Nós, católicos, deveríamos conhecer bem o nosso Catecismo e confesso que sou do tipo “morno” neste sentido, mas movida pela curiosidade gerada por acontecimentos diversos, fui pesquisar e me surpreendi.
A edição típica vaticana (1997) que possuo é a da editora Loyola, publicada em 2000. Em sua primeira parte, “A Profissão de Fé”, encontraremos nos parágrafos 4 (“O Criador”) e 5 (“O Céu e a Terra”) os ensinamentos referentes à visão do Magistério sobre a criação e o seu trato com a mesma. Ao lê-los simplesmente, sem tecer interpretação nenhuma minha, acalmei meu coração e vi que não estou falando bobagens para vocês.
Se consultarmos o Índice Analítico presente ao final da edição e consultarmos o termo “Criação”, encontraremos diversas entradas que mostrarão que esta é o fundamento básico para o desenvolvimento espiritual integral do homem. No parágrafo 5, capítulo II (“O mundo visível”) há uma interessante leitura que transcrevo abaixo para vocês e o que estiver em negrito reproduz o está destacado no texto original:
A edição típica vaticana (1997) que possuo é a da editora Loyola, publicada em 2000. Em sua primeira parte, “A Profissão de Fé”, encontraremos nos parágrafos 4 (“O Criador”) e 5 (“O Céu e a Terra”) os ensinamentos referentes à visão do Magistério sobre a criação e o seu trato com a mesma. Ao lê-los simplesmente, sem tecer interpretação nenhuma minha, acalmei meu coração e vi que não estou falando bobagens para vocês.
Se consultarmos o Índice Analítico presente ao final da edição e consultarmos o termo “Criação”, encontraremos diversas entradas que mostrarão que esta é o fundamento básico para o desenvolvimento espiritual integral do homem. No parágrafo 5, capítulo II (“O mundo visível”) há uma interessante leitura que transcrevo abaixo para vocês e o que estiver em negrito reproduz o está destacado no texto original:
“[...] Não existe nada que não deva sua existência a Deus criador. O mundo começou quando foi tirado do nada pela Palavra de Deus; todos os seres existentes, toda a natureza, toda a história humana têm suas raízes neste acontecimento primordial: é a própria gênese pela qual o mundo foi constituído e o tempo começou. Cada criatura possui sua bondade e sua perfeição próprias. Para cada uma das obras dos “seis dias” se diz: “E Deus viu que isto era bom”.
Pela própria condição da criação, todas as coisas são dotadas de fundamento próprio, verdade, bondade, leis e ordens específicas. As diferentes criaturas, queridas em seu próprio ser, refletem, cada um a seu modo, um raio da sabedoria e da bondade infinitas de Deus. É por isso que o homem deve respeitar a bondade própria de cada criatura para evitar um uso desordenado das coisas, que menospreze o Criador e acarrete consequências nefastas para os homens e o seu meio ambiente.
A interdependência das criaturas é querida por Deus. O sol e a lua, o cedro e a pequena flor, a águia e o pardal: as inúmeras diversidades e desigualdades significam que nenhuma criatura se basta a si mesma, que só existem em dependência recíproca, para se complementarem mutuamente, a serviço uma das outras.
A beleza do universo. A ordem e a harmonia do mundo criado resultam da diversidade dos seres e das relações que existem entre eles. O homem as descobre progressivamente como leis da natureza. Elas despertam admiração dos sábios. A beleza da criação reflete a infinita beleza do Criador. Ela deve inspirar o respeito e a submissão da inteligência do homem e de sua vontade.
A hierarquia das criaturas é expressa pela ordem dos “seis dias”, que vai do menos perfeito ao mais perfeito. Deus ama todas as suas criaturas, cuida de cada uma, até mesmo dos pássaros. Apesar disso, Jesus diz: “Vós valeis mais do que muitos pardais” (Lc 12,7), ou ainda: “Um homem vale muito mais do que uma ovelha” (Mt 12,12). O homem é a obra-prima da obra da criação. A narração bíblica exprime isto distinguindo nitidamente a criação do homem da criação das outras criaturas. Existe uma solidariedade entre todas as criaturas pelo fato de terem todas o mesmo Criador e de todas estarem ordenadas à sua glória [...]”
Pela própria condição da criação, todas as coisas são dotadas de fundamento próprio, verdade, bondade, leis e ordens específicas. As diferentes criaturas, queridas em seu próprio ser, refletem, cada um a seu modo, um raio da sabedoria e da bondade infinitas de Deus. É por isso que o homem deve respeitar a bondade própria de cada criatura para evitar um uso desordenado das coisas, que menospreze o Criador e acarrete consequências nefastas para os homens e o seu meio ambiente.
A interdependência das criaturas é querida por Deus. O sol e a lua, o cedro e a pequena flor, a águia e o pardal: as inúmeras diversidades e desigualdades significam que nenhuma criatura se basta a si mesma, que só existem em dependência recíproca, para se complementarem mutuamente, a serviço uma das outras.
A beleza do universo. A ordem e a harmonia do mundo criado resultam da diversidade dos seres e das relações que existem entre eles. O homem as descobre progressivamente como leis da natureza. Elas despertam admiração dos sábios. A beleza da criação reflete a infinita beleza do Criador. Ela deve inspirar o respeito e a submissão da inteligência do homem e de sua vontade.
A hierarquia das criaturas é expressa pela ordem dos “seis dias”, que vai do menos perfeito ao mais perfeito. Deus ama todas as suas criaturas, cuida de cada uma, até mesmo dos pássaros. Apesar disso, Jesus diz: “Vós valeis mais do que muitos pardais” (Lc 12,7), ou ainda: “Um homem vale muito mais do que uma ovelha” (Mt 12,12). O homem é a obra-prima da obra da criação. A narração bíblica exprime isto distinguindo nitidamente a criação do homem da criação das outras criaturas. Existe uma solidariedade entre todas as criaturas pelo fato de terem todas o mesmo Criador e de todas estarem ordenadas à sua glória [...]”
E segue daí por diante explicando nossa responsabilidade quanto a criação. Vale a pena lermos este parágrafos para que possamos aceitar que a temática ambiental não está dissociada com o aperfeiçoamento espiritual do homem, enquanto ainda presentes neste mundo material. Se desejamos sanar as dúvidas de outras pessoas e até mesmo sermos verdadeiros apologetas perante católicos e irmãos separados, não podemos excluir este assunto de nossos estudos nem tratá-lo sem o devido respeito. Ou será que os católicos leigos que se arvoram grande conhecedores do Magistério insinuariam que com o cântico abaixo, São Francisco de Assis, ao chamar de irmãos e de mãe elementos de nosso universo, estaria em desacordo com a doutrina católica numa espécie de louvação panteísta?
Cântico das Criaturas:
(também presente no Catecismo católico)
“Louvado sejas, meu Senhor,
Com todas as tuas criaturas,
Especialmente o senhor irmão Sol,
Que clareia o dia
E com sua luz nos alumia.
Louvado sejas, meu Senhor,
Pela irmã Água,
Que é muito útil e humilde
E preciosa e casta…
Louvado sejas, meu Senhor,
Por nossa irmã, a mãe Terra,
Que nos sustenta e governa,
E produz frutos diversos
E coloridas flores e ervas.
Louvai e bendizei a meu Senhor,
E dai-lhe graças,
E servi-O com grande humildade”.
Enquanto não me provarem que o conhecimento científico pode ser dissociado de uma postura moral correta e que esta não está submetida às questões de fé, não compreenderei a ladainha de que assuntos de ciência não se misturam com os de fé.
No Catecismo da Igreja Católica:
• Ação de graças a Deus pela criação: 1352, 1359-60;
• Beleza e bondade da criação: 299, 341, 353,1333;
• Bens da criação destinados para todos: 299, 2402, 2452;
• Catequese sobre a criação: 282-89;
• Conhecer Deus pela criação: 31, 32, 1147, 2500;
• Consumação da criação: 668, 1015;
• Criação como herança dada ao homem: 299;
• Desígnio de Deus e criação: 257, 280, 315, 759, 1066;
• Deus, artífice da criação: 317, 337;
• Deus, conservador da criação na existência: 421;
• Dignidade humana e criação: 1700;
• Espírito Santo e criação: 243, 291, 703;
• Fim e razões da criação: 293-94, 314, 319, 353, 358;
• Imperfeição da criação: 302, 307, 310, 378;
• Matrimônio na ordem da criação: 1603-05;
• Nova criação em Cristo: 315, 374;
• Oração e criação: 2569, 2793;
• Participação do Verbo de Deus na criação: 291, 320;
• Pecado original e criação: 400, 1608;
• Providência de Deus e criação: 216, 310, 314;
• Relação de Cristo com a criação: 792, 2105, 2637;
• Relação do homem com a criação: 343, 355, 396, 1469;
• Respeito pela integridade da criação: 354, 2415-18;
• Revelação de Deus e criação: 287-89, 337;
• Sétimo dia e criação: 2169, 2190;
• Significado da criação: 326;
• Símbolo dos Apóstolos e fé em Deus Criador: 325-27;
• Trabalho humano, colaboração do homem na criação: 2427, 2460;
• Trindade e criação: 258, 290-92, 316.
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