31 de agosto de 2021

Paulo VI e um excerto de uma audiência geral em 19.01.1972.

Há quase cinquenta anos... Por curiosidade, fui procurar algo no ano em que nasci e encontrei uma mensagem curta e profunda pertinho do meu aniversário. Ah, a vaidade humana! 😄

* * *

Procure colocar sua mente, seu espírito, na verdade sua consciência de viver diante do acúmulo de questões importantes, aquelas relativas à origem do universo, o sentido da vida, a ansiedade de saber o destino da humanidade, o fenômeno religioso que pretende para responder a esses problemas, absorvendo e superando o que a ciência e a filosofia podem nos dizer sobre isso.

E tentar colocar o fato cristão no meio e acima dessas questões, que reconhecidas em suas necessidades ilimitadas chamamos de trevas, mas que em comparação com o próprio fato cristão se tornam mais claras e nos permitem vislumbrar sua profundidade misteriosa e ao mesmo tempo uma certa novidade própria, uma beleza maravilhosa, e ouvirás ecoar em ti, como se fossem pronunciadas neste preciso momento, as conhecidas palavras do Evangelho de João: "A luz brilha nas trevas" (Io. 1, 5).

O panorama do cosmos é iluminado como se o sol tivesse nascido da noite, as coisas mostram sua ordem encantadora e ainda explorável; e o homem, quase rindo e tremendo de alegria, passa a se conhecer e se descobre como o viajante privilegiado que caminha, mínimo e máximo no palco do mundo, com a consciência simultânea de ter o direito e a capacidade de dominá-lo, e de ter o dever e a possibilidade de transcendê-lo no fascínio de uma nova relação que o domina: o diálogo com Deus; um diálogo que se abre assim: “Pai nosso, que estás nos céus... "


Fonte: NASA (2014)


Não é um sonho, não é uma fantasia, não é uma alucinação. É simplesmente o efeito primário e normal do Evangelho, de sua luz na tela de uma alma, que se abriu para seus raios. Como é chamada essa projeção de luz? É chamada de Revelação. E como se chama essa abertura da alma? É chamada de fé.

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