Sans;"><a href="https://www.vatican.va/content/paul-vi/es/messages/pont-messages/documents/hf_p-vi_mess_19720605_conferenza-ambiente.html">https://www.vatican.va/content/paul-vi/es/messages/pont-messages/documents/hf_p-vi_mess_19720605_conferenza-ambiente.html</a></span></span></span></div>Renata P. Espíndola http://www.blogger.com/profile/13012306340296220264noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8458424331272517099.post-27230633694315600552021-08-31T01:51:00.013-03:002021-10-30T11:07:56.110-03:00Paulo VI e um excerto de uma audiência geral em 19.01.1972.<div style="text-align: justify;"><span style="color: #45818e; font-family: Open Sans; font-size: x-small;"><i>Há quase cinquenta anos... Por curiosidade, fui procurar algo no ano em que nasci e encontrei uma mensagem curta e profunda pertinho do meu aniversário. Ah, a vaidade humana! </i>😄</span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: center;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">* * *</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">Procure colocar sua mente, seu espírito, na verdade sua consciência de viver diante do acúmulo de questões importantes, aquelas relativas à origem do universo, o sentido da vida, a ansiedade de saber o destino da humanidade, o fenômeno religioso que pretende para responder a esses problemas, absorvendo e superando o que a ciência e a filosofia podem nos dizer sobre isso.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">E tentar colocar o fato cristão no meio e acima dessas questões, que reconhecidas em suas necessidades ilimitadas chamamos de trevas, mas que em comparação com o próprio fato cristão se tornam mais claras e nos permitem vislumbrar sua profundidade misteriosa e ao mesmo tempo uma certa novidade própria, uma beleza maravilhosa, e ouvirás ecoar em ti, como se fossem pronunciadas neste preciso momento, as conhecidas palavras do Evangelho de João: "<b><i>A luz brilha nas trevas</i></b>" (Io. 1, 5).</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #b45f06; font-family: Open Sans;"><b>O panorama do cosmos é iluminado como se o sol tivesse nascido da noite, as coisas mostram sua ordem encantadora e ainda explorável; e o homem, quase rindo e tremendo de alegria, passa a se conhecer e se descobre como o viajante privilegiado que caminha, mínimo e máximo no palco do mundo, com a consciência simultânea de ter o direito e a capacidade de dominá-lo, e de ter o dever e a possibilidade de transcendê-lo no fascínio de uma nova relação que o domina: o diálogo com Deus; um diálogo que se abre assim: “<i>Pai nosso, que estás nos céus... </i>"</b></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #b45f06; font-family: Open Sans;"><b><br /></b></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #b45f06; font-family: Open Sans;"><b><br /></b></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><div class="separator" style="clear: both; color: #b45f06; text-align: center;"><a href="https://www.nasa.gov/content/goddard/one-giant-sunspot-6-substantial-flares/" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;" target="_blank"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="2048" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgusxmiDze5Ie4V63WuzKJpicG9KIU50n0bbIr6MdvWBXmVM7ttuQ3VzTokNhHIUy56usjWnC4Apxfhp0myhFuTTinvoyT0jvUItdA5DV7cIBPi6lDPZ1QD6k-cjTdDBVyQ4C8qctGjGM8/w400-h400/304.171full.jpg" title="Clique na imagem e vá para o site da NASA Goddard" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: #444444; font-size: xx-small;">Fonte: NASA (2014)</span></div><b style="color: #b45f06;"><br /></b></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><br /><span style="color: #444444;">Não é um sonho, não é uma fantasia, não é uma alucinação. É simplesmente o efeito primário e normal do Evangelho, de sua luz na tela de uma alma, que se abriu para seus raios. Como é chamada essa projeção de luz? É chamada de Revelação. E como se chama essa abertura da alma? É chamada de fé.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: Open Sans;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: xx-small;"><span style="color: #444444; font-family: Open Sans;">Fonte: </span><span style="text-align: left;"><span style="color: #b45f06; font-family: Open Sans;"><a href="https://www.vatican.va/content/paul-vi/it/audiences/1972/documents/hf_p-vi_aud_19720119.html">https://www.vatican.va/content/paul-vi/it/audiences/1972/documents/hf_p-vi_aud_19720119.html</a></span></span></span></div>Renata P. Espíndola http://www.blogger.com/profile/13012306340296220264noreply@blogger.com0