22 de agosto de 2010

Fundação Populorum Progressio aprova 186 projetos na América Latina

A Fundação Populorum Progressio financiará 186 projetos selecionados entre os que foram apresentados neste ano de 2010 pelas dioceses da América Latina e Caribe. O Conselho de Administração da Fundação reuniu-se de 20 a 23 de julho na República Dominicana e no Haiti, sendo acolhido pelo cardeal Nicolás de Jesús López Rodríguez, arcebispo de Santo Domingo.

Além de bispos representantes da Igreja na América Latina, estava presente, representando a Conferência Episcopal Italiana, Dom Giovanni Battista Gandolfo e durante a reunião, foram estudados 230 projetos apresentados pelas igrejas locais neste ano de 2010. Destes, foram aprovados 186 projetos, correspondentes a 20 países, apresentando um valor total de 2 milhões de dólares financiados pela Conferência Episcopal Italiana.

Outros 10 projetos provenientes do Haiti serão financiados diretamente pelo Pontifício Conselho Cor Unum, com as doações recebidas por esta finalidade. Das dioceses desse país vieram diferentes projetos para perfuração de poços de água e construção de cisternas. No contexto geral dos países, a maior parte dos projetos dirige-se a populações indígenas e camponesas. As iniciativas orientam-se às necessidades em diversos setores: produção, infraestrutura, educação, saúde e construção.

Haiti

De acordo com o comunicado da Santa Sé, o momento mais significativo da reunião anual foi a visita ao Haiti, no dia 22 de julho. O país tem sido motivo de especial atenção por parte da Fundação, que financiou 150 projetos locais desde 1993. Durante a visita, os prelados rezaram diante do túmulo do arcebispo de Porto Príncipe, Dom Joseph Serge-Miot, e do vigário geral, Dom Benoît Seguiranno, falecidos no terremoto de janeiro. Eles visitaram ainda as ruínas do seminário maior e da catedral da capital, acompanhados pelo núncio apostólico, Dom Bernardito Auza.

Em uma missa celebrada em um dos campos de acolhida da Igreja, foi lida uma mensagem de Bento XVI para a população do Haiti. O Papa encaminhará uma doação especial de 250 mil dólares para a reconstrução de uma escola. Em sua mensagem, Bento XVI convida a população a ter esperança e reafirma a presença da Igreja junto dos que mais sofrem. Passados seis meses do terremoto que devastou a ilha, quero que saibam que o Papa não se esqueceu de vocês; tem sempre presente a dor que sofreram e sabe do sofrimento e das dificuldades para reconstruir os lares, as cidades e as vidas”, afirmou o pontífice.

Natureza

A Fundação Populorum Progressio, instituída em 1992 por João Paulo II, quer ser um sinal de caridade do Papa para as populações indígenas, camponesas e afroamericanas da América Latina e Caribe. O Conselho de Administração está formado por sete membros: seis bispos de diferentes países da América Latina e um do Pontifício Conselho Cor Unum.





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Brasileiros continuam a colaborar com o Haiti

A Campanha realizada pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) e a Cáritas Brasileira em favor do Haiti já arrecadou cerca de 8,2 milhões de reais. Segundo informou a Cáritas Brasileira, os recursos estão sendo aplicados em conjunto com a Igreja no Haiti e cerca de 3,2 milhões foram aplicados na primeira etapa de reestruturação, logo após o terremoto de 12 de janeiro. Em maio, a Igreja e a Cáritas iniciaram a segunda fase do atendimento ao país, que vai durar um ano e seis meses.


Emergência

Na primeira etapa, entre 13 de janeiro e 30 abril, fase de atendimento emergencial, as Igrejas de todo o mundo participaram da Campanha SOS Haiti por meio das Cáritas em vários países. De acordo com a Cáritas Haiti, buscou-se, nesse período, atuar em todas as áreas das necessidades humanas para amenizar o sofrimento dos sobreviventes, colaborar com a reconstrução do país e investir com rigor os 26 milhões de dólares em doações recebidos pelas 65 Cáritas de várias regiões do mundo.

De acordo com informações da Cáritas Internationalis e Cáritas Haiti, nessa primeira etapa, mais de 200 mil pessoas tiveram acesso a água potável e a kits de higiene graças ao investimento em fornecimento de água e saneamento. Desamparados e ao relento, cerca de 900 mil pessoas receberam tendas e kits para se abrigarem até que tenham suas casas reconstruídas. Mais de 350 mil pessoas foram beneficiadas com programa de saúde. Cerca de 1,1 milhão de pessoas receberam kits de saúde e de primeiros socorros e contaram com 30 médicos e sete clínicas móveis.

Foram distribuídos 1,5 milhão de refeições ou suplementos alimentares. Na área da educação, 25 escolas foram restabelecidas e 53 receberam materiais escolares, estando prontas para recomeçarem as aulas. Por meio do programa “Cash for work” (tradução: "Dinheiro por trabalho"), duas mil pessoas foram beneficiadas com dinheiro.

Agora, na segunda etapa de reestruturação do país, estão previstos investimentos em recursos financeiros e humanos em saúde, educação, alimentação, habitação, economia solidária, meios de subsistência, reforço e otimização da Rede Cáritas, dentre outros.

Fonte: http://www.zenit.org/article-25690?l=portuguese

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