Circa Creationis: Pantocrator...

21 de novembro de 2010

Pantocrator...

"Eis a nossa alegria: participar, na Igreja, da plenitude de Cristo mediante a obediência à Cruz, "participar da sorte dos santos na luz", ter sidos "transferidos" para o reino do Filho de Deus (cfr Col 1, 12-13). Por isso nós vivemos em perene ação de graças, e também mediante as provações não faltam a alegria e a paz que Cristo nos deixou, qual antecipação do seu Reino, que já está no meio de nós, que aguardamos com fé e esperança, e pregustamos na caridade" (Bento XVI - Vaticano, 21.11.10).

"Oh! Cristo Jesus, reconheço-vos Rei Universal.

Tudo o que foi feito, para vós foi criado.

Exercei em mim vossos direitos.

Renovo minhas promessas de batismo, renunciando a Satanás,

às suas pompas e às suas obras, e prometo viver como bom cristão.

Muito particularmente comprometo-me a fazer triunfar,

por todos os meios que puder, os direitos de Deus e de vossa Igreja.

Divino Coração de Jesus, ofereço-vos minhas pobres ações,

para alcançar que todos os corações reconheçam vossa realeza

e assim se estabeleça no universo inteiro o vosso Reino.

Assim seja".

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"Aleluia.

Nos céus, louvai o Senhor, louvai-O nas alturas do firmamento.

Louvai-O, todos os seus anjos.

Louvai-O, todos os seus exércitos.

Louvai-O, sol e lua; louvai-O, astros brilhantes.

Louvai-O, céus dos céus, e vós, ó oceanos dos espaços celestes.

Louvem o nome do Senhor, porque Ele mandou e tudo foi criado.

Tudo estabeleceu pela eternidade dos séculos; fixou-lhes uma lei que não será violada.

Na terra, louvai o Senhor, cetáceos e todos das profundezas do mar; fogo e granizo, neve e neblina; vendaval proceloso dócil às suas ordens; montanhas e colinas, árvores frutíferas, árvores silvestres; feras e rebanhos, répteis e aves; reis da terra e todos os seus povos; príncipes e juízes do mundo; jovens e donzelas; velhos e crianças!

Louvem todos o nome do Senhor, porque só o seu nome é excelso.

Sua majestade transcende a terra e o céu, e conferiu a seu povo um grande poder.

Louvem-no todos os seus fiéis, filhos de Israel, povo a ele mais chegado". (Salmo 148)

"[...] Desde há muitos anos que vem dizendo e escrevendo que a vocação dos leigos consiste em três coisas: "santificar o trabalho, santificar-se no trabalho e santificar os outros com o trabalho".

Poderia precisar-nos o que entende por "santificar o trabalho"?

É difícil explicá-lo em poucas palavras, porque nessa expressão se acham implicados conceitos fundamentais da própria teologia da Criação. O que sempre ensinei — desde há quarenta anos — é que todo o trabalho humano honesto, intelectual ou manual, deve ser realizado pelo cristão com a maior perfeição possível: com perfeição humana (competência profissional) e com perfeição cristã (por amor à vontade de Deus e a serviço dos homens).

Porque, feito assim, esse trabalho humano, por mais humilde e insignificante que pareça, contribui para a ordenação cristã das realidades temporais — a manifestação de sua dimensão divina — e é assumido e integrado na obra prodigiosa da Criação e da Redenção do mundo: eleva-se assim o trabalho à ordem da graça , santificando-se, converte-se em obra de Deus, operatio Dei, opus Dei.

Ao recordar aos cristãos as palavras maravilhosas do Gênesis — que Deus criou o homem para que trabalhasse —, fixamo-nos no exemplo de Cristo, que passou a quase totalidade da sua vida terrena trabalhando numa aldeia como artesão. Amamos esse trabalho humano que Ele abraçou como condição de vida, cultivou e santificou.

Vemos no trabalho — na nobre fadiga criadora dos homens — não só um dos mais altos valores humanos, meio imprescindível para o progresso da sociedade e para o ordenamento cada vez mais justo das relações entre os homens, mas também um sinal do amor de Deus para com as suas criaturas e do amor dos homens entre si e para com Deus: um meio de perfeição, um caminho de santificação [...]".

(Questões atuais do Cristianismo, Espontaneidade e pluralismo no povo de Deus, Ponto 10)

"Cada criatura possui sua bondade e sua perfeição próprias. Para cada uma das obras dos "seis dias" se diz: "E Deus viu que isto era bom".

Pela própria condição da criação, todas as coisas são dotadas de fundamento próprio, verdade, bondade, leis e ordens específicas. As diferentes criaturas, queridas em seu próprio ser, refletem, cada uma a seu modo, um raio da sabedoria e da bondade infinitas de Deus. É por isso que o homem deve respeitar a bondade própria de cada criatura para evitar um uso desordenado das coisas, que menospreze o Criador e acarrete consequências nefastas para os homens e o seu meio ambiente".

A interdependência das criaturas é querida por Deus. O sol, a lua, o cedro e a pequena flor, a águia e o pardal: as inúmeras diversidades e desigualdades significam que nehuma criatura se basta a si mesma, que só existem em dependência reciproca, para se completarem mutuamente, a serviço umas das outras.

A beleza do universo. A ordem e a harmonia do mundo criado resultam na diversidade dos seres e das relações que existem entre eles. O homem as descobre progressivamente como leis da natureza. Elas despertam a admiração dos sábios. A beleza da criação reflete a infinita beleza do Criador. Ela deve inspirar o respeito e a submissão da inteligência do homem e de sua vontade.

A hierarquia das criaturas é expressa pela ordem dos "seis dias", que vai do menos perfeito ao mais perfeito. Deus ama todas as suas criaturas, cuida de cada uma, até mesmo dos pássaros. Apesar disso, Jesus diz: "Vós valeis mais do que muitos pardais" (Lc 12, 7), ou ainda: "Um homem vale muito mais do que uma ovelha" (Mt 12,12).

O homem é a obra-prima da obra da criação. A narração bíblica exprime isto distinguindo nitidamente a criação do homem da criação das outras criaturas.

Existe uma solidariedade entre todas as criaturas pelo fato de terem todas o mesmo Criador e de todas estarem ordenadas à sua glória.

(...)

Na criação, Deus depositou um fundamento e leis que permanecem estáveis, nos quais o crente poderá apoiar-se com confiança e que para ele serão sinal e a garantia da fidelidade inabalável da Aliança de Deus. Por sua parte, o homem deverá ficar fiel a este fundamento e respeitar as leis que o Criador inscreveu nele.

A criação está em função do Sábado e, portanto, do culto e da adoração a Deus. O culto está inscrito na ordem da criação."

(Catecismo da Igreja Católica, 338 a 344, 347)

Obs¹.: Nossa fé pode ser contemplada também à luz da Ciência. Duvida? Aprenda o que é um eratema, compare com os ensinamentos bíblicos e tire suas conclusões. Aproveite e use uma Bíblia de Jerusalém que é a melhor em língua portuguesa para estudos.

Obs².: Aqui "pachamama" não tem vez. Ecumenismo é outra coisa e não idolatria.

"Sois chamados a cuidar da criação, não só como cidadãos responsáveis, mas também como seguidores de Cristo. O respeito pelo ambiente requer mais do que simplesmente usar produtos não poluentes ou reciclá-los.

Estes são aspectos importantes, mas não suficientes. Temos necessidade de ver, com os olhos da fé, a beleza do plano de salvação de Deus, a ligação entre o ambiente natural e a dignidade da pessoa humana.

O homem e a mulher foram criados à imagem e semelhança de Deus, tendo-lhes sido dado o domínio sobre a criação (cf. Gn 1, 26-28).

Como administradores da criação, somos chamados a fazer da Terra um belíssimo jardim para a família humana. Quando destruímos as nossas florestas, devastamos o solo e poluímos os mares, traímos esta nobre vocação". (Papa Francisco)

“[...] O cuidado em preservar e melhorar o ambiente natural, como a nobre ambição de estimular um primeiro gesto de cooperação mundial em favor deste bem necessário a todos, satisfaz as necessidades que são sentidas entre os homens do nosso tempo.

Hoje, de fato, há uma consciência crescente de que o homem e o seu ambiente são mais inseparáveis do que nunca. O meio ambiente condiciona essencialmente a vida e o desenvolvimento humano, enquanto o homem, por sua vez, aperfeiçoa e enobrece seu ambiente por meio de sua presença, trabalho e contemplação.

Entretanto, a criatividade humana trará verdadeiros e duradouros frutos apenas na medida em que o homem respeita as leis que governam o impulso vital e a capacidade da natureza para a regeneração.

Portanto, ambos estão unidos e partilham no tempo um futuro comum. Assim, o homem é alertado da necessidade de substituir o avanço - muitas vezes cego e turbulento - de um progresso material largado em sua própria dinâmica, pelo respeito à biosfera numa visão global de seu domínio [...] Governar a criação significa para a raça humana em não destruí-la, mas aperfeiçoá-la; em não transformar o mundo num caos em que não caiba mais habitar, mas numa bela morada onde tudo é respeitado.

Assim, ninguém pode tomar posse de forma absoluta e egoísta do meio ambiente, o qual não é um "res nullius" - algo que não pertence a ninguém -, mas um "res omnium" - o patrimônio da humanidade, de modo que aqueles em sua posse - homens na vida privada ou pública - devem usá-lo de forma que reflita numa vantagem real para todos. O homem é certamente o primeiro e verdadeiro tesouro da terra [...]”. (Paulo VI)

"A gravidade da situação ecológica revela quanto é profunda a crise moral do homem. Se faltar o sentido do valor da pessoa e da vida humana, dá-se o desinteresse pelos outros e pela terra.

A austeridade, a temperança, a disciplina e o espírito de sacrifício devem conformar a vida de todos os dias, a fim de que não se verifique para todos o constrangimento a suportar as consequências negativas da incúria de alguns poucos.

Há uma necessidade urgente, pois, de educação para a responsabilidade ecológica: responsabilidade em relação a si próprio, responsabilidade em relação aos outros e responsabilidade em relação ao ambiente. E trata-se de uma educação que não pode basear-se simplesmente no sentimento ou sobre uma mal definida veleidade.

O seu fim não pode ser ideológico nem político e a maneira de a estruturar não pode apoiar-se na rejeição do mundo moderno, nem num vago desejo de retornar ao «paraíso perdido». A educação autêntica para a responsabilidade implica uma verdadeira conversão na maneira de pensar e no comportamento". (São João Paulo II)

"Na perspetiva da economia da salvação, devemos aprender a aceitar, com profunda ternura, a nossa fraqueza. O Maligno faz-nos olhar para a nossa fragilidade com um juízo negativo, ao passo que o Espírito trá-la à luz com ternura. A ternura é a melhor forma para tocar o que há de frágil em nós.

Muitas vezes o dedo em riste e o juízo que fazemos a respeito dos outros são sinal da incapacidade de acolher dentro de nós mesmos a nossa própria fraqueza, a nossa fragilidade. Só a ternura nos salvará da obra do Acusador (cf. Ap 12, 10).

Por isso, é importante encontrar a Misericórdia de Deus, especialmente no sacramento da Reconciliação, fazendo uma experiência de verdade e ternura. Paradoxalmente, também o Maligno pode dizer-nos a verdade, mas, se o faz, é para nos condenar. Entretanto nós sabemos que a Verdade vinda de Deus não nos condena, mas acolhe-nos, abraça-nos, ampara-nos, perdoa-nos.

A Verdade apresenta-se-nos sempre como o Pai misericordioso da parábola (cf. Lc 15, 11-32): vem ao nosso encontro, devolve-nos a dignidade, levanta-nos, ordena uma festa para nós, dando como motivo que «este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi encontrado» (Lc 15, 24)" (Papa Francisco - Patris Corde, 2020)

"Cuidar do mundo que nos rodeia e sustenta significa cuidar de nós mesmos. Mas precisamos de nos constituirmos como um «nós» que habita a casa comum. Um tal cuidado não interessa aos poderes económicos que necessitam dum ganho rápido.

Frequentemente as vozes que se levantam em defesa do ambiente são silenciadas ou ridicularizadas, disfarçando de racionalidade o que não passa de interesses particulares.

Nesta cultura que estamos a desenvolver, vazia, fixada no imediato e sem um projeto comum, «é previsível que, perante o esgotamento de alguns recursos, se vá criando um cenário favorável para novas guerras, disfarçadas sob nobres reivindicações»" (Papa Francisco, Laudato Si')

"Não há um determinismo que nos condene à desigualdade universal. Deixai-me repetir: não estamos condenados à desigualdade universal.

Isto torna possível uma nova forma de assumir os acontecimentos, que permite encontrar e gerar respostas criativas diante do sofrimento evitável de tantas pessoas inocentes; o que implica aceitar que, em não poucas situações, enfrentamos a falta de vontade e decisão para mudar as coisas e, principalmente, as prioridades.

Pedem-nos que sejamos capazes de nos deixar desafiar, de deixar cair as escamas dos nossos olhos e ver estas realidades sob uma nova luz, uma luz que nos mova para a ação. Um mundo rico e uma economia vibrante podem e devem acabar com a pobreza.

Podem ser geradas e estimuladas dinâmicas capazes de incluir, alimentar, curar e vestir os últimos da sociedade, em vez de os excluir. Devemos escolher ao quê e a quem dar prioridade: se promovemos mecanismos socioeconómicos humanizadores para toda a sociedade ou, pelo contrário, incentivamos um sistema que acaba por justificar certas práticas que só conseguem aumentar o nível de injustiça e violência social.

O nível de riqueza e técnica acumulado pela humanidade, assim como a importância e o valor que os direitos humanos adquiriram, já não permitem desculpas. Cabe a nós estarmos cientes de que todos somos responsáveis. Isto não significa que somos todos culpados, não; somos todos responsáveis para fazer algo.

Se há pobreza extrema no meio da riqueza — também riqueza extrema — é porque permitimos que o fosso se alargue até se tornar o maior da história. Estes são números quase oficiais: as 50 pessoas mais ricas do mundo possuem um património equivalente a 2, 2 biliões de dólares.

Só essas cinquenta pessoas poderiam financiar os cuidados médicos e educação de todas as crianças pobres do mundo, tanto através de impostos, iniciativas filantrópicas ou ambos. Estas cinquenta pessoas poderiam salvar milhões de vidas todos os anos.

Eu chamei à globalização da indiferença de “inação”. São João Paulo II chamou-lhe: estruturas do pecado. Tais estruturas encontram uma atmosfera propícia para a sua expansão sempre o bem comum é reduzido ou limitado a determinados setores ou, no caso de sermos chamados a fazê-lo, quando a economia e as finanças se tornam um fim em si mesmas.

É a idolatria do dinheiro, da ganância e da especulação. E esta realidade soma-se agora à vertigem tecnológica exponencial, que aumenta a passos nunca antes vistos a velocidade das transações e a possibilidade de produzir lucros concentrados sem estarem relacionados com os processos produtivos ou com a economia real.

A comunicação virtual encoraja este tipo de situações." (Papa Francisco - Simpósio "Novas formas de fraternidades solidárias", 2020)

Como a natureza deve ser vista pelas pessoas de fé? “Como imagem de Deus, somos chamados a ter cuidado e respeito para com todas as criaturas e a nutrir amor e compaixão pelos nossos irmãos e irmãs, especialmente os mais fracos, à semelhança do amor de Deus por nós, manifestado em seu Filho Jesus, que se fez homem para compartilhar conosco essa condição e nos salvar. A natureza expressa o poder criativo de Deus de formar a vida humana e de criar o planeta e tudo o que existe nele, para alimentar a humanidade. Poderá ser decisivo nos comportarmos com a consciência de que não haverá futuro para nós se destruirmos o ambiente. Existe um ditado espanhol que diz: ‘Deus perdoa sempre; nós, humanos, perdoamos às vezes; mas a natureza jamais perdoa’. Se continuarmos a destruir a Terra, sua reação será assustadora. Portanto, cada um de nós – todos, crentes e não crentes – é chamado a recuperar uma relação harmoniosa com a natureza e com toda a humanidade.” (Papa Francisco, "Deus e o mundo que virá: Uma conversa com Domenico Agasso", Cap. 06)

"O planeta inteiro não pode sofrer tormento maior do que uma única alma" (Ludwig Wittegenstein, 1944)
"Toda a verdadeira vocação nasce do dom de si mesmo, que é a maturação do simples sacrifício." (Papa Francisco - Patris Corde, 2020)
"O trabalho torna-se participação na própria obra da salvação, oportunidade para apressar a vinda do Reino, desenvolver as próprias potencialidades e qualidades, colocando-as ao serviço da sociedade e da comunhão; o trabalho torna-se uma oportunidade de realização não só para o próprio trabalhador, mas sobretudo para aquele núcleo originário da sociedade que é a família." (Papa Francisco, Patris Cordes, 2020)
"A impressão que se tem é a de que o mundo está à mercê dos fortes e poderosos, mas a «boa notícia» do Evangelho consiste precisamente em mostrar como, não obstante a arrogância e a violência dos dominadores terrenos, Deus encontra sempre a forma de realizar o seu plano de salvação. Às vezes também a nossa vida parece à mercê dos poderes fortes, mas o Evangelho diz-nos que Deus consegue sempre salvar aquilo que conta, desde que usemos a mesma coragem criativa do carpinteiro de Nazaré, o qual sabe transformar um problema numa oportunidade, antepondo sempre a sua confiança na Providência. Se, em determinadas situações, parece que Deus não nos ajuda, isso não significa que nos tenha abandonado, mas que confia em nós com aquilo que podemos projetar, inventar, encontrar." (Papa Francisco - Patris Corde, 2020)
"Não é uma luta de classes o que desejamos, mas um encontro entre as classes, encontro no qual o rico salva o pobre e o pobre salva o rico". (Santa Teresa de Calcutá)
"Há quem busque o saber por si mesmo, conhecer por conhecer: é uma indigna curiosidade. Há quem busque o saber só para poder exibir-se: é uma indigna vaidade. Estes não escapam à mordaz sátira que diz: `Teu saber nada é, se não há outro que saiba que sabes'. Há quem busque o saber para vendê-lo por dinheiro ou por honras: é um indigno tráfico. Mas há quem busque o saber para edificar, e isto é amor. E há quem busque o saber para se edificar, e isto é prudência". (São Bernardo de Claraval)
"Cresce uma ecologia superficial ou aparente que consolida certo torpor e uma alegre irresponsabilidade. Como frequentemente acontece em épocas de crises profundas, que exigem decisões corajosas, somos tentados a pensar que aquilo que está a acontecer não é verdade". (Papa Francisco - Laudato Si', 59)
"O ser humano parece não se dar conta de outros significados do seu ambiente natural, para além daqueles que servem somente para os fins de um uso ou consumo imediatos" (São João Paulo II)
"Não se pode pedir aos jovens que respeitem o ambiente, se não são ajudados, em família e na sociedade, a respeitar-se a si mesmos: o livro da natureza é único, tanto sobre a vertente do ambiente como sobre a da ética pessoal, familiar e social." (São João Paulo II, 1990)
“As nossas cidades deveriam caracterizar-se, sobretudo, pela solidariedade, que não consiste apenas em dar a quem precisa, mas em ser responsáveis uns pelos outros e criar uma cultura do encontro”. (Papa Francisco)
"O Redentor é o Criador e se nós não anunciamos Deus em toda sua grandeza, como Criador e Redentor, tiramos também o valor da Redenção” (Bento XVI, 2010)
"Aparentemente, esses assuntos poderiam estar fora das cogitações de um pastor. Na realidade, encontram-se na mira de suas atenções, quando encarados sob a luz que vem do Alto. Tudo que há de bom na criação é obra de Deus e se destina a todos seus filhos" (Cardeal Dom Eugenio de Araújo Sales)
"A comunidade internacional deveria prestar a devida atenção às preocupações pela concentração de tecnologia e de recursos para a produção alimentar nas mãos de um pequeno grupo de entidades e sociedades guiadas exclusivamente por objetivos comerciais" (Dom Silvano M. Tomasi)
“Consumir é esgotar recursos materiais, deriva de uma visão da realidade, como dizer sobre um modo de entender a pessoa humana e a Deus. De modo particular, atrás do nosso hábito atual de 'usar e descartar', há uma visão mecanicista e utilitarista da natureza, que se reduz a um indiscreto uso e consumo por parte de cada pessoa". (Francis-Vincent Anthony)
“Que nossa ação ao redor da criação se caracterize pela gratidão e pelo apreço. Deveríamos recordar também que o mundo revela o mistério de Deus que o criou e o sustenta. Redescobrir este significado profundo da natureza não somente nos ajuda a descobrir a Deus, senão também é a chave para atuar de modo responsável defronte ao meio ambiente”. (Compêndio de Doutrina Social da Igreja)
“O perigo do movimento ecológico é esquecer o lugar central da pessoa humana, preocupando-se com o futuro de todas as espécies animais e deixar de lado, possivelmente, a pessoa humana”. (Dom Andrè-Joseph Léonard)

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Este não é um blog focado em gestão ambiental, ainda que esporadicamente possa haver alguma citação à mesma. Existem milhares de outros blogs com este fim, inclusive católicos, mas se tiver dúvidas de como adotá-la em sua paróquia ou comunidade, poderei orientá-lo(a) com o que for necessário, uma vez que tenho muitos anos de experiência como gestora e auditora ambiental.

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A quem se louva e adora com estes sacrifícios? Uma suposta estabilidade material? O apreço à licenciosidade? A tentativa de minimizar um crime realizando outro pior? Quem realmente deseja os abortos como SACRIFÍCIOS DISSIMULADOS através da perda dos valores básicos da dignidade humana? Quem lucra através de uma cadeia industrial que comercializa partes destes corpos sacrificados para pesquisa e outros fins? E o que acontece com aquilo que é considerado como rejeito do "processo industrial"? Pode-se dizer que, dentro dos processos existentes nos serviços considerados como de saúde, alguns têm tratamento diferenciado como resíduos e rejeitos, sendo denominados como RSS (aqui no país, mas em outros possuem uma terminologia diversa). São enviados os "rejeitos" para lixões, aterros ou viram ração para animais, como já acontecem com outros animais em diversas cadeias industriais? E aí, te causei asco? Em mim, ferve uma revolta em pensar que a humanidade é capaz de gerar atrocidades como esta... O que dizem as legislações a respeito e será que existem mecanismos que impeçam que tal monstruosidade aconteça? Se não existem, o que deve ser feito para que existam e a impeçam?

Reflita aí, pois se os nascituros não são considerados como vida humana ou humanos em formação, mas são "vendidos como coisas" para aplacar consciências fracas, de forma a retirar o valor real da vida humana, o que é possível se fazer para impedir o avanço do Mal em nossas sociedades? Alguns dirão que, para a conformidade legal, serão incinerados por serem RSS e assim, ainda irão gerar energia num processo de "recuperação energética" e só sobrarão as cinzas, as quais também poderão ser incorporadas em outro processo industrial para a elaboração de novos produtos a serem consumidos ou dispostas em aterro por serem inertes... Seria isto a versão atual das antigas fogueiras de sacrifício pagão? Você não se dá conta disto que ocorre "na tua cara"? Que é algo maior e pior do que os filmes de terror que o povo paga "para se divertir"? Para refletir e orar muito a Deus implorando Sua Misericórdia para todos nós, porque vivemos inseridos numa realidade parcialmente visível...

Por outro lado, como é criada e mantida ao longo do tempo uma rede de apoio "cristã" àquelas que decidem por não abortar e dar para adoção, mesmo tendo sido vítimas de estupro? Palavras vazias ecoando na internet? Bastam ações "inócuas" e temporais no mundo real e depois que se virem sozinhas? O que realmente temos feito a respeito como cristãos? E os orfanatos lotados, onde crianças são selecionadas como se fossem produtos num supermercado e as tidas como "refugo" são esquecidas, para que chegando na maioridade e saírem dos orfanatos, se virem sozinhas sem terem quem as receba e oriente no mundo? Não é isto mais um círculo vicioso e odioso entre tantos outros? Já parou para ver como é demoníaca a coisa toda e como somos engrenagens nisto, ainda que sejamos contra e nos manifestemos, nos comportando como peças "defeituosas" ou também "rejeitos" deste mundo?

Vamos falar de Nossa Casa Comum focando o quê? Como costurar encíclicas, Catecismo, DSI com a Palava e termos uma efetividade real? E quando e o quanto - antes de falarmos sobre os cuidados com a Nossa Casa Comum em encontros, workshops, seminários, cursos, pastorais, associações, OSCIP, ONG, etc. - iremos dobrar os joelhos e criarmos uma intimidade com Deus para fugirmos de uma militância externa e física apenas? Qual foi a última vez que você dobrou os joelhos, ofereceu uma intenção e/ou uma penitência (isso ainda existe!) para qualquer coisa que não fosse para o seu benefício exclusivo?

Sobre a comunhão NECESSÁRIA na Segunda Espécie para fiéis portadores(as) da Doença Celíaca

Doença Celíaca mata... De ataxia cerebral e choque anafilático à ataque silencioso e crônico do sistema imunológico sobre diversos órgãos. Não é frescura e deveria ser levada a sério por sacerdotes e seus auxiliares, com a manutenção local de um pequeno vaso litúrgico para comunhão destes(as) fiéis e livre de contaminação cruzada no manuseio e higienização. Privá-los(las) da comunhão não é o correto! Muito menos dizer que a fé é pouca por não consumirem a Hóstia! Haja resiliência!

Cântico das Criaturas

"Altíssimo, onipotente, bom Senhor,
Teus são o louvor, a glória, a honra
E toda a benção.

Só a ti, Altíssimo, são devidos;
E homem algum é digno
De te mencionar.

Louvado sejas, meu Senhor,
Com todas as tuas criaturas,
Especialmente o Senhor Irmão Sol,
Que clareia o dia
E com sua luz nos alumia.

E ele é belo e radiante
Com grande esplendor:
De ti, Altíssimo é a imagem.

Louvado sejas, meu Senhor,
Pela irmã Lua e as Estrelas,
Que no céu formaste claras
E preciosas e belas.

Louvado sejas, meu Senhor,
Pelo irmão Vento,
Pelo ar, ou nublado
Ou sereno, e todo o tempo
Pela qual às tuas criaturas dás sustento.

Louvado sejas, meu Senhor,
Pela irmã Água,
Que é mui útil e humilde
E preciosa e casta.

Louvado sejas, meu Senhor,
Pelo irmão Fogo
Pelo qual iluminas a noite
E ele é belo e jucundo
E vigoroso e forte.

Louvado sejas, meu Senhor,
Por nossa irmã a mãe Terra
Que nos sustenta e governa,
E produz frutos diversos
E coloridas flores e ervas.

Louvado sejas, meu Senhor,
Pelos que perdoam por teu amor,
E suportam enfermidades e tribulações.

Bem aventurados os que sustentam a paz,
Que por ti, Altíssimo, serão coroados.

Louvado sejas, meu Senhor,
Por nossa irmã a Morte corporal,
Da qual homem algum pode escapar.
Ai dos que morrerem em pecado mortal!
Felizes os que ela achar
Conformes á tua santíssima vontade,
Porque a morte segunda não lhes fará mal!

Louvai e bendizei a meu Senhor,
E dai-lhe graças,
E servi-o com grande humildade!"

São Francisco de Assis

“[...] A grande riqueza da espiritualidade cristã, proveniente de vinte séculos de experiências pessoais e comunitárias, constitui uma magnífica contribuição para o esforço de renovar a humanidade. Desejo propor aos cristãos algumas linhas de espiritualidade ecológica que nascem das convicções da nossa fé, pois aquilo que o Evangelho nos ensina tem consequências no nosso modo de pensar, sentir e viver.

Não se trata tanto de propor ideias, como sobretudo falar das motivações que derivam da espiritualidade para alimentar uma paixão pelo cuidado do mundo. Com efeito, não é possível empenhar-se em coisas grandes apenas com doutrinas, sem uma mística que nos anima, sem «uma moção interior que impele, motiva, encoraja e dá sentido à ação pessoal e comunitária».

Temos de reconhecer que nós, cristãos, nem sempre recolhemos e fizemos frutificar as riquezas dadas por Deus à Igreja, nas quais a espiritualidade não está desligada do próprio corpo nem da natureza ou das realidades deste mundo, mas vive com elas e nelas, em comunhão com tudo o que nos rodeia [...]”. (Papa Francisco: Laudato si’, 216 )

"Nós Vos louvamos, Pai, com todas as vossas criaturas, que saíram da vossa mão poderosa.

São vossas e estão repletas da vossa presença e da vossa ternura.

Louvado sejais!

Filho de Deus, Jesus, por Vós foram criadas todas as coisas.

Fostes formado no seio materno de Maria, fizeste-Vos partes desta terra, e contemplastes este mundo com olhos humanos.

Hoje estais vivo em cada criatura com a vossa glória de ressuscitado.

Louvado sejais!

Espírito Santo, que, com a vossa luz, guiais este mundo para o amor do Pai e acompanhais o gemido da criação, Vós viveis também nos nossos corações a fim de nos impelir para o bem.

Louvado sejais!

Senhor Deus, Uno e Trino, comunidade estupenda de amor infinito, ensinai-nos a contemplar-Vos na beleza do universo, onde tudo nos fala de Vós.

Despertais o nosso louvor e a nossa gratidão por cada ser que criastes.

Dai-nos a graça de nos sentirmos intimamente unidos a tudo o que existe.

Deus de amor, mostrai-nos o nosso lugar neste mundo como instrumentos do vosso carinho por todos os seres desta terra, porque nem um deles sequer é esquecido por Vós.

Iluminai os donos do poder e do dinheiro para que não caiam no pecado da indiferença, amem o bem comum, promovam os fracos, e cuidem deste mundo que habitamos.

Os pobres e a terra estão bradando: Senhor, tomai-nos sob o vosso poder e a vossa luz, para proteger cada vida, para preparar um futuro melhor, para que venha o vosso Reino de justiça, paz, amor e beleza.

Louvado sejais!

Amém".

"Deus Onipotente, que estais presente em todo o universo e na mais pequenina das vossas criaturas,

Vós que envolveis com a vossa ternura tudo o que existe, derramai em nós a força do vosso amor para cuidarmos da vida e da beleza. ,

Inundai-nos de paz, para que vivamos como irmãos e irmãs sem prejudicar ninguém,

Ó Deus dos pobres, ajudai-nos a resgatar os abandonados e esquecidos desta terra que valem tanto aos vossos olhos,

Curai a nossa vida, para que protejamos o mundo e não o depredemos, para que semeemos beleza e não poluição nem destruição,

Tocai os corações daqueles que buscam apenas benefícios à custa dos pobres e da terra,

Ensinai-nos a descobrir o valor de cada coisa, a contemplar com encanto, a reconhecer que estamos profundamente unidos com todas as criaturas no nosso caminho para a vossa luz infinita,

Obrigado porque estais conosco todos os dias,

Sustentai-nos, por favor, na nossa luta pela justiça, o amor e a paz,

Amém."

Oração pelo quinto aniversário da Encíclica Laudato Si' - 2020

Oração Comum pela Terra e pela Humanidade

"Deus amoroso,

Criador do Céu, da Terra e de tudo o que está nele contido.

Abra nossas mentes e toque nossos corações,

para que possamos fazer parte da Criação, o seu presente.

Esteja presente aos necessitados nestes tempos difíceis, especialmente os mais pobres e vulneráveis.

Ajude-nos a mostrar solidariedade criativa enquanto enfrentamos as consequências da pandemia global.

Torne-nos corajosos para abraçar as mudanças necessárias para buscar o bem comum.

Agora, mais do que nunca, que todos nos sintamos interligados e interdependentes.

Permite-nos ouvir e responder ao clamor da Terra e ao clamor dos pobres.

Que seus sofrimentos atuais se tornem as dores do parto de um mundo mais fraterno e sustentável.

Oramos por Cristo nosso Senhor, sob o olhar amoroso de Maria Auxiliadora.

Amém."

"[...] Durante seu pontificado, o Papa Bento XVI repetidamente chamou a atenção para o meio ambiente, seja em termos de preservá-lo como em seu discurso sobre a Amazônia e em sua carta sobre o Ártico, ou sobre a distribuição de seus recursos vitais como a água de forma mais equitativa. Além disto, durante seu pontificado, o Vaticano tornou-se o primeiro - e continua a ser o único - país neutro em carbono do mundo [...]".

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"[...] Apresento este trabalho com o objetivo de prestar uma devota homenagem ao Papa João Paulo II e a seu vasto, profundo e maravilhoso Magistério sobre as questões ambientais [...] Espero que este livro ajude os estudantes do meu curso em relação a este assunto e, além disso, ajude também os leigos, o clero e os religiosos que desejarem aprofundar seu conhecimento a respeito do dom da criação que Deus nos proporcionou e que experimentamos em nossa vida cristã. Ele representa uma ilustração global do mistério da criação, num viés ambiental e abraça os vários temas bíblicos, patrísticos, teológicos e espirituais, que se cruzam nas recentes declarações magisteriais sobre o assunto [...]". (Dom Paul M. Haffner)

"[...] Na Doutrina Social da Igreja Católica, muitas vezes a questão ambiental é tomada como se fosse apenas uma preocupação recente. No entanto, se nos reportarmos ao Concílio Vaticano II, podemos descobrir, em seus documentos, os sólidos alicerces de um ensinamento formal e informal referente à preservação do meio ambiente que tem crescido de modo consistente através dos anos. Da constituição dogmática Lumen Gentium de novembro de 1964 à Declaração de Veneza de junho de 2002, a mensagem tem sido a mesma: temos a obrigação moral de cuidar do meio ambiente, respeitando toda a Criação divina e assegurando que seus frutos sejam divididos eqüitativamente entre todos [...]"

"[...] De acordo com a Caritas in veritate, “a crise nos força a rever nosso caminho, a dar-nos novas regras e a encontrar formas novas de compromisso, a valorizar as experiências positivas e a rejeitar as negativas. A crise se torna ocasião de discernimento e de nova projecionalidade. Nesta chave de leitura, confiante e não resignada, devem-se enfrentar as dificuldades do momento presente” (CV 21). Brota da encíclica uma visão positiva, de estímulo à humanidade, para que realmente possa encontrar os recursos de verdade e vontade necessários à superação das dificuldades. Não é um encorajamento sentimental, uma vez que na Caritas in veritate são identificados com lucidez e preocupação os principais problemas do subdesenvolvimento de grande parte do Planeta. Mas é um estímulo fundamentado, consciente e realista, pelo fato de no mundo agirem muitos protagonistas e atores da verdade e do amor, e pelo fato de Deus, que é Verdade e Amor, estar sempre agindo na história humana [...]."

"[...] Os ensinamentos da Igreja foram desenvolvidos, nos tempos modernos, através de um confronto com os problemas colocados pela propriedade industrial e, mais recentemente, em resposta às discussões sobre o desenvolvimento dos povos num espírito de solidariedade. Os princípios fundamentais que, continuamente, a inspiraram são simples, mesmo que na sua exposição, nem sempre tenham sido apresentados com a clareza que distingue as formulações mais recentes da Gaudium et Spes (nº. 68 e 71) e Populorum Progressio (nº. 22 e

24) [...]"

"[...] Nenhum pecado é mais cruel do que a nossa cegueira para valorar tudo o que nos rodeia e a nossa persistência em usá-la na hora errada e abusar dela o tempo todo. Somente através da união universal entre homens, animais, plantas e coisas seremos capazes de colocar de lado a vaidade de nossa raça - que passou a se considerar o governante despótico da Criação - e transformá-la no irmão mais velho de todos os seus outras criaturas. O meio ambiente não pode ser apenas um espaço de ocupação pacífica ou violenta. Também deve ser objeto de grande preocupação, pois é uma extensão do próprio homem, que vive neste planeta como nossos corações vivem dentro de nossos corpos. [...]”. (Cardinal Rodríguez Maradiaga, SDB, p. 24)

"No final das contas, a maioria das capacitações em sustentabilidade não desafia o paradigma econômico dominante e não é articulada de forma estruturada. A condição primária para uma abordagem mais coerente é a implementação de uma perspectiva crítica. Desse ponto de vista, uma abordagem centrada na participação do ser humano no meio em que vive e na cooperação entre os seres vivos favorece uma reflexão sobre o que destrói ou promove a durabilidade qualitativa das relações. É possível concordar sobre os princípios de um futuro desejado em comum?" (Casina Pio IV)

"No amanhecer da criação, o seu Espírito pairou sobre a face das águas, dando assim à própria substância da água o poder de santificar. Mesmo no dilúvio, você prenunciou a regeneração e Batismo para que, hoje como então, a água indique o fim do pecado e o início de uma nova vida.

Você fez deste presente da criação um sinal de sua bondade: você libertou seu povo da escravidão ao fazê-lo. Passando pelas águas do Mar Vermelho, o dilúvio foi um convite ao arrependimento e à conversão. No deserto, você criou uma fonte para matar a sede de seu povo. Com a imagem da água viva, os profetas anunciaram a nova aliança que você ofereceu à humanidade.

Na plenitude do tempo, seu filho, batizado por João nas águas do rio Jordão, foi consagrado pelo Espírito Santo. Ainda hoje para nós, cristãos, a água representa um elemento essencial de purificação e vida, e pensamos imediatamente no Batismo, o sacramento do nosso renascimento em Cristo. Pela água santificada pelo Espírito, você nos dá vida e nos renova: é a fonte bendita da vida eterna. Durante sua missão, Jesus Cristo, prometeu uma água que mataria para sempre a sede do homem (Jo 4, 14) e Ele profetizou "Quem tem sede, venha a mim e beba" (Jo 7, 37).

Beber de Jesus significa encontrar a si mesmo, pessoalmente com ele, nosso Senhor, na oração e na contemplação, e encontrar em suas palavras o sentido da vida. Portanto, do ponto de vista escatológico, a contemplação também nos leva ao "rio puro da água da vida, cintilante como cristal, que fluía do trono de Deus e do Cordeiro" (Ap 22, 1). Que as palavras que proferiu da cruz, "Tenho sede" (Jo 19, 28), ressoem constantemente em nossos corações.

Oh, Deus, você pode trazer a todos os corações a água da vida eterna!"

(Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral)

"[...] O mundo criado não é um cenário simples, no qual a ação salvífica de Deus está inserida, mas é o início dessa ação maravilhosa. Com a Criação, o Senhor se manifesta em toda a sua bondade e beleza, se entrega à vida, revelando uma vontade pelo bem, da qual brota cada uma das outras ações de salvação. Com este livro queremos propor que estejamos atentos ao jogo de olhares que acontecem para não que estes não passem despercebidos. Do Alto, o Santo dos Santos, "o Senhor do céu se fixou na terra" (Salmo 101) para ver "se há alguém sensato que busque a Deus" (Salmo 13). Buscar a Deus celebrando o cotidiano no qual a natureza aparece em nossas vidas é uma ocasião para louvar a Deus [...]."

PODCASTS DO SPOTIFY E CANAIS NO YOUTUBE QUE RECOMENDO...

Para os momentos em que - na solidão das noites escuras - quero "ouvir" a Deus e preciso perseverar.

A cantora católica Bel Girão possui uma música chamada "Sou Tua esposa" e num trecho canta sobre a sua alma: "Arrasta-me após Ti, corramos! Agora e para sempre..."

Busco ouvi-los para que, como instrumentos Dele, possa ser arrastada, sustentada e ir além das misérias, porque quanto mais buscamos a Deus, mais nos enxergamos melhor, ou seja, enxergamos o nosso pior lado, talvez seja para que possamos mitigar o que nos for possível com nossas forças, mas que contemos sempre com a Graça para todo o resto.

O mistério do amor de Deus por nós é algo - para mim - inexplicável, mas só sei que não quero ficar sem ele... Temo morrer e ir para o inferno? Óbvio! Mas o pavor é saber que, apesar de ter podido reconhecê-Lo em pequenos e grandes momentos durante toda a minha vida, se vacilar, me auto-exilarei do Seu amor ao fim e isto seria terrível.

Sempre digo que Ele tem senso de humor e já perdi o número de vezes que já me fez rir sozinha com "coincidências" pelos dias... Meu melhor amigo, muitas vezes duro comigo pela "leitura que faço dos 'nossos' dias", mas só por saber que me ama e me espera, vai me enchendo de coragem e esperança em continuar adiante, seja compreendida ou não pelas demais pessoas na minha introversão.

Como já dizia Bento XVI na carta encíclica Spe Salvi (2007), "só a grande esperança-certeza de que, não obstante todos os fracassos, a minha vida pessoal e a história no seu conjunto estão conservadas no poder indestrutível do Amor e, graças a isso e por isso, possuem sentido e importância, só uma tal esperança pode, naquele caso, dar ainda a coragem de agir e de continuar."

Enfim, perseveremos... Boas audições!

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21 de novembro de 2010

Pantocrator...

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