O Papa Bento XVI lançou ao mundo no último dia 06, um apelo para que prossiga o caminho até um mundo sem armas nucleares. Ao término da audiência geral, na Praça de São Pedro, o Papa se dirigiu aos participantes da conferência quinquenal de revisão do Tratado sobre a Não-Proliferação de Armas Nucleares, que começou na segunda-feira em Nova York diante das Nações Unidas e que terá duração até dia 28 de maio, invocando iniciativas concretas de paz.
"O processo para um desarmamento nuclear certo e seguro está estreitamente conectado com o pleno e solícito cumprimento dos compromissos internacionais. A paz, de fato, repousa sobre a confiança e sobre o respeito das obrigações assumidas, e não só sobre o equilíbrio de forças. Com este espírito apoio as iniciativas de que prossigam num progressivo desarmamento e a criação de zonas livres de armas nucleares, na perspectiva de sua completa eliminação do planeta. Exorto, finalmente, a todos os participantes na reunião de Nova York a superar os condicionamentos da história e a tecer pacientemente a trama política e econômica da paz, para ajudar ao desenvolvimento humano integral e as autênticas aspirações dos povos", afirmou Bento XVI.
O tratado que foi assinado em 1º de julho de 1968 em Londres, Moscou e Washington, entrando em vigor dia 5 de março de 1970, surgiu com o objetivo de restringir a difusão indiscriminada das armas nucleares, limitando sua possessão aos Estados reconhecidos como "militarmente nucleares": Estados Unidos, União Soviética, Grã-Bretanha, França e China, que aderiram em 1992.
Substancialmente, o tratado proíbe os Estados que firmaram o acordo a não se disporem do armamento nuclear, receber ou fabricar estes armamentos ou procurar tecnologias e material utilizável para a construção de armamento nuclear, proibindo aos "Estados nucleares" ceder aos outros armas nucleares ou tecnologia para construí-las. O tratado prevê a transferência de material e tecnologia nuclear com usos pacíficos, sob o controle estrito da IAEA (Agência Internacional para a Energia Atômica).
Em 2000 foi dado um importante passo ao aprovar um documento, os "Treze Pontos", que previa entre outras coisas a proibição completa dos testes nucleares e o compromisso dos Estados de se desarmarem unilateralmente. Contudo, a revisão de 2005 teve resultados desastrosos, e os Estados nucleares não aceitaram este documento como base para as discussões. Atualmente o Tratado foi firmado por 188 países. Não entra nessa lista Índia, Paquistão e Israel.
Gareth Evans, copresidente da Comissão Internacional para a Não-Proliferação e Desarmamento Nuclear, salienta em um artigo da edição de hoje do L'Osservatore Romano que "este ano a ratificação também terá uma crucial importância, por parte do Senado americano, do novo tratado entre Estados Unidos e Rússia para limitar o desenvolvimento de armas nucleares estratégicas. Não porque os benefícios desse acordo sejam muito relevantes, mas porque se trata do fundamento de toda redução dos armamentos por parte de ambas superpotências. De fato, estas possuem 95% do estoque mundial de 23.000 cabeças nucleares, que equivalem a 150.000 bombas de Hiroshima e que potencialmente podem destruir o mundo várias vezes".
"Além disso", continuou, "segundo o relatório publicado recentemente pela Comissão internacional sobre a não-Proliferação nuclear e sobre o desarmamento, Eliminating Nuclear Threats: A Practical Agenda for Global Policymaker, as ameaças levantadas pelas armas nucleares tanto por Governos como por terroristas, são muito reais, maiores agora que antes e quando um país possui armas nucleares, outros também as querem. Se estas armas continuarem existindo, antes ou depois serão usadas, por equívoco, por erro de cálculo ou intencionalmente, qualquer uso que se faça delas será catastrófico para a vida dessa planeta", concluiu.
"O processo para um desarmamento nuclear certo e seguro está estreitamente conectado com o pleno e solícito cumprimento dos compromissos internacionais. A paz, de fato, repousa sobre a confiança e sobre o respeito das obrigações assumidas, e não só sobre o equilíbrio de forças. Com este espírito apoio as iniciativas de que prossigam num progressivo desarmamento e a criação de zonas livres de armas nucleares, na perspectiva de sua completa eliminação do planeta. Exorto, finalmente, a todos os participantes na reunião de Nova York a superar os condicionamentos da história e a tecer pacientemente a trama política e econômica da paz, para ajudar ao desenvolvimento humano integral e as autênticas aspirações dos povos", afirmou Bento XVI.
O tratado que foi assinado em 1º de julho de 1968 em Londres, Moscou e Washington, entrando em vigor dia 5 de março de 1970, surgiu com o objetivo de restringir a difusão indiscriminada das armas nucleares, limitando sua possessão aos Estados reconhecidos como "militarmente nucleares": Estados Unidos, União Soviética, Grã-Bretanha, França e China, que aderiram em 1992.
Substancialmente, o tratado proíbe os Estados que firmaram o acordo a não se disporem do armamento nuclear, receber ou fabricar estes armamentos ou procurar tecnologias e material utilizável para a construção de armamento nuclear, proibindo aos "Estados nucleares" ceder aos outros armas nucleares ou tecnologia para construí-las. O tratado prevê a transferência de material e tecnologia nuclear com usos pacíficos, sob o controle estrito da IAEA (Agência Internacional para a Energia Atômica).
Em 2000 foi dado um importante passo ao aprovar um documento, os "Treze Pontos", que previa entre outras coisas a proibição completa dos testes nucleares e o compromisso dos Estados de se desarmarem unilateralmente. Contudo, a revisão de 2005 teve resultados desastrosos, e os Estados nucleares não aceitaram este documento como base para as discussões. Atualmente o Tratado foi firmado por 188 países. Não entra nessa lista Índia, Paquistão e Israel.
Gareth Evans, copresidente da Comissão Internacional para a Não-Proliferação e Desarmamento Nuclear, salienta em um artigo da edição de hoje do L'Osservatore Romano que "este ano a ratificação também terá uma crucial importância, por parte do Senado americano, do novo tratado entre Estados Unidos e Rússia para limitar o desenvolvimento de armas nucleares estratégicas. Não porque os benefícios desse acordo sejam muito relevantes, mas porque se trata do fundamento de toda redução dos armamentos por parte de ambas superpotências. De fato, estas possuem 95% do estoque mundial de 23.000 cabeças nucleares, que equivalem a 150.000 bombas de Hiroshima e que potencialmente podem destruir o mundo várias vezes".
"Além disso", continuou, "segundo o relatório publicado recentemente pela Comissão internacional sobre a não-Proliferação nuclear e sobre o desarmamento, Eliminating Nuclear Threats: A Practical Agenda for Global Policymaker, as ameaças levantadas pelas armas nucleares tanto por Governos como por terroristas, são muito reais, maiores agora que antes e quando um país possui armas nucleares, outros também as querem. Se estas armas continuarem existindo, antes ou depois serão usadas, por equívoco, por erro de cálculo ou intencionalmente, qualquer uso que se faça delas será catastrófico para a vida dessa planeta", concluiu.
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